Os Herdeiros da Sacra Corona Unita

Itália, era manhã em Sicília, quando João Pedro se levanta após mais uma noite de discussões com sua esposa Francesca, desde que a pequena Isabella nasceu o casal já não se entendiam muito bem. Ao se sentar à mesa para o café da manhã, ele não a vê, apenas um papel sobre a mesinha de entrada, onde ela se desculpa, sem acreditar no que via ele pega o pequeno pedaço de papel. “ Me desculpa, João, mas acho que cometemos um grande erro, somos de mundos diferentes e não consigo mais viver ao seu lado, estou partindo e não quero levar comigo a prova do nosso fracasso, pois é isso que Isabella representa para mim.” — Não acredito que essa infeliz fez isso, quem ela pensa que é? João Pedro Herreira, 31 anos, conhecido por “Diablo”, filho adotivo de Ruan Herreira, quando ainda tinha 10 anos, foi criado dentro das tradições da máfia italiana, durante uma missão há cinco anos conheceu uma belíssima moça, numa dessas casas noturnas, Francesca, por qual teve uma grande paixão, acreditando nesse amor ele a pediu em casamento, mesmo sabendo de seu passado e com os inúmeros conselhos de seu irmão, Diego. — Eu disse a você, Pedro, esse tipo de mulher não é confiável, estava na cara que isso iria acontecer. Fala seu irmão mais velho e Don da máfia “Sacra Corona Unita” Diego Herreira, que apesar de tudo tinha um grande respeito por ele mesmo não sendo de sangue. — Pois se ela foi embora devido a outro homem, irá conhecer minha ira. O mesmo, sai acompanhado por seu segurança Marconi, como Francesca usava um cordão com pingente dado por ele, não foi difícil rastreá-la e encontrar seu paradeiro, uma pequena pousada quase na saída da cidade. — O que pretende fazer Diablo? Questiona, Marconi, vendo nos olhos do patrão todo ódio e decepção, que o dominava e demonstrava do que seria capaz para demonstrar o perigo que era trair sua confiança. Eles ficam alguns minutos na porta do estabelecimento e veem um carro com vidros escuros entrarem, dele desce Francesca, que olha para os lados e vai para um dos quartos. A pedido de Diablo, seu segurança é encarregado de seguir o carro e levar o homem até sua casa enquanto ele pede reforço e coloca dois homens para vigiar sua esposa. Já era madrugada, quando a porta do quarto de Francesca é aberta e por ela entra João Pedro, com a expressão de ódio, ele caminha até sua esposa que parecia surpresa por vê-lo. — Pelo visto não era a mim quem esperava vestida como uma prostituta, certo? — Que faz aqui Pedro? Acho que fui bem clara naquele bilhete. — Foi muito clara, mas tem algo Francesca que não posso perdoar, traição. Se está esperando por seu amante, sinto muito ele vai se atrasar. Ele ordena que um de seus homens jogue no chão os braços decepados do amante, causando náuseas em Francesca e seu total desespero. — Que foi que você fez, Pedro? — Isso não é nada comparado ao que farei com você, Francesca, como pode me fazer de i****a, eu pedi várias vezes que fosse honesta comigo, disse por várias vezes que não me importava com seu passado. Diablo, segura Francesca pelos cabelos e a arrasta por todo estacionamento, as pessoas param olhar, a mulher ainda de trajes íntimos sendo levada, mas que ninguém ousaria intervir, por conhecer quem era o homem n***o de terno escuro. Francesca é jogada dentro do carro, que segue pelas ruas em alta velocidade, alguns minutos depois eles entram num dos galpões pertencentes ao grupo, onde levavam seus prisioneiros que eram torturados, o local que tinha o cheiro da morte, seria o último que aquela mulher viria. — Por favor, Pedro, não faça isso, pense em nossa filha. — Cale sua boca, para falar de minha filha, não disse que ela apenas é a representação de seu erro? Então, agora irá descobrir porque não se deve trair um homem, pena não poder compartilhar isso com ninguém. Diablo, ordena que os homens saiam do local e espere do lado de fora, Francesca é amarrada sobre uma mesa, ela luta, mas por ele ser forte, apesar dos arranhões aprende com facilidade, usando uma faca ele rasga suas roupas a deixando completamente nua. Desliza a ponta da faca por seu corpo, vê algumas marcas de chupões pelas pernas e abdômen que o irrita, ele passa os dedos pela entrada e Francesca fecha os olhos segurando a respiração por pânico. Sussurrando, ele fala ainda sentindo o cheiro de sua i********e, encarando a face com temor dela. — Me diga Francesca, quantos te foderam ainda quando estava comigo? — Por favor, eu imploro, me deixe ir, juro que vou embora da Itália. — Responda minha pergunta, sua p*****a. — Só o Lucca, eu juro Pedro. Pedro, lamentando tudo aquilo, beija os lábios de Francesca, depois volta a colocar uma fita a impedindo de emitir qualquer som. Do lado de fora apenas gemidos de dor, depois um longo grito de angústia misturado com ódio, quase duas horas depois, Diablo abre a porta, estava sem o paletó e com a camisa coberta de sangue, Diego chega acompanhado por seus homens e fica horrorizado por ver o estado de seu irmão. — Que foi que você fez, Pedro? — Um homem honrado não perdoa a traição, Diego, você já deveria saber disso, já que é o nosso Dom. Ele entra no carro, sem ao menos se despedir do irmão, Marconi que estava na direção o leva para casa, o sol já estava ameaçando a surgir quando eles entram na mansão, por receio que a filha o visse, Diablo sobe direto para o quarto, no chuveiro e ele se apoia na parede e no chão a água misturada com sangue de Francesca leva com ele todo aquele sentimento que ele nutria por ela. Após aquela madrugada, se passaram cinco anos, mas Pedro ainda não comentava sobre o fato e parecia ainda mais distante, apesar de sair para trabalhar todos os dias, até que seu irmão, com um plano para expandir os negócios, decide oferecer a ele uma oportunidade de se afastar da Itália.