Capitulo 18
Lorena narrando
— O que você disse? – Carlos pergunta
— Eu atrasei , eu não sei se eu matei ele, mas estou em m*l lençóis aqui.
— Você está em m*l lençóis? Ele estava atrás de mim.
— Você sabe que fazia coisas erradas antes de trabalhar para mim.
— Ele disse de você?
— É logico que não, ele não sabe nada sobre mim – eu falo para ele.
— Só de mim?
— Só de você, foto indo dentro da nossa casa , talvez de um tempo Carlos e saia dai.
— Não, se eu der um tempo e deixar tudo nas mãos da Manoela, pode dar merda – ele fala nervoso no outro lado da linha.
— Então, vamos dar um tempo em sequestrar as garotas – eu olho para ele – em levar elas para aí, a gente tem um número bom de garotas na casa e principalmente para os próximos leiloes.
— Vamos estacionar os negócios?
— Apenas na captura delas, continuamos trabalhando com a casa aberta com um número mínimo de garotas, vamos dar preferencia para os clientes fieis e antigos, para não ter problema de ninguém disfarçado.
— Ok – ele fala – me der noticias sobre o agente do FBI.
— Acredito que vou ter o Alexandre na minha cola, preciso me livrar dele o quanto antes.
— Vai voltaa para o México com ele?
— Você está maluco? Ele está preste a querer me matar quando chegar no México, eu vou usar o que você me disse, eu não volto com ele.
— E o que você pensa em fazer?
— Eu já arrumei uma forma de ficar no Brasil e protegida.
— Como?
— Dono da Rocinha.
— Você está maluca – ele começa a rir – sai de um para outro pior.
— Relaxa, ele é bonzinho – eu falo rindo
— Lorena você ainda vai ser morta c*****o.
— Isso não vai acontecer, eu sei como convencer ele.
— Você sabe que donos de morro repudia trafico de mulheres – ele fala – você vai se meter em uma furada.
— E quem disse que ele vai saber sobre os meus negócios? Vai saber nada – eu sorrio – ele vai saber apenas o que eu quiser que ele saiba, eu te ligo mais tarde.
— Fica viva.
— Você também – eu desligo a chamada.
Eu estaciono o carro que eu tinha pego perto do morro da rocinha, bem dizer na frente, eu desço e olho todo o morro de cima a baixo e arregalo os olhos.
— Eu achei que dono de morros eram ricos – eu surruro.
Eu olho para aquelas mulheres quase peladas subindo e descendo aquele morro, criança correndo, homens armados, casas sem rebocos e pinturas, tudo cheio de desenhos de vândalos, eu respiro fundo e começo a subir os degraus,
— O que a rainha da máfia está fazendo aqui?
— Eu conheço você? – eu pergunto para um garoto mirrado com um fuzil atravessado.
— Não, mas meu irmão sim – ele fala.
— Você é irmão do Marcos.
— Sim – ele fala
— Por favor , chame ele, preciso falar com ele – eu olho firme para ele e ele arqueia a sombrancelha e olha para outros garotos e começam a rir – por acaso eu falei alguma piada?
— Aqui a gente pede por favor, nós temos educação – ele me responde
— Eu preciso falar com Marcos, é do interesse dele, por favor chame ele agora – ele me encara
— Espera aí – ele fala e eu cruzo os braços.
Capitulo 19
Marcos narrando
— Você vai falar com eles quando? – Minha tia pergunta.
— Devo ir amanhã pela manhã bem cedo.
— Achei que ia ri hoje.
— Não, antes preciso ver umas coisas.
— Eu não acho que você deveria fazer negócios com ele – Minha tia fala – sei lá se meter com essa gente, eles são perigosos.
— Nós também somos tia – eu olho para ela – eles vão mandar no México e não aqui, e posso falar uma coisa, estou sentindo que a senhora está estranha desde o jantar.
— Eu estranha? – ela pergunta – não jamais.
— Está sim.
— E aquela garota, você esteve com ela depois.
— Que garota?
— Lorena, o nome dela – eu olho para ela
— O que tem a Lorena?
— Você esteve ou não com ela , Marcos?
— Estive, ela me procurou – eu falo
— E vocês conversaram o que?
— Fala sério, tia. Quer que eu de um resumo do que a gente conversou ou fez? – eu falo rindo
— Não, é que eu achei ela – Patricia fala – sei lá, diferente.
— Diferente como? Ela queria matar o marido dela e eu a impedi, uma assassina?
— Não – Minha tia fala – familiar.
— Familiar? – eu olho para ela – tia a senhora está consumindo as drogas daqui? Mosca diz que são umas merda – ela me encara.
— Cara de p*u, você mesmo vende as drogas – ela fala e eu começo a rir.
— Preciso descer para a boca.
— Se cuida – ela fala
— Até a noite.
Eu desço para boca e vou pensando se deveria ou não fazer negócios com o pessoal do México, confesso que martelei isso na minha cabeça a noite toda e quase nem dormi. Será que seria uma boa misturar os negócios com eles?
Brasil x México em um campeonato de drogas? Meu pai sempre disse que jamais deveríamos confiar em mafiosos e agora eu queria fazer negócios com um deles?
Thiago e eu, a gente sabe que a gente precisa fechar um negocio bom, um consumidor bom, por mais que a gente tenha tudo sobre controle dentro do morro, a gente precisa pensar em crescer.
— Marcos – Lk fala
— Oi – eu falo
— Tem uma morena lá embaixo bem m*l educada querendo falar com você.
— Quem? – eu pergunto
— Seu irmão chamou ela de rainha da máfia
— Lorena? – eu pergunto
— É melhor você dizer se ela pode subir ou não, porque Th tá querendo matar ela.
— Sobe – eu respondo – traz ela aqui na boca.
— Vai receber o salto fino aqui na boca?
— Ela veio até aqui – eu falo sorrindo – vai vir onde eu quiser que ela venha. – ele sai rindo.
Eu fico pensando, o que ela queria aqui? Era arriscado ela vir até o morro depois de ontem a noite, eu me sento na cadeira e acendo um baseado, depois de algum tempo, Lk abre a porta e ela entra.
Com um salto enorme nos pés, uma calça preta colada e um bory transparente, eu olho ela de cima a baixo, com os cabelos soltos e ondulados, um batom vermelho no rosto.
— Sentiu saudades? – eu pergunto com o baseado na boca a encarando e ela me encara.