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Amor no rio

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Sinopse

Betina é uma jovem cheia de sonhos, com planos de entrar na faculdade e viver intensamente ao lado de sua melhor amiga e do namorado. No entanto, em um dia que deveria ser um dos mais felizes de sua vida, ela se depara com uma traição devastadora — o namorado e a melhor amiga a traíram pelas costas. Arrasada, Betina retorna para casa com o coração em pedaços. Ao vê-la tão machucada, sua mãe, determinada a ajudá-la a se recompor, sugere que ela precise de um novo começo, longe de tudo que lhe causou dor. Assim, Betina é enviada para passar um tempo na casa de sua tia no Rio de Janeiro, onde terá a chance de se redescobrir, fazer novas amizades e, talvez, encontrar novos sonhos que nunca imaginou antes.

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O Gosto Amargo da Traição
Betina Ferrarini Ansiedade. Era isso que me consumia por dentro enquanto dirigia para a casa de Caio. Três anos de namoro, e ele me enviara uma mensagem inesperada logo pela manhã, pedindo que eu o encontrasse às 20:00, dizendo que tinha uma surpresa especial para mim. Isso não era típico dele — ele nunca foi do tipo de planejar surpresas. Mas ainda assim, uma pontinha de esperança e animação se instalou em meu peito. Talvez, dessa vez, ele realmente quisesse fazer algo diferente para comemorar nosso aniversário. Quando cheguei, o coração martelando no peito, me olhei pelo espelho retrovisor para ter certeza de que tudo estava impecável. Sob o vestido tubinho preto, uma lingerie vermelha nova e provocante; o salto alto de 15 cm complementava o visual que eu sabia que ele adorava. A ocasião pedia um look arrasador. Afinal, qualquer que fosse a surpresa, eu queria terminar a noite suada e enroscada no corpo dele. Respirei fundo e girei a maçaneta da porta. Estava destrancada. Entrei, tentando conter a ansiedade. A sala de estar estava mergulhada na penumbra, o silêncio absoluto. Nenhuma decoração especial, nenhuma vela acesa ou pétalas de rosas como eu havia imaginado. Franzi o cenho, confusa, mas me recusei a deixar a decepção me abater. Talvez ele tivesse preparado tudo no quarto. O corredor parecia interminável, minha ansiedade crescendo a cada passo. Quando cheguei à porta do quarto, vi que estava fechada. Um sorriso tímido brincou em meus lábios enquanto minha mente se enchia de expectativas sobre uma noite romântica. Quem sabe ele havia preparado um jantar íntimo para nós dois ou planejava me surpreender de alguma forma carinhosa? Porém, assim que abri a porta, o mundo parou. Era como se uma faca invisível rasgasse meu peito em mil pedaços. Diante de mim, o homem que eu amava estava deitado na cama, apenas de cueca, enquanto a minha melhor amiga — a pessoa em quem eu mais confiava no mundo — estava sobre ele, vestindo apenas uma calcinha preta. As roupas deles estavam espalhadas pelo chão como se tivessem sido arrancadas às pressas, uma trilha de evidências que me queimava como ácido. Meu coração falhou uma batida. As risadas abafadas e os gemidos vinham de algum lugar distante, como se o ar ao meu redor tivesse se transformado em um vácuo onde o som m*l conseguia penetrar. O tempo parecia se esticar cruelmente enquanto meus olhos registravam cada detalhe: o cabelo dela bagunçado, as unhas cravadas nas costas dele, os lábios dele sussurrando algo que deveria ter sido só para mim. Eles não me viram. Estavam completamente absortos um no outro, suas mãos explorando corpos que, há poucas horas, eu acreditava serem exclusivamente meus e de alguém que eu chamava de amiga. A dor que rasgou meu peito foi tão intensa que achei que desmaiaria. Mas eu não daria a eles o prazer de verem minha dor. Com o coração em frangalhos e os olhos ardendo, fechei a porta com cuidado, tentando