BÔNUS 2

2949 Palavras
NARRAÇÃO FÁBIO Entramos no barco e vou direto pra cabine. Quero ficar bem longe e ter um momento com Vivian sozinho. Tenho planos e para nós dois, além da tortura s****l. - Sabe mesmo dirigir isso? Todo golpista sabe conduzir barcos, aviões de pequeno porte e qualquer tipo de veículo terrestre. - Sim! Não lembro se na ficha dela havia treinamento para embarcações marítimas. - Quer que te ensine? - Claro! Fala com uma leve empolgação e tenho a sensação que a safada sabe pilotar barco. O que Renata Schneider, vulgo Vivian não sabe fazer? Ela é completa! - Fique aqui que vou levar nossas coisas. Já volto! Beijo sua cabeça e vou para o quarto. Quando tenho certeza que não me seguiu, coloco as coisas na cama e olho a bolsinha. Como eu imaginei ela pegou os remédios e a arma. Só queria saber a merda do efeito de cada medicação e espero que não use comigo. Guardo a bolsinha e volto para a cabine. - Vamos partir! Assim que entramos em alto mar, decido perguntar uma ultima vez, na esperança de que longe de tudo e todos, ela se abra comigo. - Antes de termos esse momento nosso, de realmente ficarmos sozinhos, tem algo que queira me contar? - Como assim? Não entendi sua pergunta. Vamos Vivian... me conte a verdade. - Apenas quero saber se tem algo que queira me contar. Acho que nossa relação está pronta para algo sério de verdade e não quero mentiras. - Não! Nada para contar. Ela não vai recuar, desistir ou se entregar. Seu objetivo é forte, ela quer mesmo terminar o golpe. Me pergunto porque escolher o Banks. Seria algo pessoal? - Ótimo! Beijo seu rosto e decido continuar com o plano do Alberto. - Odiaria ter que matar a mulher que amo. Digo sem olha-la e volto a olhar o mar. ****************** Quando estamos realmente no meio do nada, local perfeito para uma pressão psicológica em uma golpista, decido parar o barco desliga-lo. - Vamos ficar aqui os dois dias? - Sim! Só nós e ninguém para nos ouvir. Minha voz sai firme e me viro, indo para dentro do barco. Sei que a deixei pensando em como irei tortura-la, caso seja esse meu plano. Sua mente deve estar muito agitada. - Vem! Grito para ela vir pra dentro do barco e em segundos Vivian entra. - Achei que talvez estivesse com fome. - Estou! - Pedi para deixarem a geladeira abastecida. Pega duas bebidas pra gente. Pega nossas bebidas e as abre, enquanto arrumo os lanches. - Quer com bastante molho ou pouco? - Bastante! Gosto de me lambuzar. Provocadora, gosto disso! - Eu sei! Se lambuza, depois lambe tudo e engole. Rimos juntos e ela segue para o sofazinho da mesa. Meu celular toca e chupo meus dedos sujo de molho para atender. - Belini! - Vivian está com você? - Está! Olho pra ela que parece surpresa por ser ligação pra ela. Será que aconteceu alguma coisa? Será um segredo delas? - Espera! Entrego o celular e fico de olho. - Aurora! Informo e ela sorri. - Oi! Sorri e me olha. - Ainda não atrapalhou nada. As duas parecem gostar de verdade uma da outra. Nada forçado pelo golpe. - Pede! Seu rosto tem a expressão de quem está aprontando. - Claro! Aproxima a boca do celular para sussurrar. - Não esquece de desligar o celular e não ir com seu carro. Mexe na boca da garrafa e parece relaxada. Se sente bem com a Aurora. Parece que se torna a Renata e não a Vivian com ela. Diferente do que acontece com a gente. Parece que o tempo todo estamos mentindo e isso me preocupa. - Aproveite! Olha pra mim com safadeza - Pode deixar. Tchau, Aurora! Desliga e coloco o lanche pra gente. - Espero que goste. Sento ao seu lado e sem resistir, cheiro seu pescoço. Talvez para afastar as dúvidas, os medos. - Você é incrível ajudando a Aurora e o Jorge. - Eles merecem viver esse amor. Banks é um... Para de falar e fica me olhando. - O que foi? - Achei realmente que era uma golpista pra ele. Cutuco e espero sua resposta. - Parece que sou uma golpista de olho em você. Cuidado que posso levar tudo o que tem. - A única coisa que pode levar de mim é