Nova casa

2357 Palavras
Harry estava flutuando em uma nuvem gigante. A nuvem era mágica, mais suave do que qualquer coisa que ele já sentira antes. E ao lado dele na nuvem estava o Sr. Tom. O Sr. Tom disse que eles iriam voar para uma nova casa. Harry não conseguia se lembrar exatamente onde essa nova casa deveria ser, mas ele estava muito, muito animado. Ao redor deles, o céu era de uma bela cor azul. Bell também estava voando ao lado deles, as asas batendo em um ritmo rápido. Bell também estava animado, Harry decidiu. Bell estava animado com o fato de que todos viveriam juntos. Todos eles flutuaram um pouco mais, e então algo engraçado aconteceu. De repente, havia um monte de Bells voando por toda parte. Um enxame de pequenos dragões vermelhos, todos batendo com força para acompanhar o ritmo da nuvem. Harry piscou, tentando contar quantos, mas os dragões continuaram se movendo e girando. Eles estavam se movendo muito rápido para Harry contar corretamente. Frustrado, Harry gritou para Bell voltar. Quando nenhum dragão saiu voando da matilha, Harry começou a se preocupar. Bell não o tinha ouvido? Bell estava perdido na multidão de dragões? E se Bell ficar para trás? O número de dragões cresceu. Harry agarrou a fofura da nuvem e gritou pela segunda vez. Sua voz parecia meio engraçada, mas ele ignorou, tentando gritar mais alto. Logo, quase não havia mais céu azul. Tudo estava vermelho em todos os lugares. Harry estava ficando com medo pela segurança de Bell. Ele se virou para olhar para o Sr. Tom para pedir ajuda, mas quando o fez, tudo o que pôde ver foi mais vermelho. Assim que Harry estava prestes a falar, algo fez cócegas em seu rosto. Harry foi dar um t**a nele, pensando que provavelmente era um dragão perdido - - e então Harry acordou. A primeira coisa que Harry percebeu, depois de lutar contra sua sonolência, foi que Bell estava l******o seu rosto. Isso explicava a sensação engraçada de cócegas. "Ei," Harry protestou fracamente, erguendo o braço em direção ao rosto para protegê-lo. "Pare com isso." Bell se retirou e emitiu um som estridente, e foi quando Harry percebeu a segunda coisa, que Bell agora estava grande. Mais especificamente, Bell agora era do tamanho de um cachorro pequeno e babava no travesseiro de Harry. "Você é grande!" Harry exclamou, olhos arregalados. Então seus olhos se arregalaram ainda mais quando seu olhar se fixou na sala ao seu redor. O quarto também era grande. E a cama em que Harry estava também era grande. Confuso, Harry puxou os joelhos para cima e arrastou os pés para trás até que suas costas bateram contra a cabeceira da cama. "Harry?" Essa voz era familiar. Harry relaxou ao ouvir isso. "Sr. Tom?" O Sr. Tom estava sentado em uma cadeira não muito longe da cama. Como o quarto estava quase todo escuro, Harry não o notou imediatamente. "Bom dia", disse o Sr. Tom. "Você dormiu bem?" Demorou um pouco para Harry pensar no que dizer. "Tive um sonho engraçado", disse Harry. "Estávamos em uma grande nuvem. Estávamos voando para algum lugar. Bell também estava lá." Harry lançou um olhar para Bell, que agora estava batendo o r**o na cama. "Isso soa como um sonho bom." O Sr. Tom se levantou e foi até o lado esquerdo da cama, sentando-se nela. "Você sabe para onde estávamos indo?" Harry ficou envergonhado com a resposta, mas disse mesmo assim. "Você disse que íamos para uma nova casa." O Sr. Tom sorriu. "Esse sonho se tornou realidade, não é? Esta é a sua nova casa." O homem apontou para a sala ao redor deles. "Nenhuma nuvem necessária." Harry acenou com a cabeça timidamente. "É-" ele tentou dizer, mas parou. Ele queria perguntar se aquele quarto seria o quarto dele, mas e se não fosse? Harry não queria que o Sr. Tom pensasse que ele estava sendo ingrato. Este quarto era realmente grande. Provavelmente não era para Harry ficar em casa. "Por que Bell é tão grande agora?" Harry perguntou ao invés. "Agora que você vai morar aqui, não vi razão para o Belligerent continuar com um tamanho tão pequeno. Será mais fácil para você jogar agora, não é?" O Sr. Tom perguntou. "E eu acho que o Belligerent prefere sua forma maior." Bell deixou escapar outro chiado estridente de prazer. Harry sorriu e estendeu o braço como sempre fazia quando queria que Bell se empoleirasse nele. Bell trotou para a frente e sentou-se no colo de Harry. "Você gosta de ser grande?" Harry perguntou, acariciando a cabeça do dragão. Bell ronronou em resposta. Isso resolveu isso, então. Harry olhou de volta para o Sr. Tom. "Bell pode ficar grande se é isso que ele quer. " "Escolha muito sábia." O Sr. Tom se levantou e arrumou suas roupas, olhando por cima do ombro para uma porta que Harry presumiu que dava para um banheiro. "Agora você