Pré-visualização gratuita - O Apanhador de Cuecas - parte 1
- Alguém viu minha cueca?
Alguns dos caras mais próximos olharam pra mim e negaram com a cabeça, o resto do time zoava e brincava sem me notar.
Bati com força na porta de metal do meu armário pra chamar atenção. Hoje eu não estava pra brincadeiras.
- Alguém viu minha cueca? - perguntei mais alto.
- Vi não Kleber - O Joca respondeu.
- Também não - responderam o Alan e mais um punhado de gente. Alguns deram um risinho discreto.
- De novo Kleber? - perguntou o Lalá, nosso capitão, se aproximando.
- É, p***a, de novo! - respondi irritado.
Fechei com violência meu armário. Até o Claudinho, que não largava do celular depois da partida, olhou pra mim surpreso.
- c*****o! Já é a segunda vez que minha cueca some esse mês!
- Tem alguém aqui que gosta do seu cheiro, Klebão...- brincou o Túlio, arrancando gargalhada do time.
Eu estava puto de verdade. A gente tinha feito uma partida de merda essa noite e eu havia tomado dois gols. E agora eu ia ter que ir pra casa usando jeans sem cueca. Certas brincadeiras não tinha graça nenhuma.
Lalá deve ter percebido minha raiva por que pediu que o povo se calasse.
- Galera, é sério isso. Esconder roupa dos companheiros não é legal. Quem foi que pegou a cueca do Kleber?
O Laércio, vulgo Lalá, era bonzinho mas metia medo e respeito na rapaziada. Era um p**a de um n***o de quase 2 metros de altura e tunado na musculação. Além de ser um ótimo lateral esquerda.
Ele encarou o pessoal e pôs as mãos na cintura esperando uma resposta. A cena seria engraçada se fosse com outra pessoa, já que ele estava pelado, só com as meias compridas do uniforme. Seu corpo brilhava de suor, parecia que tinha passado óleo. A pele n***a fica muito bonita molhada.
Todos mantinham os olhos acima da cintura de Lalá. O cara tinha uma rola enorme, mas a gente não manjava ela né? No vestiário tem tipo umas regras secretas e, talvez, a mais importante era: Não manjar a rola do parceiro.
Escondido a gente pode até manjar, dá uma comparada com a sua e tal... Mas na frente dos caras é só olho da cintura pra cima.
- Onde ela tava? - me perguntou Lalá, visto que ninguém se manifestou.
- Aqui. - apontei pro meu armário - tinha pendurado ela na maçaneta e fui pra ducha, quando voltei ela tinha sumido.
- Pô Kleber, não reparei nela não. - Alan tinha tomado a ducha junto comigo, a gente entrou e saiu junto conversando. - Mas cê lembra que uns dias atrás, acho que na quinta passada, a minha cueca também sumiu?
Concordei com a cabeça recordando. Lembro que o Alan ficou quase 20 minutos procurando ela no vestiário todo e não encontrou.
- p***a!- exclamou o Lalá inconformado - então teve mais caso assim?
O Claudinho levantou a mão tímido.
- Aqui não é colégio Claudinho, pode falar.- brincou Túlio.
Ele olhou meio sem graça pra gente.
- Então rapaziada, eu não ia falar nada, mas segunda agora minha cueca também sumiu. Quando eu voltei da ducha eu não encontrei ela em nenhum lugar - ele coçou a cabeça - Fiquei meio puto mas fiquei na minha. Cês não imaginam como minha namorada ficou uma fera de eu chegar em casa sem cueca.
A galera assobiou meio na zuera e alguns bateram na cabeça dele brincando. Ele, o Lalá e o Lopes eram os únicos do time com namorada. E o Claudinho em questão era louco por ela, toda frase dele tinha ao menos uma menção sobre ela.
Lalá olhava pra gente meio preocupado.
- Mais alguém?- perguntou ele incerto.
Mais uns 6 caras se manifestaram.
- p***a! - exclamei surpreso e irritado enquanto me trocava rápido - Quem é esse filho da p**a?
O Lalá balançou a cabeça exasperado e foi pro banco apanhar sua roupa. Fiquei um pouco mais a vontade pra me trocar.
O Lalá era grande em todos os sentidos possíveis. Se trocar ao lado dele diminuía um pouco nossa auto estima. E olha que eu sou gostosinho.
