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1340 Palavras

Arcanjo/Gabriel Narrando Acordei com o primeiro raio de sol entrando pela fresta da janela no quarto da minha mãe. Tava naquele estado de dormência, a cabeça ainda pesada dos perrengues da noite. Levei uns segundos pra lembrar onde eu tava e por que eu tava ali: meu pai desgraçado tinha aprontado de novo, bêbado, e eu, putaço da vida, dormi do lado da minha mãe pra proteger se o velho tentasse algo. Ergui o tronco devagar, sem querer acordar a coroa, porque ela precisava descansar. Vi o semblante dela, tranquilo finalmente, depois de tanta confusão. Suspirei, pensando: “c*****o, me meto em cada rolo que não tem fim.” Levantei de mansinho, ajeitei o travesseiro pra ela não sentir minha falta, e saí do quarto. Andei até a sala, e o cheiro ainda era de bebida do meu pai. Fiz uma careta de n

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