Ela soltou meu rosto devagar, como quem solta um pássaro e sabe que ele volta porque quer, não porque mandaram.
— “Vai viver, Murilo. Mas vive direito agora. Porque agora… cê tem quem te olhe de baixo pra cima.”
Assenti, sem conseguir falar.
Foi nessa que Pulga gritou da sala:
— “Ô, Murilo! A gente vai sequestrar o herdeiro um pouquinho, tá? Prometo devolver com umas três piadas novas e uns palavrão moderado!”
Murilinho apareceu com o boné torto, rindo com os braços abertos.
— “Partiu, bonde!” — ele gritou, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Faísca já jogou ele nas costas tipo mochila de guerra.
— “Sequestrado com sucesso!” — berrou Pulga, abrindo a porta.
— “Vó, se ele voltar falando gíria nova, a culpa não é minha!” — gritou Gargalo por cima do ombro.
— “Bando de desgr
