- São Paulo - 2013
Aline pensava sobre a proposta de Gilson no caminho para o alojamento. Ela não pensava em aceitar, ela só pensava o quanto o ser humano podia chegar tão baixo.
De tanto pensar, quase perdeu o ponto que devia descer do ônibus. Quando desceu, andou pouco até chegar ao alojamento. Como já era tarde, a maioria dormia e a outra parte estava estudando ou lendo algum livro. Havia duas meninas conversando e uma delas desejou boa noite para Aline que respondeu no automático, sem nem se dar conta de quem havia dito aquilo.
Aline entrou no banheiro, trancou a porta e foi para debaixo do chuveiro, após rapidamente tirar a roupa. A água quente pareceu ser o estimulo que ela precisava para poder chorar. Um choro de medo e nojo de seu patrão e daquele que dizia ser seu amigo. Depois do banho, ela deitou direto na sua cama, sem comer nada. Apenas deixou-se levar pelo cansaço.
Leandro e Melissa passeavam pela beira da piscina da mansão de mãos dadas e em silêncio. Até que sentaram em um dos bancos brancos de metal ali naquele jardim. Melissa ficou nos braços de Leandro sentada de costas para ele.
- Eu tava desconfiando de você esses dias. -comentou Melissa.
- Porque?
- Ah, porque você andava distante de mim, diferente. -virou-se para ele e o encarou. - Agora eu sei o porquê. -deu um selinho.
- Eu tava escolhendo o anel mais perfeito, meu amor. O Diego me ajudou e olha quase perdi o amigo por tanta exigência. -os dois riram.
Leandro pousou uma mão no lado direito do rosto de Melissa.
- Eu não acredito que vamos começar nossa vida juntos, meu amor. -disse ela.
- Nem eu. Eu tô muito ansioso pra começar isso logo. Começar a nossa vida, a nossa carreira, a nossa família. -completou ele.
- Eu também quero tudo isso. -disse Melissa sorrindo.
- Eu te amo. -Leandro sorriu.
- Eu também te amo.
Os dois se beijaram de forma apaixonada naquele lindo jardim iluminado.
DIAS DEPOIS
Alguns dias após o grande acontecimento na vida de Leandro e Melissa, eles estavam cheios de trabalhos na faculdade. Se preocupavam com estágios e o TCC. Mas sempre que dava os dois estavam juntos. Melissa começou a estagiar na empresa dos pais, uma empresa de cosméticos. Enquanto Leandro estagiava na empresa da família, a Royality Empreendimentos.
Enquanto isso, Aline fugia do dono do alojamento que já cobrava a parte dela no aluguel do espaço. Ela comia pouco para sobrar dinheiro para os xerox da faculdade. Chegou a desmaiar e ser levada para o hospital por Iara. Constataram que ela estava muito fraca e com as atividades da faculdade, ela perdia as últimas energias de seu corpo.
Ela resolveu ligar para os pais para saber como estavam indo as coisas em sua casa de Bento Gonçalves.
- Oi, mãe, tudo bem? disse Aline quando Vitória atendeu o telefone.
- Oi, filha, tudo bem e com você? Tem se cuidado aí em São Paulo?
- É, mãe, tenho me cuidado sim. -mentiu. - Te liguei pra te dizer mais uma vez que estou ótima. -disse tentando disfarçar que estava m*l, sorrindo como se sua mãe pudesse vê-la.
- Tá bem, minha filha. Quando você liga, eu fico bem mais tranquila.
- Vitória! chamou uma voz familiar porém diferente. Estava mais debilitada. Era Odilon, pai de Aline.
- Mãe? É o papai chamando a senhora? Ele tá com uma voz estranha.
- Aline, precisamos conversar. -disse com um tom preocupante.
- Fala, mãe. -pediu.
- O seu pai teve dores fortíssimas no estômago essa noite e fomos para o hospital. Lá foi constatado que...-silenciou.
- Diz logo, mãe. -pediu novamente.
