Elaine Narrando
— Desgraçada! — eu gritei, me arrastando pelo chão, com a boca sangrando e o nariz latejando.
Ela saiu como se fosse a heroína da p***a toda, me deixando aqui, caída, humilhada... ensanguentada. Levantei cambaleando, encostei na parede e deixei o corpo escorregar até o chão. Comecei a rir. Mas não era riso de graça. Era ódio. Era veneno.
— Tu acha que isso vai ficar assim, Elisângela?! — berrei, mesmo sabendo que ela já devia estar longe. — TU ACHA?!
Cuspi sangue no chão da sala e encarei a porta com os olhos ardendo de raiva.
— Foi o DANIEL, p***a! Ele que veio atrás de mim! Ele que dizia que tu era fria, que tava se guardando demais, que tava cansado daquela tua santidade fingida! Foi ele quem me procurou, quem me tocou, quem disse que me queria...!
Eu tremia dos p