deve se lavar para o café da manhã." A mão de Harry parou na cabeça de Bell. Ele não tinha certeza do que deveria fazer. Ele deveria ir ao banheiro e se lavar sozinho? Harry não trouxe uma escova de dentes com ele nem nada. "Há coisas no banheiro para você usar", disse o Sr. Tom gentilmente. "Use o quanto precisar. Há bastante água quente." Com isso, o canto da boca do Sr. Tom se contraiu, como se ele estivesse pensando em algo engraçado. Harry se perguntou o que era, mas então ele foi distraído por Bell pulando da cama e caindo no chão. "O resto de suas coisas estão seguras", acrescentou o Sr. Tom. "Vou ajudá-lo a desempacotar mais tarde." Portanto, este quarto não foi feito para ele, ou então suas coisas estariam aqui. Harry acenou com a cabeça uma vez e começou a sair da cama. "Chame-me quando terminar, e irei buscá-lo." "Tudo bem", disse Harry. "Eu vou." Harry e Bell assistiram juntos quando o Sr. Tom saiu da sala, fechando a porta atrás de si. Harry se virou para olhar para Bell. "Hora de se lavar." Bell seguiu Harry até o banheiro. O banheiro era grande, assim como tudo parecia ser no momento. Havia uma escova e pasta de dentes no balcão ao lado de um sabonete bem embrulhado e uma toalha dobrada. Essas coisas devem ser para ele usar. Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, Harry olhou para a esquerda na banheira. A banheira estava embutida no chão e na parede, e era enorme. Havia dois frascos - xampu e condicionador - e outra barra de sabonete na borda da banheira. Harry se perguntou se ele deveria tomar banho também. Mas isso demoraria muito, não é? Harry deveria ligar para o Sr. Tom quando ele estivesse pronto para o café da manhã. Bell saltou em direção à banheira. "Ei", disse Harry. "Sem banho. Temos que ir para o café da manhã." Bell fez um barulho triste em resposta, mas Harry balançou a cabeça e sacudiu a cabeça na direção da porta. Só porque essas coisas estavam aqui, isso não significava que ele deveria usá-las. Harry voltou para o quarto. Agora que ele estava mais acordado, ele podia olhar para o quarto corretamente. As paredes eram de um cinza claro, e havia cortinas cinza mais escuras penduradas na frente das janelas. Harry foi examinar a cama em seguida. Os cobertores eram macios. Os travesseiros também. Na verdade, havia muitos travesseiros. Harry estava dormindo apenas em um deles, mas na verdade havia quatro travesseiros no total na cama. Não admira que ele estivesse sonhando com nuvens. Dando um passo para trás da cama, Harry puxou nervosamente seu anel, que estava pendurado na fita. Ele deveria chamar o Sr. Tom para que pudessem tomar o café da manhã. Bell caminhou até Harry e bateu a cabeça na perna de Harry. "Você deve estar com fome também," Harry percebeu. "Ok, vou ligar." Harry colocou o anel e se concentrou em sua ligação. Seu anel zumbia como de costume, mas não brilhou, o que não era normal. Harry franziu o cenho. Não estava funcionando? Harry não teve muito tempo para se preocupar com isso porque nem um momento depois, o Sr. Tom apareceu na porta. "Pronto para o café da manhã?" ele perguntou, estendendo a mão. "O anel não brilhou", disse Harry preocupado, sem se mover de onde estava. "Eu fiz algo com ele? Sinto muito." O Sr. Tom se ajoelhou e gesticulou para que Harry se aproximasse, então Harry o fez. "Você não fez nada de errado", disse o Sr. Tom calmamente. "Foi minha culpa. Vejo agora que minhas instruções não foram claras. Agora que você está aqui comigo, o anel não precisa mais de tanta energia para funcionar. Eu esperava que você me chamasse pelo nome, não use o anel . " "Oh." Harry ainda sentia que era sua culpa. Ele deveria ter pensado mais antes de tentar usar o anel. "Agora," Sr. Tom continuou, dando um aperto de mão na direção de Harry, "podemos ir?" Harry pegou a mão do Sr. Tom, segurando os dedos. "OK, vamos lá." O Sr. Tom sorriu para ele. Harry sentiu um formigamento estranho na mão onde eles estavam se tocando, mas ele se permitiu ser levado para o corredor e onde quer que estivessem tomando café da manhã. O corredor era bastante longo e havia luzes em ambos os lados que se acenderam quando eles se aproximaram. Harry nunca tinha entrado em um lugar tão chique como este antes. O Sr. Tom deve ter muito dinheiro para possuir uma casa deste tamanho. Isso fazia sentido, porém, porque o Sr. Tom usava ternos bonitos quando estava em sua forma pessoal. Bell trotou ao lado deles, dando voltas ao redor dos pés e pernas de Harry até que o Sr. Tom olhou severamente e disse a Bell para parar porque Harry poderia acidentalmente tropeçar e cair. Harry não achou que ele cairia, e ele queria dizer isso, mas ele ainda estava se sentindo tímido com a novidade de tudo, então