- Galera... Esse negócio é sério! - Nosso capitão parecia realmente aborrecido agora - Não vou revistar as mochilas e armários agora por que metade do time já vazou, mas se quem tá roubando cueca estiver aqui já tô avisando pra parar entendeu?
Concordamos com a cabeça e respondemos um cadenciado: "sim capitão!"
- E se eu descobrir quem foi o moleque tá perdido! - Rosnei.
***
- c*****o! - assobiou o Alan no caminho de volta pra casa - Metade do time teve as cuecas roubadas!
- Seria cômico se não fosse trágico - resmunguei. O jeans em contato com a pele é grosso e desconfortável e fui o caminho todo pra casa tendo que tirar ele da b***a.
Sorte que eu morava perto.
- Você andando parece que tá assado. - comentou Alan rindo.
Dei um soco no seu braço mas eu ri um pouco também. O Alan era truta, meu melhor amigo desde o primeiro período da faculdade.
E ele era o único que eu tinha certeza que não havia me sacaneado, já que tínhamos ido pra ducha e voltado juntos.
- Se eu descobrir quem foi o desgramado que me roubou eu acabo com ele.
- Relaxa Loirão - eu não chegava a ser loiro, mas o Alan sempre me chamou assim. - Depois da bronca do Lalá duvido que alguém vai tentar a sorte de novo.
Três dias depois a cueca do Lopes sumiu.
***
A situação foi a mesma, o Lopes foi tomar uma ducha depois do treino e quando voltou a cueca tinha sumido.
- Que merda! - Ouvi ele gritar quando sai da ducha.
Fui pros bancos e vi ele correndo pra lá e pra cá de toalha na cintura. Olhava debaixo do banco, em cima dos armários...
- Ih - sussurrou o Alan perto de mim. - mexeram com o Reizinho...
Rafael Lopes, nosso artilheiro. O cara mandava muito bem no fute, mas o que ele tinha de habilidoso ele tinha de arrogante.
Por isso o apelido secreto de Reizinho.
Ele notou que eu o encarava e já mandou um: "tá olhando o que?" Enquanto procurava a cueca.
Se eu fosse a água ele era o óleo. Eu goleiro, ele artilheiro. Eu pobre bolsista, ele rico mimado.
A gente nunca se deu bem.
Só tínhamos duas coisas em comum: éramos ambos esquentados e ambos boa pinta.
A rivalidade era tanta que sem querer a gente acabava competindo por tudo.
(Ele tinha a vantagem de namorar uma gostosa do turismo...Mas meu p*u era maior que o dele...)
O Lalá entrou no vestiário (ele sempre era o último a entrar. Quando terminava os treinos ele repassava os lances com o treinador) e o Lopes já foi pra cima dele cheio de pompa.
- Lalá, bota ordem aqui meu! Sumiram com a minha cueca!
- Mas não é possível!!- gritou nosso capitão. Todos pararam de se trocar. Ele causava esse medo quando queria.
Ele olhou em volta e deve ter percebido que quase o time todo ainda tava no vestiário.
- Muito bem. - decidiu ele indo pro próprio armário e o abrindo. Depois ele foi até sua mochila e derrubou o conteúdo no chão. - Quero ver todos os armários e mochilas.
Ninguém se moveu.
- AGORA!!
O pessoal mais do que rápido começou a obedecer. Eu também, meio a contragosto. Era uma atitude meio invasiva, né?
- Agora a gente descobre quem é o viadinho cheira-rola. - Túlio não perdia uma.
O Claudinho ainda não tinha se mexido. Ele tava só com uma samba canção azul qridícula. Ele era baixo e tinha um corpo bem magro e branco, mas definido pelo fute.
Ele continuava no celular.
- Claudio - Lalá chamou - você também.
Cláudinho engoliu em seco mas não se mexeu.
- Eu acho errado isso. - ele falou hesitante. - Isso não é invasão de privacidade?
- Eu também acho. - pra minha surpresa o Alan disse.
- Vocês que sabem. Mas a galera pode pensar que foi um dos dois que roubaram as cuecas.
- E então - perguntou o Lopes com raiva olhando pros dois. - Foi um de vocês?
O Alan bufou e revirou os olhos pra mim. Foi até seu armário e o abriu. Nada.
O Claudinho vendo que era o único que não havia agido, levantou e abriu seu armário resmungando:
- Ainda não acho certo isso.
Nada.