- Seu pai tá com câncer de estômago, Aline.
P.O.V Aline
Naquele momento, senti o chão sair dos meus pés. Como eu poderia ajudá-los? Eu tava fodida, quase sendo expulsa do alojamento, havia saído do emprego e o dinheiro que eu tinha ainda m*l dava para comer direito. p**a que pariu!
- Como é que é? -perguntei na esperança de ter ouvido errado.
- É, meu anjo, ele tá no primeiro estágio, ainda dá pra salvar mas...falta tudo nesses hospitais públicos e ele pode não ter o tratamento e acabar piorando. -disse ela tomando o maior cuidado para não soar uma reclamação.
- Aí, meu Deus, mãe. -disse já chorando.
- Minha filha, não chore. Por favor. -pediu chorando timidamente. Querendo que eu não percebesse que ela também queria chorar para c*****o comigo.
- Como não chorar, mãe? Meu pai pode morrer porque não temos grana pra pagar o tratamento dele. -disse quase gritando.
- Não se preocupe, minha filha. Faça sua faculdade e daremos nosso jeito aqui. -tentou me tranquilizar.
- Você já sabe quanto é o tratamento? -perguntei. Eu já sabia o que eu ia fazer para arrumar dinheiro.
- Bem, ainda não pesquisamos. -respondeu.
- Pesquisa, mãe. -pedi.
- Mas minha filha, isso é muito caro.
- Pesquisa. Eu vou dar o meu jeito! -desliguei a chamada. Por mais que sentisse nojo, não tinha outro jeito. Ou eu salvava meu pai ou ele morria por causa do meu orgulho.
P.O.V Narrador
Aline desligou o telefone e pegou sua bolsa. Estava decidida do que faria para conseguir o dinheiro para ajudar seu pai. Ela foi até o mercado de Gilson e entrou no escritório dele, sem pedir permissão.
- Que invasão é essa? disse Gilson quando Aline entrou as pressas em seu escritório.
- Preciso falar com você. A sós. -disse olhando para um rapaz que estava no escritório de Gilson.
- Pode indo, Jonathan, eu te chamo de novo quando precisar. -o rapaz pediu licença e foi embora, fechando a porta. - Me diga o motivo dessa entrada triunfal. -disse Gilson, dando um sorriso malandro, enquanto recostava-se na cadeira.
P.O.V Aline
- Quanto você me pagaria pra t*****r com o Tadeu? -perguntei tentando não vomitar em cima da mesa daquele velho nojento.
- Uau. Você tá sendo bem direta e tá me deixando muito orgulhoso, hein? -comentou ele, todo vitorioso, achando que aquilo era super normal. - Eu te pago mil reais.
- Mil reais? -assustei-me. - Quanto tempo duraria? -perguntei com medo da resposta.
- Bom, ele tá muito afim de comer você, logo como ele é virgem, gozaria rápido. Mas o programa duraria o normal de todos: uma hora. E aí? Vai topar mesmo ou vai desistir?
- Não vou não, pode marcar o lugar e a hora, estarei lá. -disse decidida.
- Não, não, ele quer ir contigo até o motel. E se você não tiver nada pra fazer, pode ser agora.
- Agora? -perguntei sentindo minha garganta secar.
- Sim, tem outra coisa pra fazer? -perguntou.
- Na verdade, não. Chama ele, podemos ir agora mesmo e eu volto ainda hoje pra pegar o dinheiro.
- Tá certo. Vou mandar uma mensagem pra ele, só um instante. -disse pegando seu celular em cima da mesa e começando a digitar.
Eu sei que o que eu faria era errado mas o desespero é f**a, ele faz com que você procure o melhor ou pior meio de sobreviver, sem a opção "meio termo". No meu caso, só sobrava a pior forma.
Gilson me avisa que Tadeu precisaria de uma hora para se arrumar. Aquele gordo nojento iria se preparar pra primeira transa dele. Em outra época, acharia isso algo romântico porque talvez ele teria encontrado uma garota que gostasse dele e ele dela. Só que agora só sinto nojo. Me sobe uma ânsia só de imaginar que aquele gordo vai me comer.