meu coração. Então apenas cuide dele se fizer isso. Jogo com seu emocional com relação a mim e beijo sua testa, sabendo que já matuta na cabecinha linda algo sobre tudo isso. O que mais me admira em Vivian é o seu raciocínio rápido e como ela não desliga a mente nem um segundo. - Seus dias já começaram ou ainda posso brincar no parquinho? Pergunto para tentar desligar seu cérebro. - Acho que pode brincar hoje, mas não garanto nada depois. ****************** Terminamos de comer e vamos para um banho. Mantenho meu foco em primeiro acalma-la, dar carinho, senti-la. Evitando que me toque e me dê prazer. Vivian precisa desarmar nesse momento. Completamente nus e embaixo da água, derrubo suas barreiras com o prazer. Meus dedos a torturam e conheço seu corpo muito bem, para saber que seu orgasmo está perto. Toca-la se tornou um vicio e lhe dar prazer uma obrigação maravilhosa. - Fábio! - Calma! Meus dedos afundam em seu sexo e minha boca cobre a dela, engolindo seu gemido que ecoa dentro de mim. - Vai ser intenso! Seus olhos se abrem quando minha mão segura firme seu pescoço. - Calma! Sussurro, testando se ela confiaria em mim a ponto de me deixar sufoca-la até o limite de seu orgasmo. Seus olhos estão bem abertos agora e posso ver seu medo, mas ela não me impede. Apenas sua mão segura meu braço e sei que poderia facilmente sair do meu aperto. Ela está confiando, mesmo com medo. Seu corpo já me mostra o limite e sei que está pronta pra explodir. - Goza! Amo a forma como seu corpo me obedece e me inunda com seu prazer. Meus dedos sentem a pressão de sua ejaculação e saio de dentro do seu sexo. Seu corpo perde as forças em meio a intensidade do orgasmo e solto seu pescoço, abraçando seu corpo para mantê-la firme. Seus tremores fazem minha pele desejar dar mais prazer, mas não aqui. Quero algo diferente, que lhe deixe marcada antes do fim do golpe. Desligo a ducha e a pego no colo. - Vamos pro quarto! - Estamos molhados! Vamos molhar tudo. - Você já vai molhar tudo mesmo, gozando gostoso assim mais algumas vezes. Seus braços estão em meu pescoço e sei que me observa em cada detalhe. Não faça isso Vivian! Não me olhe como se estivesse me memorizando, para nunca mais me ver. - Vamos fazer algo novo. - Algo novo? - Sim... Deito seu corpo na cama, me posiciono entre suas pernas e suas mãos seguram meu rosto com carinho. - Vamos fazer amor, bem lentamente! Entro lentamente em seu sexo e meu m****o sente seus apertos. Conforme me afundo dentro dela, me deito sobre seu corpo. Ficamos nos olhando, como se fosse o momento certo para revelar a merda toda que existe entre nós. Afasto o desejo de contar quem sou e começo a me mover. Nossos gemidos se misturam, nossos corpos se completam e meu desespero por ela só aumenta. Acelero as investidas e seu corpo se contorce embaixo do meu de prazer. Vivian fecha os olhos e sua expressão muda, parecendo torturada por alguma coisa. Minha esperança é que essa tortura seja sobre seus sentimentos por mim. Talvez se eu beija-la, seus sentimentos parem de ser visto como, mas sim uma razão para ela não desistir de mim, de me querer ao seu lado depois de tudo isso. Seus olhos se abrem no momento em que minha boca procura a dela. Meus lábios moldam os de Vivian e a vontade de beija-la finalmente me consome. Quando minha língua pede passagem, sua cabeça se vira e sua boca está em meu ombro. Ela fugiu do meu beijo! Vivian não aceita os sentimentos que sente por mim ou eles realmente não existem. Acelero meus movimentos, buscando acabar com isso. Se ela não quer amor, então que seja uma f**a. Me ergo e apoio as mãos na cama, metendo em um ritmo tão feroz, que meu orgasmo logo explode. - Vivian! Meu orgasmo me tira todas as forças e desabo sobre seu corpo. - Você tem me usado muito nesses dias e não durmo direito desde que entrou na minha vida. Me desculpo pelo egoísmo no sexo. Mas a verdade é que estou decepcionado com sua rejeição ao meu beijo. Sorrio sem muito humor