Nem no armário nem na mochila dos dois.
Nem nas do resto do time.
Lalá olhou pro Lopes como quem pede desculpas.
- Vão tudo se f***r!- esbravejou o artilheiro. Ele jogou a toalha num canto e vestiu a bermuda jeans. Saiu pisando fundo.
O Lalá deu um sermão pesado pra turma e ameaçou até chamar o técnico na próxima vez que acontecesse outro roubo.
Mas minha cabeça estava longe...
Eu tinha bolado um plano.
***
- Você é brilhante meu! - Alan se entusiasmou quando contei meu plano pra ele na volta de casa.
- Só que a gente precisa de mais um nessa. O vestiário é muito grande.
- E você pensou em quem?
Apontei pra frente e sorri sem humor.
- Nele.
O Lopes me esperava encostado em seu sedã em frente de casa. Eu havia mandado um whats chamando ele.
Toda felicidade do Alan evaporou como mágica.
- Mas por que ele?
- Ele foi a vítima mais recente. Deve tá mais puto que nós dois juntos.
Nos aproximamos do Reizinho.
- Me chamou por que? - ele já foi soltando farpas.
- Eu tenho um plano pra gente achar o Apanhador de Cuecas.
- A bichinha, você quer dizer.- comentou ele sarcástico mas percebi que estava atento.
- Apanhador de Cuecas é mais poético - Alan me defendeu.
Contei meu plano e seu sorriso denunciou que ele havia gostado. Ele aceitou na hora. No dia seguinte o plano já estava em prática.
***
Na verdade o plano era bem simples. Antes do treino acabar um de nós três iriamos no vestiário e posicionaríamos nossos celulares em lugares estratégicos e discretos. De modo que as câmera englobassem todo o local.
A gente ia gravar o pós-treino continuamente até acharmos o ladrãozinho.
Chegamos cedo no treino seguinte e fizemos alguns testes de posição. Quando ficamos satisfeitos colocamos o plano em prática.
Demorou quase uma semana mas pegamos o safado.
***
- Graças a Deus! - exclamou o Alan - Eu já tava cansado de ver p**a e b***a de macho.
Sentamos no banco do vestiário. Cada um segurando o respectivo celular.
E colocamos pra rodar.
Nos primeiros dias a gente se escondia no vestiário feminino e esperava o último do time sair. Normalmente o Túlio ou o Joca.
( Os dois moravam no alojamento da faculdade e não tinham pressa nenhuma de ir embora. )
Depois a gente apanhava os celulares e olhava lá mesmo se havia algo relevante. Com o passar dos dias acabamos desanimando. Então a gente passou a pegar os celulares e conferir em casa.
Até hoje.
Quando voltei da ducha percebi que minha cueca tinha desaparecido.
Fiquei eufórico. A gente tava deixando nossas cuecas bem amostras em lugares estratégicos. Meu celular escondido pegava exatamente a área da minha cueca!
Cochichei o acontecido pro Alan e ele arregalou os olhos, ficando na ponta dos pés pra ver se o celular estava no lugar que deveria estar.
- Para de dar bandeira!!- Sussurrei pra ele e lhe dei um tapa na testa. Em voz alta reclamei: - Pessoal, desisto de vocês. Acabaram de sumir com a minha cueca...De novo!
- Não acredito! - o Lopes levantei do banco de um pulo e veio com os olhos arregalados até a gente. Esses caras não sabiam ser discretos. - tem certeza?
Confirmei com a cabeça e fingi uma cara de bravo.
- Pô rapaziada, terceira vez já! - reclamei alto pra galera que se trocava.
Fingi que procurava ela pelo vestiário e alguns camaradas até me ajudaram, mas óbvio que nada foi encontrado.
- Eu vou começar a vir sem cueca - comentou o Claudinho sem tirar os olhos do celular.
- Eu também. - resmungou o Joca.
- Pode pedir música já Klebão.- brincou o Túlio deitado num dos bancos.
Ele riu da própria piada mas logo se calou quando o Lalá entrou:
- Que silêncio é esse time? p**a treino bom que tivemos hoje!
- Pegaram a cueca do Kleber de novo.- anunciou o Lopes com uma raiva digna de Óscar.
Lalá fechou a cara na hora.
- Ah não! Tô de saco cheio dessa história! Amanhã mesmo eu vou trazer o técnico e o treinador no treino da noite e a gente vai ter uma reunião.