ele manteve a boca fechada. Harry enxugou a mão livre no short, esperando que a mão que segurava a do Sr. Tom não estivesse suada. Então, de repente, o Sr. Tom estava olhando para ele. Harry se sentiu envergonhado e tentou manter os olhos fixos à frente. O problema era que ele não sabia para onde estavam indo, então era difícil decidir para onde olhar. A mão do Sr. Tom se afastou e o coração de Harry afundou por um momento terrível. Só então a mão se moveu, pousando suavemente no topo da cabeça de Harry, os dedos penteando seu cabelo com grande lentidão. Harry se lembrou, então, de que seu cabelo normalmente estava uma bagunça. Tia Petúnia freqüentemente reclamava disso, então Harry deveria ter pensado em se olhar no espelho e consertar sua aparência. Ele não queria parecer bagunçado durante seu primeiro café da manhã aqui na casa do Sr. Tom. "Vou fazer uma lista dos itens básicos de que você vai precisar", disse o Sr. Tom, sua mão ainda arrastando suavemente pelo cabelo de Harry. "E há algo que eu gostaria que você fizesse por mim, Harry." Harry se animou. "Sim, ok", disse ele ansiosamente. Ele queria ajudar no que pudesse. O Sr. Tom já havia feito muito por ele. O que quer que Harry pudesse fazer para ajudar, ele faria. "O que você quer que eu faça?" "O que eu gostaria que você fizesse é uma lista das coisas que você gostaria para si mesma." Harry não entendeu muito bem. "Como um pente?" ele perguntou com cautela. "Nada disso, querido. Como eu disse, eu mesmo cuidarei desses itens." A confusão de Harry ainda deve ter sido visível em seu rosto, porque o Sr. Tom acrescentou: "O que eu gostaria é uma lista de itens extras que ajudarão a facilitar sua transição para viver aqui em minha casa. Itens como brinquedos ou livros." "Oh." Harry estava desconfortável. Ele não sabia o que pedir! Ele esperava ajudar, não receber mais coisas. Harry não sentia que tinha feito nada para merecer novos livros ou brinquedos. O Sr. Tom já havia lhe dado amizade. E deu a ele Bell! E o Sr. Tom o havia tirado dos Dursleys. Isso foi mais do que suficiente para Harry ser feliz. Ele não precisava de mais coisas. "Eu não preciso de nada disso", disse Harry rapidamente. Então ele se sentiu m*l por dizer isso, embora não tivesse certeza do porquê. Talvez fosse porque o Sr. Tom estava apenas tentando ser gentil, e aqui estava Harry, recusando. Mas o que o Sr. Tom não entendeu é que tudo já era maravilhoso e perfeito. Harry não precisava de mais coisas para ser feliz aqui. Ele já estava muito feliz por simplesmente estar aqui nesta casa. "Já estou feliz aqui", Harry acrescentou em voz alta, apenas para ter certeza de que estava claro. O Sr. Tom sorriu para ele novamente, mas o sorriso não era um grande sorriso. Seus olhos não enrugaram nas laterais. Em vez disso, seus olhos pareciam um pouco tristes. Harry baixou o olhar para o chão quando sua barriga deu uma cambalhota estranha. Ele não sabia o que pensar sobre aquele sorriso. "Eu entendo", disse o Sr. Tom após um momento. Ele os puxou para uma parada no corredor e se ajoelhou na frente de Harry, colocando suas duas mãos maiores nos cotovelos de Harry, segurando-as levemente no lugar. "Estou extremamente satisfeito em saber que você está feliz aqui comigo. Mas eu ainda gostaria que você tivesse alguns bens novos, se isso é aceitável para você?" Harry se forçou a acenar com a cabeça, e então o Sr. Tom continuou, "Eu apreciaria muito se você pudesse me ajudar a decidir o que comprar para você. Mesmo um ou dois itens em uma lista seriam muito úteis. Você me promete isso você vai pensar sobre isso? " "Eu-eu prometo," Harry murmurou. "Maravilhoso. Agora-" "Mas espere," Harry deixou escapar. O Sr. Tom parou a meio caminho de se levantar, então se ajoelhou novamente, sua expressão paciente. "Sim?" "E se ... e se eu não conseguir pensar em nada?" Harry disse baixinho. O Sr. Tom exalou profundamente. Então ele levou a mão ao rosto de Harry, esfregando o polegar tão suavemente que o peito de Harry começou a doer um pouco. "Se você não puder, então vamos pensar em alguns itens juntos, o que você acha?" "Tudo bem", disse Harry. Ele fungou para limpar o nariz - estava tudo entupido, que vergonha - e observou o Sr. Tom se endireitar. Assim que a mão do Sr. Tom foi estendida em sua direção, Harry a agarrou. Segurar as mãos ajudou a assegurar a Harry que tudo isso era real. O Sr. Tom parecia feliz por Harry ter agarrado sua mão tão rapidamente. Ele deu um belo aperto na mão de Harry que o fez se sentir feliz por não ter hesitado. Nenhum sonho poderia ser tão bom quanto a mão do Sr. Tom envolvendo a sua. ◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇
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