e me deito entre seus s***s. - Achei que te daria uma noite intensa de amor, mas parece que estou velho e cansado demais pra isso. Acho que preciso recuar e começar a pensar em rumos diferentes para nós dois nesse golpe. - Estou te cansando muito? Você não deveria perder nunca o fôlego, já que é um segurança treinado e capacitado para fortes atividades e combate. - Não fui treinado pra você. E de fato não fui. Olho pra ela que parece tão radiante. Não fui treinado para testar golpistas, fazer pressão psicológica. Sou como ela e minhas torturas devem ser usadas contra quem merece. - Você seria uma batalha final para um soldado. Deito novamente nela e recebo um carinho. - Você imaginou sua vida de outra forma? Quero entender o porque dessa pergunta. - Alguma vez desejou fazer, não fazer, viajar, sei lá. - Se eu pudesse escolher, largaria tudo para rodar o mundo viajando. Respondo uma verdade sobre mim. Uma vantagem de ser golpista e não ter lugar fixo e percorrer o mundo. - Para onde iria? - Começaria na Tailândia. É um país que ainda não fui. - Sério? - Sim! Levaria você comigo na viagem. Seriamos dois loucos transando loucamente pelo mundo. Seria interessante ter Vivian nua comigo em uma ilha na Tailândia. Algo para se sonhar e não realizar. - Vamos fazer um acordo? Ergo a cabeça imaginando que tipo de acordo poderia ter comigo. - Daqui há dois meses estaremos na Tailândia. - Estaremos? - Sim! Daremos um jeito e vamos pra lá. - Certo! Me deito de novo em seu peito, tendo mais um fio de esperança de que possa existir o nós depois de tudo isso. ********************* " Banks segura Vivian com força contra seu corpo e ela está tão ferida. - Seu trabalho era me proteger e não deixar essa v***a me roubar. Grita comigo e estou desesperado, vendo a arma na cabeça da mulher que amo. - Solta a Vivian! Peço e ele ri da minha cara. - Se apaixonou pela golpista, seu i****a? - Banks, abaixe a arma. Ela já está ferida gravemente. - Ela tem que morrer por ter tentando me roubar. Essa v***a merece a morte! Meu dinheiro...tentou roubar o meu dinheiro! Destrava a arma e meu coração aperta no peito. - Se você feri-la mais... A raiva me consome mais e mais. - Eu te mato... Minha mão está perto da minha arma no bolso. - Juro que mato! - Então pode começar a me matar. Seu olhar é sombrio e posso sentir o ódio que sente por ela. Vivian tenta abrir os olhos para me ver, mas não consegue. - Fábio... Geme meu nome e começa a chorar, em meio aos gemidos de dor. Parece que ela levou uma surra violenta. - Vai ficar tudo bem! Tento acalma-la. - Isso vai acabar e vamos ficar bem! Eu prometo! Banks segura Vivian pelos cabelos e mira a arma para atirar. - Adeus, vagabunda! - Não!" Me sento na cama completamente suado, apavorado e procurando por Vivian. Ainda estamos no barco. Na verdade eu estou no quarto e ela sumiu. Saio da cama e mexo nas suas coisas. Os remédios estão aqui, mas a arma não. Será que ela foi atrás do Banks e me deixou? Corro pra fora do quarto e corro, mas antes de sair para fora da cabine, vejo Vivian enrolada em uma coberta, olhando a lua. Tento acalmar meu corpo e minha respiração. Foi só um sonho, um maldito sonho! Mas me serve de alerta. Não posso deixa-la sozinha com o Banks. Respiro fundo e vou até ela. - Está tudo bem? Abraço seu corpo e me sinto em paz tendo-a aqui segura. Sinto seu cheiro e beijo seu pescoço. - Sim! Tento afastar a visão que tive dela toda machucada. - Me deixou sozinho! - Vim ver a lua! - Me trocou pela lua. Chupo a pele sensível do seu pescoço e me pergunto onde ela teria guardado a arma. - Ainda tem fôlego pra mim? - Sim... Respondo e vou para frente dela. Sei que não está embaixo da coberta e imagino que não colocaria essa arma em um lugar visível. Se Vivian imaginou possíveis formas de uma luta ou uma tentativa de morte, a arma ficaria próxima da água, onde seria mais fácil finalizar e executar alguém. - Vem nadar comigo! Peço indo para a frente do barco. Meus