Ele tirou a roupa bravo e foi pro corredor das duchas.
Eu, Alan e Lopes trocamos um olhar de cumplicidade...
Se tudo corresse como esperado não ia ser necessária essa tal reunião.
***
Nos escondemos no vestiário feminino novamente e ficamos na espera.
Uma eternidade depois, o último do time saiu. ( Dessa vez foi o Túlio.
Entramos correndo no vestiário e apanhamos nossos celulares.
- Cara, tô até nervoso de curiosidade.- Alan comentou meio rindo e meio sério.
- E eu tô doido pra pegar esse viadinho...- Lopes grunhiu.
- Graças a Deus. Não aguentava mais ver p**a e b***a de marmanjo.
Sentamos no banco e sincronizamos o tempo das 3 filmagens.
E colocamos pra rodar.
No começo só havia o vestiário vazio e escuro, corremos um pouco o vídeo até a hora que entramos. Foi um festival de bundas peludas, zuera e farra. Me ver na câmera me deixava um pouco sem graça. Meu celular era o que focava no meu armário.
- É agora. - Sussurrou o Lopes ao ver que eu enganchava a cueca na porta do meu armário e ia pras duchas.
Seguramos a respiração.
Assim que eu ia em direção das ducha, Túlio saía dela. Ele passa por mim e, um segundo após, minha cueca desapareceu em suas mãos.
- p***a!! - gritei.
- c*****o, é o Túlio!! -. O Lopes até se levantou.
- O que?- Alan nos olhava sem entender.- não consegui ver nada.
- Foi muito rápido, Alan- expliquei voltando a encarar meu celular. Túlio havia ficado fora dos limites da filmagem. - Ele saiu de foco aqui, olha aí no celular de vocês!
Os dois encararam os próprios aparelho e o Alan chamou.
- Aqui!
Vimos ele ir até o seu armário, pegar sua roupa e ir pro banco. Com a maior naturalidade ele vestiu minha cueca e a roupa.
- Filho da p**a! - gritei com raiva.
- Por isso que ninguém achou a cueca da outra vez. - Alan notou - Ele tinha vestido ela!
Lopes encarava o nada pensativo.
- Caralho... Eu pensava que seria o Claudinho ou o Tom, não o Túlio...
Concordei com a cabeça. O Tom e o Claudinho levavam jeito pra cortar do outro lado, eram pouco mais tímidos e tal... O Túlio não. O cara era machão! Cheio de tatuagens nos braços, zuador e pegador.
- Mas a gente não sabe o que ele faz com as cuecas...- tentei defende lo - As vezes é só zuera dele.
- Pode ser...- comentou o Lopes ainda meio aéreo.
Ficamos um tempo parado, Alan ainda vendo seu vídeo, nós dois perdidos em pensamento.
- De qualquer forma a gente tem que mostrar esse vídeo pro Lalá. - comentou o Lopes.
- Aham. - Eu não queria nem imaginar o que o Lalá ia fazer. O Túlio e o Lalá eram parceirassos. E eles eram "sênior", cursavam o último período de educação física.
- c*****o. - o Alan murmurou com os olhos fixos no celular. Ele começou a falar cada vez mais alto. - caralho... c*****o! c*****o!!
Eu e o Lopes, sem entender nos aproximamos dele e gritamos ao olhar pro seu celular.
-p***a!!!
A imagem mostrava o Túlio sentado em um dos bancos com a minha cueca na cara. Sim, cheirando minha cueca! E se masturbando enquanto isso!
O Alan meio que jogou o celular pra gente, vermelho e apavorado.
- Nossa senhora, Cristo rei...- ele murmurava entre risinhos de choque.
- Volta isso aí! Pediu o Lopes quase gritando.
Eu havia ficado sem reação. Um parceiro, macho e zuera daquele tocando uma e cheirando minha cueca suada?
É estranho dizer isso mas me arrepiei inteiro.
Voltei ao ponto do vídeo em que o Joca saía do vestiário e o Túlio ficava sozinho. O celular do Alan filmava o canto em que ele estava. Ele ficou mais um tempo deitado e depois se levantou. Deu uma andada pelo vestiário e foi em direção a porta, sumindo da tela.
Eu pausei enquanto o Lopes procurava no seu pro próprio celular onde ele tinha se metido.
- Aqui! - ele apontou na sua tela.
