Pré-visualização gratuita Capítulo Um — Rebeca Torres
O comandante pediu para me apresentar, às 13 horas, sem sombras de dúvidas, vem mais uma missão pela frente, m*l tive tempo de esquentar a minha cama, porém não posso reclamar, passei uma semana em casa, descansando depois do último caso.
— Pode entrar, Torres, tenho uma nova missão para você, sua atuação no último caso, nos levou a perceber, que estamos perdendo tempo, deixando somente casos pequenos na sua mão.
Isso significa, que eles vão me dar uma investigação maior, ou seja, o grau de responsabilidade aumentou.
— Sim, senhor, estou à disposição. O comandante Sampaio é um dos melhores no nosso ramo, todos dizem que ele tem um filho, porém ninguém sabe quem é, ou quem foi a mulher que conseguiu domar está fera, enfim, não me diz respeito, preciso focar na minha nova investigação.
— Você vai se tornar a nova mulher do todo poderoso, Alfredo Fuentes, não será difícil, porque ele adora colecionar mulheres, principalmente se forem brasileiras, aqui está o relatório completo, com tudo que precisa saber, sobre ele, mas tenha cuidado, pois é um homem, extremamente desconfiado.
Qual mafioso não desconfia, até da própria sombra? Eles vivem em um mundo, rodeados de judas, que na sua frente os beijam e por trás denunciam, precisam estar em alerta, 24 horas por dia, se for necessário.
— Ok! Tenho quantos dias para analisar?
Não posso entrar, sem estudar o meu oponente, ele me dá mais uma semana para ler com calma e analisar qual identidade vou assumir, óbvio que uso documentos falsos, pois ninguém pode desconfiar da minha verdadeira identidade.
— Só consigo te dar o prazo de uma semana, por mim, dava mais tempo, porém você sabe que não depende só de mim, outra coisa, nessa operação teremos apoio dos agentes federais, então em breve, será apresentada ao seu companheiro. Ok! Prefiro trabalhar sozinha, porém se temos reforços, não vejo razão para recusar.
— Por mim, sem problemas, só isso comandante? Volto para casa, com a pilha de papéis, que só de olhar dá medo, imagina a quantidades de crimes que deve conter nelas, tomo banho, pegando o meu óculos em cima da minha cômoda, vou começar com calma, afinal tenho uma semana, só para isso.
— Dessa vez o seu chefe caprichou, olha o tamanho deste dossiê. Divido o apartamento com o meu irmão Ronald, porém m*l nos encontramos, ele é técnico de enfermagem, também trabalha de plantão no SAMU da cidade, ou seja é raro nos encontrar em casa, hoje é um milagre.
— Em vez de falar, você podia me dá aquela ajuda, Ronald. Ele sempre me ajuda, quando tem tempo, no caso da Olívia, ele dividiu comigo as páginas e fez um resumo detalhado das folhas que leu.
— Se você não se importar de ser mas tarde, porque acabei de chegar de um plantão 24 horas, minha mente não está nem raciocinando, quem eu sou.
Ótimo! Agarro a oportunidade, porque é pegar ou largar, meu irmão não vai manter a proposta de pé, por muito tempo.
— Pode ser, tenho o prazo de uma semana, para estudar o caso, então dá tempo você me ajudava, para ser sincera, estava com saudades de você, por causa das nossas escalas, m*l estamos conseguindo se ver.
Ele diz que na sua próxima folga, podemos combinar de fazer alguma coisa, concordo, porque ao menos um dia, vamos ser irmãos normais.
Ronald se tranca no quarto para dormir, enquanto desligo o celular, para que ninguém atrapalhe a minha leitura.
— A palavra rico é elogio para este cara, pois é podre de rico, também tem inúmeros negócios sujos, espalhados pelo mundo. Tenho mania de falar sozinha, enquanto vou grifando, os pontos que acho relevantes, para a investigação.
Deve gostar de mulheres vaidosas, que andam de salto, porque não podem voar, detesto mulheres enjoadas, que se acham diferentes, só por ter um pouco de dinheiro a mais do que as outras. O pior que se quiser chamar a atenção dele, vou ter que fingir ser uma dessas dondocas, uma mulher fútil que não usa o cérebro, para mais nada, a não ser pensar em compras, pelo visto vai me dá trabalho, entrar nessa nova personagem.
— Falando sozinha, irmã? Tomo um susto, ao perceber que meio irmão, estava atrás de mim, incrível, como ele consegue entrar em qualquer ambiente, sem ser notado.
