Yolanda Narrando Fiquei sentada na cama dele, esperando. O barulho do chuveiro vinha do banheiro, constante, e o vapor morno escapava por baixo da porta. O coração batia rápido e eu não sabia se era ansiedade ou medo. Toquei os lábios, lembrando do beijo que ele me deu, ainda dava pra sentir o gosto dele ali. A porta se abriu devagar, e ele apareceu. Sem camisa. O cabelo molhado, e as gotas d’água escorriam pelo corpo dele como se estivessem em câmera lenta. Meus olhos seguiram uma delas desde o pescoço, descendo pelo peitoral largo, o abdômen definido, até sumir dentro da toalha amarrada na cintura. Nem percebi que estava prendendo a respiração até ele falar comigo. — Tá tudo bem, mexicana? Pisquei rápido, tentando disfarçar, mas senti minhas bochechas queimarem. — Sí... tudo bem

