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1297 Palavras

O silêncio que se instalou na enfermaria após a saída abrupta de Vitor parecia quase palpável, como uma névoa densa pairando sobre os móveis gastos e as cortinas puídas pelo tempo. A tensão ainda permanecia no ar, viva e pulsante, mesmo depois que a porta se fechou atrás dele com um estrondo seco. Pedro, que até então mantinha um sorriso desconfortável no rosto, olhou para Ava com um certo desalento, mas logo sua expressão se suavizou. Seus olhos, de um castanho quente, brilharam com uma pontada de ternura ao encarar a jovem que ele vira crescer. “Não se importe com isso”, disse ele, tentando aliviar a tensão que restava. “Ele está nervoso... por ter que entregar o bando para Gael.” Ava assentiu, apertando os dedos ao redor do pano que segurava, usado para limpar a superfície da cômoda

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