— Estou debatendo sozinha, sobre o meu novo alvo, não esqueci que prometeu me ajudar, preciso da sua opinião, sobre qual tipo de mulher, este homem deve gostar, apesar que já tenho uma noção, mas ou menos de qual seja, só não quero acreditar.
Mas uma segunda opinião, sempre é válida, em todos os casos.
— O cara é podre de rico, pelas poucas linhas que pude ler, então você não pode colocar diante dele, uma mulher despojada, precisa colocar diante dos seus pés, um mulherão, mas ao contrário do que você deve estar imaginando, nada de uma mulher fútil, apresente ao todo poderoso, uma dona de si, que faça ele acreditar que possuem milhões ao seu dispor, além de uma inteligência incomum.
Engraçado! Que nem precisei dizer a ele, o que estava pensando, mas o que ele disse faz sentindo, o senhor Alfredo Fuentes, deve está acostumado, com mulheres submissas, que acate as duas ordens sem questionar, apresentar totalmente o imposto, vai fazer seu interesse, falar mais alto.
— Você deu uma ótima dica, não preciso te lembrar que é mais um caso sigiloso e que ninguém pode sonhar, que outra pessoa, além de mim, teve acesso a este relatório.
Apesar de confiar de olhos fechados, no meu irmão, sempre aviso sobre o risco de alguém descobrir, porque posso me prejudicar no meu serviço, ou até mesmo ser expulsa.
— Fica tranquila, porque se depender de mim, este nosso segredo, vai para o túmulo, Já escolheu o novo nome que vai usar? Não vem me dizer, que vai usar Liz novamente, pois é muito meigo, ninguém vai acreditar na sua pose de mulher fatal com um nome desses.
Ele sempre implicou com esse nome, mas precisava, passar a impressão de mulher ingênua e fácil de ser manipulada, caso contrário, a Olívia, não teria acreditado em mim.
— Claro, que Liz, não combina com uma mulher poderosa, você tem que me ajudar a escolher um que seja forte, até na sua pronúncia.
Ele fica um tempo calado, deve estar pensando no nome que posso usar.
— Porque você não usa Valentina? Só colocar um sobrenome forte e pronto, vai ter um nome perfeito e que cause impacto, ao ser pronunciado.
Uau! Meu irmão demorou para falar, porém trouxe uma sugestão excelente, outro ponto importante é que nunca usei este nome, então o pessoal vai ter trabalho para fazer todos os documentos falsos novamente, admiro quem consegue trabalhar anos no ramo da investigação, com o mesmo nome, porque é arriscado, principalmente porque bandido tem muitos contatos, na minha cabeça até com um simples telefone, eles podem descobrir toda a farsa, mesmo sendo o plano mais elaborado do mundo.
— Você nunca me decepciona, obrigada, mas uma vez, pela ajuda, vou informar imediatamente ao meu chefe, para que ele possa, ir agilizando os documentos falsos.
Vou me preparar, para dá vida a Valentina Cortez, este vai ser o meu sobrenome, ela vai ser uma empresária de grande porte, quanto a isso não me preocupo, pois sei que a notícias sobre a nova empresária badalada do Brasil, vai correr feito água, nos meios de comunicação, os agentes não brincam em serviço, tudo tem que ser feito realmente, para termos apoio na hora de contar a nossa história, o investigado tem que buscar notícias e encontrar.
— Eles devem amar você, porque movimenta o setor deles, a cada investigação que lidera.
Já acho o contrário, devem me odiar, por dá trabalho, pois sempre estou precisando de documentos novos, não é simplesmente digitar e imprimir, existe toda uma burocracia por trás.
— Talvez não, porém são pagos para isso, em amando ou não, precisam entregar o material a tempo, para continuarem recebendo seus salários.
Uma operação envolve inúmeros setores, todos tem que tá entrelaçados, porque o erro de um, pode colocar toda operação abaixo.
Literalmente o verdadeiro significado do ditado "A união faz a força", pois se um só, resolver não colaborar, todos os esforços, vão por água abaixo, pode ser o agente mais procurando da corporação, nem isso vai salvar.
— Tem horas que você é fria, vai direto ao ponto sem rodeios, aprendeu com a sua profissão, Rebeca.
Tive que aprender a calcular cada passo, poreue se for deixar, as emoções tomarem conta do meu personagem, nada vai sair como planejado, vivo tanto está rotina, que as vezes até esqueço de ser eu mesma.
— É o costume, Ronald, a maioria das vezes, estou de serviço, raramemte ganho 2 semanas de folgas em casa.
Quer dizer está última, não é bem folga, já que tenho de resolver, todos os detalhes, sobre a minha nova identidade, não é fácil viver assim, porém foi a vida que escolhi.