Cap.218
— Ainda nem acredito que seu irmão lhe empresta o carro. — Comenta Mary enquanto seguem os meninos.
— Eu sei dirigir, ele só está esperando eu fazer dezesseis para finalmente entregar a minha carteira e assim… me dá meu carro.
— Você tem tanta sorte. — Comenta com um pouco de desânimo.
— Você não tem carro?
— Não tenho boa condição para isso não. — Sorri sem jeito. — Além disso, um soldado simples da máfia como meu pai é, ele não tem muito dinheiro.
— Ah… verdade, mas não se preocupe, eu posso te dá carona.
— Sério? — Murmura empolgada. — Sabe… o que você vai fazer se descobrir que ele realmente é gay?
— Bom… eu vou continuar sendo amiga dele, afinal… ele tem cuidado de mim, então quem sabe eu não trate ele como um irmão. — Explica mas seu olhar demonstra tristeza ao imaginar.
— Deve ser complicado, já que parece que você gosta realmente dele.
— E eu gosto, na nossa família a gente aprende a gostar de um garoto e deve ser somente aquele garoto para a vida inteira, então eu não queria ter que me afastar dele.
— Uau… sua família é bem tradicional, não é?
— Não é algo r**m… chegamos! Mas onde é aqui? — Pergunta ela confusa ao ver o estabelecimento de dois andares e aparentemente com música alta e uma grande placa refletora. — As valquírias… é nome de banda? — Pergunta Lara.
— Não sei bem… mas já ouvi alguém falar sobre ela, acredito que seja uma casa de show e banda, é pequeno para ser um hotel.
— Bom… então vamos ter que entrar e descobrir. — Diz Lara determinada.
Assim que elas chegam na entrada são barradas pelos seguranças que mandam elas se identificarem, Mary era maior de idade, tinha dezoito anos, porém Lara não tinha idade suficiente para entrar, mesmo que suplicasse e mentisse sua idade, até que um grupo de prostitutas se aproximou delas.
— Sabe que a madame não gosta nada quando vocês ficam barrando as meninas de entrar, se elas querem é por conta e risco. — Diz uma das moças com roupas extravagantes e minúsculas.
— Essa menina não tem dezoito anos, está óbvio e nem mesmo tem identidade. — Um dos seguranças a repreende.
— Você está se preocupando demais, ninguém vai morrer. — Resmunga outra moça segurando Lara e Mary pelo braço as levando amigavelmente para dentro. — Bom… se querem fazer uma grana a madame até permite que vocês perambulem por aqui, mas não podem entrar nos quartos e… — Diz analisando elas dos pés a cabeça. — Vocês são bem novas, não vai ser difícil arrumar um serviço.
— Espera… quartos… aqui é um hotel?
— Pode chamar de hotel, motel o que quiser, só não pode entrar nos quartos.
— Meu deus… onde entramos? — Pergunta Lara horrorizada, ela e Mary se encaram sem reação em meio ao desespero.
— Em um puteiro… — Resmunga elas com as pernas bambas.
— Temos que sair daqui! — Rosnou Lara puxando Mary na intenção de irem para a saída, mas fica atordoada quando se vira bruscamente e bate contra o tórax de um homem desconhecido, ela ergue seus rosto com os olhos esbugalhados enquanto atrai o olhar curioso de um dos homens.
— Uma andadinha? — Pergunta sorrindo de forma leviana.
— Bom… ela não tem a identificação. — Comenta o seu segurança.
— Vai levar alguma delas hoje?
— Bom… — Murmurou pensativo. — Eu já estou cansado das meninas daqui, já conheço todas, não faz m*l uma carne nova.
Lara e Mary se encaram e recuam, mas percebem que o interesse do homem estava sobre Lara, ele deu ordens e os homens foram pegar Lara que correu junto com Mary.
— Procure os meninos e peça ajuda! — Rosna enquanto tenta encontrar um lugar, parecia que nenhuma das meninas ali se importava com o que acontecia umas com as outras.
Lara conseguiu entrar em um dos banheiros e trancar a porta entrando em um dos box se trancando dentro, enquanto Mary corria por cada quarto desesperada buscando encontrar ajuda, mas não importava a quem ela pedisse ajuda ninguém se importava.
Os dois homens conseguiram entrar facilmente no banheiro, logo em seguida chegou um homem cujo havia se interessado por Lara.
— Onde está a amiga dela? Quero que levem elas duas. — Ordena então um dos homens sai do banheiro e segue atrás de Mary que continua a procurar os meninos até que o capanga que perseguia Lara a avista e vai atrás dela.
— Meu deus… — Choraminga Lara no banheiro ao pegar o celular e tentar ligar para Cassius, mas antes mesmo que pudesse ligar Cassius a liga para seu alívio.
/ Volte agora com meu carro, não te deixei sair a noite. — Diz indiferente enquanto está em frente ao elevador no subsolo.
/ Me ajuda… por favor! — Pede desesperada, mas um dos homens abre a porta a puxando pela camisa.
/ Lara… onde você está! — Pergunta esbaforido.
/ Na… — Ela leva um susto ao ouvir o tombo na porta ao mesmo tempo que o homem a puxa para fora.
— Lara! — Rosna Cassius ligando para Laysa. — Ligue o rastreador do carro e me diga onde ele está! — Ordena, mesmo que ela estranha se seu pedido subiu até o escritório e ligou o aparelho compartilhando a localização com Cassius que seguiu viagem o mais rápido que podia em uma das motos de emergência.
Mary por sua vez ao fugir do capanga ela por um golpe de sorte ela cai de cara no quarto que os meninos estavam, sentados em um sofá assistindo a stripper que dançava em um palco.
— Mary? — Kaleb se levanta indo até ela quando um dos homens entra e tenta a capturar.
— Essa menina já tem dono. — Avisa o segurança.
— Está ficando louco! — Rosna um dos amigos de Kaleb enquanto ele ajuda Mary a ficar de pé, mas o homem tenta enfrentar os três meninos que acabam entrando em uma briga corporal.
— Lara está em perigo! — Grita desesperada enquanto os três meninos lutam com o homem.
— Lara está aqui? — Pergunta Kaleb preocupado.
— Tem dois homens a perseguindo.
— Merda! Esqueçam isso. — Resmunga Kaleb tirando algo do bolso em seguida, golpeando a costela do homem que cai.
Os três meninos seguem rapidamente atrás de Mary que os leva até o banheiro onde Lara tenta lutar com os dois homens, a pia quebrada jorrava água para todo lado, a menina até mesmo tinha quebrado o espelho e agora estava encurralada segurando um pedaço em sua mãos pronta para golpear qualquer um que se aproximasse.