LORENA - HERDEIRA DA MÁFIA

18

— Aqui dentro do meu morro você não é nada, você não passa de uma garota indefesa – ela abre um sorriso.

— Você me matar seria como começar uma guerra;

— Aé? – eu pergunto – porque não pareceu que seu marido está preocupado com você, pela dr que eu escutei ontem, ele até mesmo te deu um tapa.

— Ele me deu um tapa porque eu bati nele primeiro, você náõ sabe quem eu sou, não me conhece de verdade para está me julgando.

— Você sobe o meu morro – eu dou um sooco na mesa. – para me ameaçar?

— Você dando soquinho na mesa não me deixa nem um pouco com medo de você, quero que você saiba que tem muitas pessoas bem perigosas sabendo que eu subi até aqui, e se eu não voltar, sua cabeça que vai rolar na bandeja do meu pai.

— Você acha que eu tenho medo do seu pai? No Brasil ele não manda nada – eu respondo para ela – nem ele e nem você.

— Eu posso não mandar, mas eu posso destruir muita coisa que você demorou para construir, não é mesmo? Se não fosse verdade você não tinha ficado nervoso com as coisas que eu te falei, não é melhor você me escutar de verdade, ver o que eu tenho para te propor para depois você julgar se me quer morta ou não. – eu coloco o baseado na boca e ela me encara.

— Fala. – eu a respondo.

— Primeiro, eu não sou apenas a esposa de Alexandre ou filha de Pedro Alcantara, eu tenho nome, sobrenome e o sangue da máfia corre nas minhas veias, eu sempre vi meu pai comandar tudo, cresci nesse meio e é claro que eu jamais aceitaria ser esposa apenas, eu sempre soube o que um chef da máfia faz e sempre soube que me casaria por negócios apenas com um homem tão ardiloso e com olho grande no cargo do meu pai, cargo no qual eu sou a herdeira legitima e na qual eu fiz questão de não ter filhos para trazer herdeiros para eles, aos 20 anos de idade eu montei a minha própria rede de tráfico de drogas, mas não posso crescer com ela por causa da máfia, mas tenho clientes em alguns países, a idéia de vir para o Brasil foi minha em uma conversa logo que me casei com Alexandre e ele usou como dele, todas as ideias dele são minhas, todas as expansões que a máfia fez foram minhas, ele as ouviu e tomou para ele, levando o nome de todas as ideias, você acha justo?

— E por isso você quer matar ele?

— Ele e meu pai, meu pai por ter me entregado a ele por negócio e eu sei que a minha mãe morreu por não aceitar a coisas da forma dele. Se eu me tornar a única herdeira legitima da máfia, eu pego o poder dela e mesmo que ninguém aceite, ninguém vai poder ir contra e juntos podemos crescer muito, pensa eu já tenho uma ligação com o tráfico de drogas, já tenho uma rede, uma produção pequena mas tenho, se juntar com a máfia, com o morro, eu entro dentro da facção, você ganha uma porcentagem alta em cima e vira o distribuidor oficial dos outros morros, você tendo o poder que você quer aqui dentro, eu só preciso que você me de proteção no Brasil para ficar, para eles acharem que eu fui sequestrada, adiar de Alexandre assumir como chef porque preciso está viva e ao lado dele, até que a gente ache a hora certa de agir.

Eu a encaro pensativo e realmente ela tinha idéias boas na cabeça, mas não seria tão fácil ela me convencer e nem mesmo ganhar tudo que ela quer;

— E onde você ficaria no Brasil?

— Em algum lugar, uma mansaõ em algum canto -eu abro um sorriso para ela – alguns homens para segurança, empregados e está tudo certo.

— Eu tenho uma contra proposta.

— Então você gostou da minha idéia?

— Ela é muito boa, você pensa grande, porém eu tenho uma contra proposta.

— Qual seria?

— Amanhã eu vou me encontrar com o seu pai, eu aceito os negócios com ele e fingimos as aparências, você volta para o hotel, desaparece enquanto eu estiver lá e vem para o morro e você vai ter a minha proteção aqui dentro do morro por quanto tempo for preciso, estando dentro do morro, você é minha responsabilidade, não vai tramar nada e nem mesmo me esconder, vai jogar limpo e jogar na mesa todos os negócios que você tem e eu te deixo viva e você me faz ser o distribuidor oficial das drogas quando a gente matar os dois.

— Aqui dentro do morro? Nunca – ela me olha – eu jamais vou ficar aqui.

— Então, você pode descer pelas escadas que você subiu e voltar para o hotel, tera que achar outra pessoa para aceitar o seu plano.