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Quando o Gelo Derrete

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Sinopse

Um romance onde o poder derrete, mas o amor congela.

Ela é Helena Duarte. CEO poderosa, fria, arrogante — uma mulher acostumada a dominar tudo e todos. Herdou o império do pai e acredita que sentimentos são fraquezas. Usa homens como peças descartáveis em seu jogo de poder. Ninguém ousa desafiá-la… até ele aparecer.

Estevão é o oposto de tudo o que Helena valoriza: simples, íntegro e leal. Amigo de longa data do falecido pai dela, recebe de surpresa uma cláusula esquecida no testamento — uma promessa não cumprida que entrega a ele o comando da empresa. E com ela, o caos.

Humilhada, destituída e com o orgulho em frangalhos, Helena inicia uma guerra pessoal contra o homem que ousou tirá-la do trono. Mas Estevão não se dobra. Frio, imune às chantagens, e — pior — indiferente ao seu charme, ele passa a tratá-la como ela sempre tratou os outros: com desprezo.

No campo de batalha entre o orgulho e a paixão, algo começa a derreter dentro dela. O que era ódio vira desejo. O que era controle vira confusão. E o que parecia impossível… acontece.

Mas Estevão não acredita em suas lágrimas. Para ele, tudo não passa de mais uma jogada para recuperar o poder. Um contrato de casamento é proposto. Se ela for capaz de fazê-lo ceder, a empresa será dela de novo.

Helena aceita. Mas o jogo que ela criou pode acabar com seu próprio coração.