O celular dele era de última geração, era possível ver com detalhes o Túlio indo até a entrada do vestiário e trancando a porta por dentro. Ao se virar era perceptível sua ereção.
- p***a! - Lopes estava se divertindo.
Voltamos ao celular do Alan. Túlio tirou toda a roupa, ficando apenas com a minha cueca. Ele deitou no banco e começou a passar a mão na rola por cima da cueca. Ele gemeu alto e, no silêncio do vestiário ouvimos:
- Ahhhh Klebão...
Fiquei vermelho e e******o. O Lopes começou a gargalhar e o Alan fez cara de nojo.
- "Ahh Klebão" - imitou o Lopes se mijando de rir.
- Tá, já chega. - eu estava, no mínimo, constrangido.
Ameacei devolver o celular pro Alan mas o Lopes não deixou.
- Para com graça que eu quero ver até onde vai o boiola.
Depois dele se tocar em cima da cueca, ele ficou peladão e começou a cheirar minha cueca com com vontade e a b*******a punheta rápida.
Meu p*u tava crescendo vendo aquilo. Era estranho, marmanjo não me atraía. Olhando bem o Túlio conseguia notar que o cara tinha um corpo bombado e era boa pinta. Mas ele em si não me atraía.
Era o fato de eu saber que ele estava cheirando minha cueca, se tocando e gemendo meu nome, que estava me dando t***o.
E eu não parecia o único, discretamente eu via o Lopes dando umas apalpada suspeitas no próprio p*u.
O Túlio colocou metade da minha cueca na boca e pareceu que estava sugando ela enquanto se punhetava.
- Parece que a bicha tá no cio!- o Lopes assobiou.
Aquilo era demais, nojo se misturou com t***o e eu desliguei o celular do Alan.
- p***a Kleber!
- A gente já viu o que tinha que ver Lopes. - resmunguei irritado, olhei pro Alan. - Cara, manda essa filmagem pra gente?
O Alan só confirmou com a cabeça, sério.
Ficamos em silêncio. A adrenalina corria em mim.
- p***a, p***a, porra... - O Lopes limpou o suor do rosto. Percebi que eu também tinha suado. - Quem ia imaginar... Tulião é uma v***a!
Eu me levantei. Já estava farto.
- Beleza... Descobrimos o culpado. Amanhã a gente acha o Lalá e...
- Que Lalá o que! - interrompeu o Lopes se levantando também. Ele sorria meio sádico. - Kleber. A gente tá com a faca e o queijo na mão!
- Como assim?
- Esse vídeo é uma arma! Com esse vídeo em mãos o Túlio vai fazer o que a gente quiser!
- Você tá falando em chantagear ele?- perguntou o Alan fazendo uma careta. - Eu não gosto disso.
- Não to falando em chantagem Virjão - ele adotou uma postura mais política. - Mas com esse vídeo podemos pedir o que quisermos pra ele. Vocês sabem que ele tem umas amigas gostosas pra c*****o.
- Isso é - concordei.
- E ele pode nos proteger se alguém tretar com a gente. O cara pode ser uma biba mas é enorme. - Ele se virou pra mim. - Tu não tem uma treta com uns mano lá da engenharia?
Era verdade.
- Mas isso é chantagem! - Alan teimou.
- Cara, a gente tá fazendo um favor pra ele.- continuava Lopes,cada vez mais político. - Se a gente mostrar isso pro Lalá, ele vai ser expulsão do time na certa.
Esse argumento final me convenceu. E pareceu convencer o Alan também.
- Ok...- respondemos juntos.
- Beleza!! Amanhã eu chamo ele pra cá depois das aulas e a gente fala com ele. A gente só vai ter treino a noite, então nesse horário vai tá vazio aqui.
Saímos de lá empolgados e pensativos. Eu particularmente estava um pouco nervoso e irritado. Meu brother tocou bronha pensando em mim pelo menos nas 3 vezes que tinha me roubado.
- Vou mandar ele devolver minhas cuecas lavadas e passadas. - comentei antes de nos despedirmos.
Alan riu:
E eu vou mandar ele lavar minhas cuecas por um mês.
***
Antes de dormir fui conferir se o Alan tinha me mandado o vídeo.
Tinha.
Comecei a assistir e fiquei e******o igual da outra vez. Meio assustado desliguei o celular e não me permiti tocar uma.
Dormi de p*u duro.