Pré-visualização gratuita Capítulo 1
A chuva estava forte na cidade, enquanto Aurora caminhava pelas ruas molhadas em busca daquela clínica que havia sido seu último recurso. Sua irmã tinha tentado o seu melhor para engravidar, e junto com seu cunhado que tinha esgotado não só todas as suas economias, mas também as suas esperanças. Aurora, que na noite anterior havia confessado à irmã o que estava prestes a fazer, ainda sentia um nó no estômago.
Você seria capaz de realizar seu plano clandestinamente? Mas não havia opções, ela não podia permitir que sua irmã caísse na depressão e tristeza que os inúmeros tratamentos de fertilidade falharam a levaram. Ela faria, era para sua família, era para o bem-estar de todos até mesmo de sua irmã que tanto amava afinal ela não ia ser mãe e nem cuidar.
Eu estava disposto a ir para ela.
Aurora foi para o lugar sentindo nervosa, sua vida estava prestes a mudar, mas valeria a pena. Entrou na clínica, o local era pequeno, mas agradável, as paredes pintadas de branco eram adornadas com algumas fotos e havia uma recepção com uma secretária que sorriu quando a viu entrar.
Ela respirou um pouco de ar antes de falar.
— Bom dia! — recebido parando em frente ao balcão de vidro.
— Bom dia, como podemos ajudá-la? — perguntou a secretária.
— Eu tenho uma consulta para inseminação. — respondeu Aurora lentamente, tentando controlar os nervos que ela estava sentindo.
— Sente-se por favor, vou avisar quando for a sua vez.
Ela então sentou-se nas cadeiras de metal onde algumas pessoas estavam à espera de serem atendidas e ficou admirada porque não era só sua irmã que desejava ter um filho assim, mas havia muitas mulheres iguais a ela.
Aurora estava nervosa enquanto esperava seu turno na clínica de fertilidade, focada em pensamentos sobre seu tratamento de inseminação. De repente, sua atenção foi desviada para um homem bonito e elegante que entrou na sala de espera, carregando uma prancheta e uma caneta na mão. Ela olhou para ele quando ele se aproximou do balcão mostrando suas credenciais.
— Estou com pressa, isso seria possível por menos de cinco minutos? — perguntado acomodando seu terno preto.
— Vou falar com o médico para que ele possa ser tratado o mais rápido possível, senhor. Você pode esperar um momento sentado ali. — disse a recepcionista indo para o consultório do médico.
Guilherme Moserá sentou-se ao lado de Aurora, que olhou para ele, percebendo que ele estava tenso em seu posto, ele continuou movendo a perna desconfortável enquanto aguardava ansiosamente sua vez na clínica de fertilidade, focado no fato de que ele estava lá para congelar seu esperma.
Ele estava tão nervoso em seus pensamentos que não notou a mulher sentada ao lado dele até que uma enfermeira a chamou e Aurora respondeu imediatamente, chamando a atenção de Guilherme Moserá.
Ela parecia uma mulher saudável para estar lá, em uma clínica. Ela vai ficar doente? Ele se perguntou sem saber por que estava curioso sobre aquela jovem.
No entanto, o secretário interrompeu Guilherme que estava a olhar para Aurora.
— Dr. Jonas está esperando por voce. — ele anunciou apontando para o corredor onde o homem de jaleco branco estava.
Guilherme sentou-se da cadeira e deu uma última olhada em Aurora antes de descer ao corredor.
— Está pronto? — o médico perguntou e ele acabou de concordar, não muito convencido do que a mãe o tinha forçado ele a fazer.
Por outro lado, a enfermeira deu-lhe um formulário com perguntas e Aurora rapidamente preencheu. Poucos minutos depois, o Dr. Sabrina a levou para uma pequena sala onde ela começou a explicar como seria o procedimento.
— É um procedimento simples .— disse o médico, sorrindo gentilmente.
— Primeiro, nós lhe daremos alguns hormônios para estimular seus ovários. Em seguida, coletaremos os óvulos maduros e os fertilizaremos com esperma de doador em laboratório. Finalmente, vamos implantar um ou dois embriões em seu útero. É um processo rápido e indolor, mas o sucesso é incerto.
Ela olhou para a Doutora.
— Quão incerto? — Aurora perguntou, preocupada.
A médica ajeitou seus óculos que haviam sido abaixados até a ponte do nariz.
— Bem, tudo depende de cada caso em particular. Alguns pacientes engravidam na primeira tentativa, outras podem demorar um pouco mais. Mas considerando que as nossas taxas de sucesso são bastante elevadas, desde que as instruções que lhe daremos sejam cuidadosamente seguidas. — explicou a mulher mais velha.
Aurora, entendendo o que o médico estava dizendo. Foi uma última opção, mas valeu a pena tentar por sua irmã.
— Sheila, procure um dos espermatozoides que estão armazenados no laboratório. — Ele ordenou a nova menina e ela foi em direção ao local.
No entanto, o Dr. Jonas, que estava consultando Guilherme que parou no meio do corredor.
— Preciso que leve esta garrafa para o laboratório, a coloque num local seguro. — Pedindo e a Sheila e ela acenou com a cabeça.
A nova enfermeira estava muito nervosa em seu primeiro dia na clínica. Ela sabia que era importante fazer tudo certo, mas suas mãos tremiam e sua mente estava confusa. Quando o médico lhe pediu para levar a garrafa de esperma de Guilherme para o laboratório, ela pegou a garrafa e correu para fazer o que o médico lhe havia dito.
No entanto, quando ela entrou no laboratório, ela estava com grandes problemas. Todos os frascos que estavam lá eram da mesma cor, então ele não tinha ideia exatamente o que o Dr. Sabrina havia pedido. Sheila começou a tomar um por um verificando um a um, mas de repente um dos frascos caiu no chão derramando seu conteúdo.
— Oh meu deus. — Correu para pegar o desastre causado.
Ela rapidamente limpou o chão e fez questão de jogar o frasco quebrado em um lugar onde ninguém notou. Ela manteve todos os outros em seu lugar, levando o que ele tinha trazido para lá e pertencia a Guilherme, e voltou para o escritório da Dr. Sabrina.