controlar minha respiração para que não percebessem que eu estava ali. Saí da casa em silêncio, minha visão turva por lágrimas que se recusavam a cair até que eu estivesse sozinha. Corri até meu carro, minha mente um caos de raiva, humilhação e desespero. Quando finalmente liguei o motor, dirigi como se estivesse tentando fugir da cena que parecia gravada em minhas retinas. Horas mais tarde, em casa... Eu atravessei a porta como um furacão, e foi só então que me permiti desabar. O soluço irrompeu com força enquanto eu me jogava na cama. Não acreditava no que havia acabado de presenciar. Como Caio pôde fazer isso comigo? E Sabriny, a garota que dizia ser minha melhor amiga? Me agarrei ao travesseiro como se fosse a única coisa que me ancorasse à realidade, meu corpo tremendo de dor e decepção. Cada lembrança dos últimos três anos parecia se distorcer em algo nojento e falso. — Ei, meu amor... o que aconteceu? — A voz suave da minha mãe me trouxe de volta à realidade. Ela entrou no quarto com uma expressão preocupada e se sentou ao meu lado, sua mão acariciando meu cabelo de um jeito que só ela sabia fazer. — Foi horrível, mãe... Faz parar de doer, por favor... — Eu me encolhi em seus braços, sentindo-me de novo uma criança que acabara de ter seu mundo destruído. — Conta pra mim o que aconteceu, filha. — Ela continuou a fazer carinho, tentando acalmar minha respiração entrecortada. — Caio... ele estava na cama, quase nu, com a Sabriny... minha melhor amiga... Eles me traíram. Não tinha surpresa, não tinha nada... só... isso. Minha mãe me apertou mais forte contra ela, tentando transmitir força. — Eu sei que dói agora, meu amor, mas, acredite, isso vai passar. O amor pode machucar, mas ninguém morre dele, confie em mim. Eu me afastei um pouco para olhar em seus olhos. — Mãe, ele foi o meu primeiro... E ela... eu realmente pensei que podia confiar nela. Como eles puderam fazer isso? — Nem todo mundo é bom, minha filha. Quem faz m*l aos outros sempre acaba pagando de alguma forma. — Ela suspirou profundamente antes de mudar de tom, tentando me distrair da dor. — Que tal uma noite de pizza e filmes com a sua mãe? Balancei a cabeça, tentando sorrir, mas meu coração estava muito pesado. — Eu só quero dormir, mãe... Esquecer tudo isso, nem que seja por algumas horas. No dia seguinte... O amanhecer não trouxe alívio. Não posso dizer que acordei, já que não consegui pregar os olhos a noite toda. Quando entrei na cozinha, minha mãe estava me esperando com uma expressão preocupada. — Você não dormiu nada, né? — Ela me olhou com aquele olhar de mãe que parece saber tudo. — Pois é, acertei na loteria do azar. — Eu tentei ser sarcástica, mas minha voz saiu cansada. Ela se aproximou, segurando minhas mãos com firmeza. — Filha, eu odeio ver você assim. Acho que você precisa sair daqui por um tempo. Viajar, conhecer novas pessoas, ver novos horizontes. — Mãe, fugir dos problemas não vai fazer eles desaparecerem. Já ouviu dizer que, quando você foge, eles só te seguem? — Não seria fugir, Betina... seria uma oportunidade de recomeçar. Pensei em te mandar para a casa da sua tia Verônica, no Rio. O que acha? Suspirei profundamente, o cansaço me dominando. — Mãe, eu tenho que esperar a nota do Enem e fazer as inscrições para a faculdade... Não posso perder mais um ano. E, além disso, faz tanto tempo que não vejo a tia, nem sei se ela vai querer que eu fique lá. — Eu vou ligar para ela hoje. Só pense nisso, por favor. Um ano longe daqui pode ser a chance de você se reencontrar. Você pode começar a faculdade lá e transferir para cá depois, se quiser. Eu queria recusar imediatamente, mas uma parte de mim sabia que ela estava certa. Ficar aqui, rodeada por memórias dolorosas e pessoas que me traíram, só me faria afundar ainda mais.

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