Elisângela Narrando Eu ainda não tava acreditando… A Elaine teve a cara de paü de subir o morro! Apareceu como se nada tivesse acontecido, com o sangue nos olhos, achando que ainda tinha moral pra me encarar. A minha vontade era simples: entrar em casa, arrancar essa roupa suada, me enfiar debaixo do chuveiro gelado e ficar lá, até esquecer que essa mulher existe. Tentar entender o que leva uma mulher tão bonita, tão jovem, a ser tão podre por dentro. Não dá pra acreditar num troço desses. Quando desci da moto, minha perna tremia. Eu só queria sumir. Se eu pudesse desaparecer, eu desaparecia. Porque, no fundo, não era só ela me julgando. Era como se todo mundo me apontasse o dedo. Como se meus sentimentos fossem sujos, como se meu coração fosse um erro ambulante. Mas não é safadeza. Nun

