capítulo 5

1073 Palavras
Melissa Charlie Chego no bar, onde seria meu mais novo emprego. Passo por uns homens que já estavam ali bebendo, dentro algumas mulheres dançavam, outra enchiam a cara de bebida e iam para cima de algum macho. — Você é a Melissa? A estagiária? —Perguntou um homem super bem arrumado. Estava na casa dos quarenta anos, mais um homem nem parecia pois estava em ótimo forma muito para uma cara da sua idade. — Sou eu mesma. — Falo passando a mão no meu r**o de cavalo. — O chefe quer te conhecer. Por favor, me acompanhe. — Fala ele apontando para uma escada logo a frente. Sigo seus passos, subo as escadas até chegar a um corredor, seguimos e fazemos a curva para outro corredor cheio de portas, em alguns havia uma placa escrito "reservado" e outros "livre". — O que são essas portas? — Pergunto sentindo uma sensação r**m. Ele olha para mim por cima do ombro rapidamente e já volta a olhar para frente. — São clientes vip. — Fala ele. Ele vira mais um corredor, paro em frente a um quarto escrito livre. Olho para o lado, vendo se ele estava perto, seguro a maçaneta e giro. — Senhorita Charlie, é por aqui. —Fala me fazendo quase infartar de susto. Solto a maçaneta ainda com a sensação r**m, dou um suspiro e o sigo novamente. Paramos em uma porta grande, totalmente preta. Olho para trás, sentindo uma sensação muito r**m. — Pode entrar, senhorita. — Fala o homem dando um breve sorriso. Que me faz arrepiar. Passo pela porta que ele segurava para manter aberta, dou de cara com um escritório m*l iluminado, dando um ar cabuloso no lugar. O homem fecha a porta, me fazendo dar um pulo com ela batendo. Mordo meus lábios, nervosa, ando até perto da lareira, onde havia um homem parado, fico olhando para o mesmo. — Senhorita Melissa Charlie Santino de Oliveira! É um prazer conhece-la. —Sua voz era muito grossa. Como ele sabia meu nome inteiro? O seu tom em falar que foi um prazer me conhecer, é como se ele estivesse esperando por um tempo este momento. Não sei o que há aqui, mas minha consciência está gritando para que eu corra o mais rápido possível. — Deve estar se perguntando porque insisti em conhecer minha nova funcionária. Alguma ideia? —Perguntou e andou até uma mesa cheia de bebidas. O vejo pegar dois copos e encher de alguma bebida transparente. — Creio que seja para conhecer quem irá trabalhar com você. — Respondo achando meio óbvio. O mesmo vem até mim. Ele tinha uma aparência que chamava a atenção, olhos azuis, cabelos negros, uma barba bem cheia e desenhada, deveria ter por volta de vinte e nove a trinta anos. O homem (que ainda não sabia o nome) estendeu um dos copos para mim. —Ah! Não, eu... eu não bebo. — Falo recusando o copo. O mesmo deu de ombro e tomou de uma vez, o conteúdo do copo que iria me entregar. Em seguida andou até a poltrona, se sentando na mesma, mostrando a poltrona a sua frente. Isso já estava ficando estranho. Ele só não queria me conhecer e pronto, começo a trabalhar? — Vamos conversar sobre seu salário e o emprego. — Fala como se soubesse as dúvidas em minha cabeça. Ando até a poltrona e me sento, engolindo um seco. Algo no olhar dele não me deixava confortável, minhas mãos estavam suando, minha mente só faltava gritar para eu correr dali. — Você receberá mil por mês. Além de mais duzentos, nos dias que precisar fica até mais tarde. — Fala ele. — Ok! —Concordo só querendo sair dali logo. — Mais uma coisa! Você tem algum parente por aqui? Namorado, talvez? — Perguntou agora em um tom sério. — Não! — Respondo brevemente. Ele acena com a cabeça, apoia seu cotovelo na poltrona e seu rosto na mão, passando os dedos pelo seu queixo. — Pode começar a trabalhar. —Fala. Seu olhar me arrepiava de medo, me levanto rapidamente e vou para a porta. — Senhorita Melissa Charlie. — Me chama. Paro, mais não viro. Fico esperando ele falar o que tinha que falar. — Espero que não seja curiosa. Não toleramos curiosos aqui. — Fala. Aceno com a cabeça, passo pela porta e finalmente posso respirar novamente. Meu coração estava acelerado, minha respiração irregular, o que esse cara tem que me intimidou tanto? Vejo o mesmo homem que me trouxe aqui, ele fez um sinal para segui - lo a saída. — Aqui! Seu crachá e uniforme. —Fala me entregando. — Obrigada. —Falo dando um leve sorriso. — Pode se trocar no banheiro ou no quartinho que temos para os funcionários. — Fala ele. Aceno e vou na direção do banheiro. Percebo que o bar só tinha pessoas mais elegantes, homens e mulheres super bem vestidos, as dançarinas usavam roupas iguais, tudo bem organizado. Talvez por ser um bar novo. Entro no banheiro, me olho no espelho e solto um suspiro. Se acalma Melissa! Está muito nervosa! Balanço a cabeça algumas vezes e vou trocar de roupa. . . . Eram mais de nove da noite quando sai do trabalho, peguei o último ônibus da noite para a faculdade. Segurei-me para não dormir ali no ônibus, que logo para no ponto do lado da faculdade. Desço com minhas coisas na mão, vou até o portão e tento abrir, mais não consigo, penso que está emperrada. Uma gota cai na minha testa, logo outra, e outra, formando uma chuva forte. Corro até o ponto, me protegendo da chuva. Era só o que me faltava! Só em uma parte do ponto protegia da chuva, o resto estava todo molhado. Sento-me ali e solto um suspiro, estava cansada, só queria um banho e capotar na minha cama, mas ao invés disso, estou aqui, no meio de uma chuva, em um ponto de ônibus, ficando com frio e com sono. Não podia ficar pior. Coloco a minha mochila ali, me ajeito e deito ali mesmo, sem ligar para mais nada. Fico olhando a rua ser tomada pela chuva, enquanto meu sono começa a bater novamente. Meus olhos começam a ficar pesados, o sono começa a tomar conta do meu ser, mais antes de cair totalmente no sono, sinto meu corpo ser coberto por algo, assim o sono me faz desmaiar.
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