Depois de esperar uma hora e meia por Tadeu, ele aparece vestindo mais uma roupa cafona que ele sempre usava. Parece que depois que você começa a odiar a pessoa, tudo nela te incomoda.
Pegamos um uber e o motorista nos levou para um motel afastado da cidade. Confesso que estava com medo mas eu tinha saído armada do alojamento: tinha um canivete dentro da minha bolsa e qualquer coisa que ele tentasse fazer, eu metia a faca no porco imundo.
Descemos do uber, fizemos o check-in e fomos parar em um daqueles quartos com espelho no teto, cama redonda, pintura vermelha, hidromassagem e uma TV na frente da cama. Eu sentei-me na cama e fiquei em silêncio até Tadeu sentar perto de mim, o que demorou uma eternidade. Eu tentei fazer de tudo pra ficar excitada e não ser doloroso fisicamente t*****r com o Tadeu. Pensei no Gabriel, meu ex de Bento Gonçalves...as nossas noites ardiam como fogo. Eu ainda sentia algo por ele e ele me ajudaria em mais um problema. Então mentalizei as minhas noites quentes com Gabriel. Até nas rapidinhas pensei. Meu corpo correspondeu aos meus comandos e quando percebi, Tadeu me olhava com os olhos arregalados. Eu não tinha percebido mas no meio do processo, eu tinha fechado os olhos e mordia os lábios com força, tendo as doces lembranças.
Tadeu respirou fundo e partiu pra cima de mim, beijando meus lábios. Eu fiquei atônita vendo ele tentando me beijar porque o que ele mais fazia era pôr aquela língua molhada e sem freio dentro da minha boca. Espalmei minhas mãos em seu peito e o afastei, dizendo:
- Você pode não me beijar, por favor? -pedi.
- Porque?
- Tadeu, eu tô fazendo isso pela grana, não porque eu tenho t***o em você. -fui sincera e mesmo assim ele não esboçou hesitação. - Tira a roupa e deita na cama, vamos acabar com isso.
Tadeu me obedeceu feito um cachorrinho e tirou a roupa toda. Ele tinha um p***o médio, não era pequeno mas mesmo que ele fosse bem dotado, eu ainda assim não teria t***o.
- Sabe pôr uma camisinha? perguntei.
- Sei. -ele esticou-se até onde ele havia jogado sua calça e pegou sua carteira, lá dentro, tirou uma tira com três pacotes de camisinha. Ele abriu o primeiro pacote e colocou no p***o dele. Pelo menos, havia menos um problema.
Eu tirei minha roupa e ele se tocava enquanto eu fazia isso. Era nojento. Ele se tocava e mordia os lábios. Sentia horror aquilo.
- Quer ver algum filme? perguntei. Queria fugir daquilo ao máximo.
- Eu quero que você deite aqui logo pra eu poder te f***r. -disse ele se achando o Christian Grey.
Vendo que não tinha saída, fui até a cama e deitei. Ele se ajeitou por cima de mim e ficou suspenso sobre mim. Fiquei com medo dele cair e me esmagar. Seria trágico.
Tadeu demorou um pouco mas colocou seu m****o dentro de mim, na décima tentativa. Quando colocou fundo em mim, ele gemeu e começou a se movimentar dentro de mim. Ele tentava falhamente me fazer gostar daquilo. Falava s*******m no meu ouvido, chupava meus s***s, alternava a velocidade dos movimentos e mesmo assim...eu continuava odiando.
Ele não demorou muito para gozar. Na verdade, demorou nada. Na sétima bombada, gozou dando um gemido extenso. Olhei no meu relógio de pulso e vi que ainda faltava 45 minutos para acabar. Quando eu achei que não podia piorar depois que ele gozou, ficou duro novamente...