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A Rainha do Gelo
“Pessoas fracas se comovem. Eu, não.” – Helena Duarte. O salto alto ecoava pelo mármore branco como um relógio implacável. Cada passo de Helena Duarte era uma sentença silenciosa, um aviso de que ela estava chegando. Os funcionários desviavam o olhar. Os mais novos congelavam nas cadeiras, enquanto os mais antigos já sabiam: quanto mais invisível você fosse, mais chances de sobreviver ao dia. Ela atravessou a recepção como uma tempestade fria. Os óculos escuros cobriam os olhos de gelo, o blazer preto bem ajustado moldava sua silhueta com perfeição cirúrgica. Nada em Helena era acidental. Cada detalhe — da maquiagem neutra à ausência de sorriso — gritava uma única coisa: poder. — Bom dia, doutora Helena — arriscou Clara, estagiária do RH, com a voz trêmula. Helena parou. Olhou devagar, como quem se dá ao luxo de considerar se algo vale seu tempo. — Desde quando eu sou médica? — D-desculpa… foi força do hábito… — A menina abaixou os olhos, envergonhada. — Então quebre o hábito. E da próxima vez, fale apenas “senhora Duarte”. Isso se quiser continuar por aqui. — Ela virou-se, sem esperar resposta. No elevador panorâmico, sozinha, retirou os óculos e encarou seu próprio reflexo. Sem rugas, sem falhas, sem doçura. A perfeição cobrava caro, mas ela estava disposta a pagar. O espelho devolvia a imagem da mulher que ela construiu para sobreviver: uma fortaleza. Impenetrável. Invencível. O andar da presidência se abriu como um palco para sua entrada. Os diretores a aguardavam na sala de reuniões. Ela passou por eles sem cumprimentos, sentou-se à cabeceira da mesa de vidro e cruzou as pernas. — Vamos começar. A reunião durou quarenta e dois minutos. Nesse tempo, Helena cortou dois projetos, demitiu um executivo que gaguejou ao responder sua pergunta, e aumentou as metas de venda em 20%, sem permitir objeções. — Estamos acomodados. E empresa acomodada apodrece. Se quiserem manter suas poltronas de couro, façam por merecer. Fechou o notebook e se levantou. O silêncio era denso. Ela estava acostumada. O medo era mais eficaz que a admiração. Ao sair da sala, foi recebida por Heloísa, sua assistente pessoal, segurando uma pasta bege e com os olhos inquietos. — Senhora Duarte, chegou um documento do cartório… é sobre o testamento do seu pai. Helena parou de andar. — Já assinei tudo há mais de um ano. Ele morreu, a empresa é minha. Que mais querem? — Sim, senhora… mas parece que… tem uma cláusula que só foi liberada agora. Condicional. De última vontade. Helena pegou a pasta com irritação. — Isso é palhaçada jurídica. Meu pai morreu me deixando esse império — e olhou em volta como se a empresa fosse seu reino particular —. Não há mais nada a discutir. — Mas, senhora… esse documento… é diferente. Parece que… envolve outra pessoa. Um homem chamado Estevão Alencar. Helena engasgou com o nome, mas disfarçou rápido. — Estevão? — repetiu com desdém. — O operário de estimação do meu pai? O faz-tudo que ele tratava como gente? — Sim… ele mesmo. — Manda entrar. — Ele já está esperando na antessala. — Ótimo. Vamos acabar com isso. A porta se abriu. E ali estava ele. Estevão. Jeans simples, camisa de botão azul clara e um olhar calmo, mas firme. Nada na aparência dele combinava com aquele prédio envidraçado, com os quadros de cifras, os relógios de ouro ou os ternos de grife. Mas ele também não parecia intimidado. — Bom dia, Helena. Ela cruzou os braços. — Aqui é “senhora Duarte”, para você. O que está fazendo aqui? Ele se aproximou da mesa dela sem pressa. Entregou um envelope lacrado. — Seu pai deixou isso comigo. Pediu que fosse entregue hoje, exatamente hoje, um ano após a morte dele. Eu cumpro promessas. Helena abriu o envelope diante dele. Havia um documento com assinatura registrada e selo oficial. Seus olhos começaram a correr pelas linhas com ceticismo. Mas o ceticismo deu lugar ao incômodo. Depois à raiva. Depois à incredulidade. — Isso é piada. — É a última vontade do seu pai. — Ele queria que eu… convivesse com você? Que te desse espaço na empresa? — Não. Ele queria que, caso você não cumprisse as cláusulas de conduta ética e social que ele registrou em documento, a administração passasse para mim. E, pelo visto… você falhou. Helena jogou os papéis sobre a mesa. — Você não entende nada de gestão. De mercado. Você é um… — Homem que seu pai confiava mais do que em você — interrompeu Estevão, sem elevar o tom. — Talvez porque eu nunca tratei pessoas como lixo. Helena avançou até ele, olhos faiscando. — Isso é sobre negócios. Sobre lucro. Não sobre sentimentalismo barato. — Seu pai pensava diferente. — E você está aqui por vingança? Por dinheiro? Estevão deu um passo à frente. Helena não recuou. — Estou aqui porque ele quis assim. E porque você esqueceu que nem todo mundo pode ser comprado ou seduzido, Helena. Eu não sou um dos seus brinquedos. Silêncio. Helena sentiu algo no peito que não sentia há muito tempo. Um incômodo. Uma quebra. Um pequeno estalo no gelo. Mas disfarçou com ironia. — Isso é só um atraso. Eu vou recuperar tudo. Você não vai durar aqui. — Eu não quero durar. Só quero fazer o que ele pediu. E garantir que a empresa que ele construiu com tanto suor não seja destruída por arrogância e vaidade. Ela riu. Frio. — Vai me ensinar a ser gente, é isso? — Eu não sou professor. Mas parece que a vida está tentando te dar uma última chance. — Vai sonhando, Estevão. — Não preciso sonhar, Helena. Diferente de você… eu já acordei faz tempo. Ele se virou e saiu. Sem olhar para trás. Helena permaneceu ali, imóvel, com os olhos fixos na porta fechada. Pela primeira vez em anos, não havia vencido. Pela primeira vez… alguém a olhou como se ela não valesse nada. E talvez, só talvez… isso a tivesse atingido mais do que ela estava disposta a admitir

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