olhos verificam se a arma está presa em alguma borda. - Não! Uma boa f**a na água aliviaria a merda do sonho que eu tive. Também seria uma ótima chance de procurar essa arma, que com toda a certeza está em alguma borda daqui. Tento seduzi-la com um sorriso safado e me viro, pulando na água completamente nu. Volto para a superfície e percebo que a iluminação está péssima. A luz fica melhor perto da escada. - A água está morna. Vem! - Não! Te disse que não entro pra nadar em lugares que não sinto o chão. - Estará segura em meus braços. Está imaginando suas chances em uma luta comigo na água. Se aceitar vir, minha teoria de que a arma está por aqui se confirma. - Vem, Vivian! Vem fazer amor comigo no mar. - Eu te falei que tenho medo. Se não sinto o chão, não entro no mar. - Recuperei minhas energias nesse cochilo, então pensei em fazer amor sem parar até irmos embora. - Você vai morrer na subida, fodedor! - Vem! Vamos começar no mar. - Não vou ficar ai com você. Não tem nem luz suficiente pra ficar de olho em mim. Nado até a escada, para tentar convencê-la. Se aproxima rápido demais, parecendo com medo de que eu veja algo. - Desce a escada e trepamos aqui. Assim pode se segurar nela quando gozar gostoso. Olha pra mim e depois para a escada. A arma está por aqui. - Te prendo na escada com meu corpo, me enfio entre suas pernas e estará bem segura. Agora vem e senta no meu p*u que já está pronto pra você. Quando solta a coberta para vir, minha mão já encontrou a arma na borda da escada, presa com alguma coisa. Meu celular começa a tocar e ela recua. - Seu celular! - Deixa tocar! Não estou com paciência para o Banks. - Pode ser importante. - Vem! Digo firme pra ela vir logo. Realmente preciso de uma f**a pra esquecer aquele maldito sonho. - Não! Pode ser Aurora ou Jorge pedindo ajuda. Isso é verdade! Até mesmo Alberto pode me ligar a essa hora. - Merda de c*****o de paz que eu nunca tenho. Nem uma trepada pra aliviar eu consigo em paz. Resmungo baixo pra ela não ouvir. Subo a escada, deixando a arma no lugar. Saio dela e vou até o celular, sem me importar com a água que escorre do meu corpo. - Pronto! - Banks vai viajar! É o Cleber e quase não presto atenção nele, porque tem alguém encarando minha ereção como se fosse um doce saboroso. - Como assim o Banks vai viajar? - Vai fazer uma viagem surpresa com a Soraia. A infeliz o convenceu depois de transarem com uma amiga dela. - Que p***a é essa de viagem surpresa com o c*****o da amante dele? Essa louca vai fazer alguma coisa nessa viagem pra avançar no golpe dela. Sabe que o Banks está de olho em Vivian e que pode chuta-la por causa disso a qualquer momento. - Quando ele quer ir? - Amanhã! - Amanhã? Ele quer f***r meus dois dias de folga? - Leve a sua mulher! - Não vou levar a minha mulher comigo nessa viagem! Não depois da merda do sonho! - Ele pediu para levar a Vivian para fazer companhia a Soraia. - Que se f**a que ele pediu! Não vou levar a minha mulher pra esse filho da p**a ficar olhando. Ele que se contente com aquela... Os olhos arregalados de Vivian me fazem parar de falar. - Siga o protocolo de viagem, estarei de volta amanhã de tarde. Só viajaremos no fim do dia. E se o Banks surtar, diga que vá sozinho, pronto pra ser morto com um primeiro tiro no peito. Desligo e jogo o celular sobre a mesa. - p***a! Foderam nossos dias aqui! - Calma! Sussurra e vem até mim. - Quantos dias vão ficar fora? - Quinze! Digo e pelo seu olhar, isso também atrapalha os planos dela. - Não quero ficar longe quinze dias. Nos abraçamos e beijo sua cabeça, eu realmente não quero ficar longe. Me tornei dependente de seu corpo, do seu cheiro. Sei que para ela esses quinze dias atrapalham seu golpe e sei também que sua mente está buscando caminhos para finalizar imediatamente o golpe, pois ela só precisa da digital do Banks. A partir de agora é ficar atento, porque vai usar os remédios e a arma.
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