- Faz um boquete em mim, faz. -disse ele se tocando do meu lado. Eu olhei para o espelho no teto e vi como ele piorava nesse espelho. Aí, eu lembrei que ele só tinha três camisinhas e gozava rápido. Essa era minha arma.
- Eu faço mas você tem que pôr a camisinha.
- Camisinha pra você me chupar?
- Prefere pegar herpes na genitália? Foi por isso que eu não te beijei, tô com uma ferida aqui na boca e ela apareceu bem depois de eu ter transado com um carinha da faculdade. -menti.
- Que nojo. -comentou ele. - Eu vou pôr a camisinha, então.
Ele colocando a camisinha no p*u, eu sentiria o gosto do látex e seria mais fácil de suportar do que chupar ele sem camisinha. Eu me curvei e comecei a chupar devagar para não vomitar no p*u dele. Quando estabilizei, comecei a chupar rápido e ele gozou um pouco mais tarde do que dá primeira vez.
- Você só tem mais uma camisinha e tem uns 40 minutos, o que quer fazer? -perguntei.
- Me dá uns dez minutos e podemos fazer na posição de quatro, o que acha?
- Posso fazer de quatro mas anal não.
- Porque não? -perguntou sem paciência.
- Porque eu caguei antes de sair de casa e você não vai querer meter no meu cu assim, vai? -menti. Até que eu estava dobrando aquele i****a "virjão" direitinho.
- Tá bem, fazemos de quatro e meto na sua b****a. -respondeu ele.
Esperamos mais uns 15 minutos e eu me coloquei na posição. Ele "vestiu" seu m****o e colocou devagar na minha b****a. Agora fodeu, eu ia sentir prazer de qualquer jeito. Aquela posição me lembrava das vezes que Gabriel usava algumas de nossas noites para me matar de prazer. Essa posição ia direitinho no meu p*****g. Quando ele começou a se movimentar, eu me senti podre ao perceber que sentiria prazer fazendo sexo com o Tadeu. Mas ele fez o inacreditável: fez com que eu não sentisse prazer nem naquela posição que eu amava. Tadeu, você conseguiu me surpreender! Ele estava com tanto medo de gozar e acabar as camisinhas que se movimentava lentamente dentro de mim, me fazendo revirar os olhos...de tanto tédio.
- Aí, não vai dar, eu vou gozar. -disse ele.
Ele deu mais três bombadas fortes que me fizeram conter alguns gemidos e gozou novamente. Tadeu caiu para o lado e eu decidi deitar também, ao lado dele porém distante.
- Você não geme muito, né? comentou ele, tirando a camisinha do p*u.
- Eu sou frígida. -menti novamente antes de levantar e ir para ducha. Iria lavar cada parte do meu corpo que eu pudesse lavar. Peguei minha bolsa correndo, tranquei a porta da suíte e liguei o chuveiro rapidamente. Me esfreguei com o sabonete que trouxe do alojamento junto com uma bucha. Esfreguei todo o meu corpo e só saí quando me senti limpa, o que demorou uns 15 minutos. Me sequei com a minha toalha e vesti uma vestido que tinha na bolsa. Eu sabia que iria a um motel, então levei tudo que eu precisaria depois do ato em uma das minhas bolsas maiores. Talvez iria até queimar aquela roupa que vim usando. Saí do banheiro e Tadeu arregalou os olhos ao me ver já pronta.
- Nossa, você se arruma rápido. -comentou ele ainda nu na cama.
- É. Aqui vou chamar um uber, Foi um prazer inenarrável t*****r contigo. -menti descaradamente.
- Você pelo menos gozou? perguntou com medo da resposta.
- Gozei, gozei bastante. -estourei a minha cota de mentiras no ano.
- Legal. -comemorou.
Eu peguei minhas roupas e enfiei na bolsa.
- Você já vai? perguntou ele com cara de cachorro que caiu da mudança.
- Sim, tenho coisas a fazer. -disse me aproximando da porta. - Tchau. -e saí do quarto.
Chamei um uber rapidamente e fui embora daquele lugar.