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A Rejeitada do Bando

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Sinopse

Ava passou a vida inteira sendo desprezada, carregando o peso da traição de seus pais—ou pelo menos da história que contaram sobre eles. Humilhada, espancada e reduzida a nada mais do que uma sombra na própria matilha, ela acreditava que apenas uma pessoa poderia salvá-la.

Gael.

Seu amigo de infância. Seu protetor. Seu futuro Alfa.

Mas quando Ava mais precisou dele, Gael a rejeitou. Virou as costas e a deixou à mercê daqueles que a odiavam.

Agora, anos depois, ele está de volta.

Ava não sabe se ele veio para se redimir ou para destruir o que restou dela. Só sabe que não é mais a mesma garota indefesa de antes.

Porque, no meio de toda a dor, sua loba despertou.

E aqueles que a fizeram sofrer irão pagar. Com sangue.

Só tem um porém Gael é um deles, entre o laço e a vingança que sentimento vai falar mais alto.

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Prólogo
Ava caiu no chão com um baque seco. A terra fria arrancou o ar dos pulmões. Nem tentou se levantar. Já sabia o que viria. Os segundos de silêncio antes do primeiro golpe eram sempre os piores. O coração martelava no peito, a respiração falhava. O corpo tremia, não de frio — mas de antecipação. Então, a dor veio. O estalo do couro cortando o ar. O ardor rasgando a pele. Ela cerrou os dentes. Prendeu o grito. O corpo arqueou, e lá no fundo… sua loba gemeu. O segundo golpe veio antes da respiração voltar. Depois outro. Outro. O sangue quente escorria pelas costas, tingindo o chão. Os músculos se contraíam sozinhos. Cada nervo em chamas. As lágrimas ameaçavam cair. Ava segurava. Não daria esse prazer a eles. Não sabia mais quantas vezes aquilo já tinha acontecido. Só sabia que sempre era costurada, e quebrada de novo. O mundo girou. Visão turva. Zumbido nos ouvidos. Gosto de ferro na boca. Ia desmaiar. Então Ava fez o que sempre fazia: fechou os olhos. E fugiu para o passado. Onde havia riso. Sol na pele. Folhas farfalhando no alto. Ela era pequena, descalça, com os cabelos vermelhos voando enquanto corria pela floresta. Ao lado, Gael ria com os olhos brilhando de alegria. Anos antes… O bando Estrela da Noite era o segundo mais poderoso do mundo. Seus alfas, João e Luna Clara, eram respeitados, justos e amados. Os betas, Paulo e Sara, eram mais que aliados — eram irmãos de alma. Como se o destino decidisse selar os laços, Luna e Sara engravidaram juntas. E no mesmo dia, os filhos nasceram. Gael chegou primeiro. Cabelos escuros, olhos azuis, aura de força. Ava veio depois. Cabelos vermelhos como brasa. Olhos verdes como floresta. Indomável. Desde o primeiro olhar, foram inseparáveis. Cresceram juntos. Dividiram tudo — risos, traquinagens, sonhos. O bando os via como símbolos vivos da amizade e da lealdade. Aos cinco anos, Gael se transformou. Na noite da lua cheia, diante de todos, ele gritou de dor. Os ossos se contorceram. A carne mudou. O lobo surgiu. Vulcano. Negro como a noite. Enorme. Olhos de gelo. Mesmo criança, já superava o pai em tamanho. Os anciãos sussurravam: ele era um escolhido. Um destinado. Ava esperou. Noites e noites. Mas sua transformação não veio. O coração pesava. Mas Gael sorria e dizia: "Quando fizer dezesseis, você será uma loba linda. E vamos passar a eternidade juntos." A promessa virou certeza. Ela era fogo. Livre, ousada, impulsiva. Ele era pedra. Firme, protetor, impenetrável. Juntos, eram tudo um para o outro. Em mais um dia onde o sol filtrava pelas árvores. A floresta estava viva. Ava corria com os cabelos em chamas atrás dela. Pulava raízes, ria, provocava: "Vai ter que correr mais, Gael!" Ele vinha logo atrás. Forte, mas deixando que ela ganhasse. "Eu vou te pegar, Ava!" Era só mais um dia perfeito. Até não ser. Ela parou. O riso morreu. A poucos metros, homens arrastavam seu pai para fora da casa. Correntes de prata queimavam a pele de Paulo. O sangue escorria pelos cortes abertos. Atrás dele, sua mãe, Sara, era puxada pelos cabelos. Se debatia, lutava, gritava por ele. Ava tentou se mover. O corpo não respondeu. "PAI!" Os olhos dele encontraram os dela. Mesmo acorrentado, mesmo ferido, ele sorriu. Seus lábios se moveram devagar. "Eu te amo." A lâmina brilhou. E num só golpe, a cabeça de seu pai foi separada do corpo. O tempo parou. Ava não respirava. O ar doía. O chão girava. Ela não entendia. E então sua mãe foi posta de joelhos. Sara ergueu os olhos. Os mesmos olhos de Ava. Cheios de dor. Mas sem medo. "Ava… seja forte, minha menina! Um dia, a verdade virá à tona!" Ava se lançou para a frente. Um rosnado cortou o ar. Braços a seguraram. Fortes. Inquebráveis. Gael. Ela se debatia. "NÃO! MÃE! ME SOLTA!" Mas era tarde. A lâmina desceu. E Sara caiu. O grito de Ava rasgou o mundo. Ela desabou. Só não bateu no chão porque Gael a mantinha de pé. O cheiro de sangue grudava no corpo. Nos cabelos. No peito. Passos pesados se aproximaram. Vitor. Tio de Gael. Atrás dele, o Gama Pedro. O olhar de Vitor estava escuro. Cheio de ódio. Ele estendeu a mão para arrancar Ava dos braços do sobrinho. Mas o rosnado veio primeiro. "Tire as mãos dela." Gael. A voz era firme. Fria. Os punhos cerrados. "Não proteja a filha dos traidores, Gael", disse Vitor. "Você não sabe o que os pais dela fizeram." Gael não recuou. Mandíbula travada. Olhar fixo. Pedro tentou intervir. "São só crianças." Mas Vitor estava cego de raiva. "Aqueles dois assassinaram Luna Clara. E envenenaram João. Seu pai está em coma. A mãe dele morreu. Por causa dos pais dela." Ava congelou. "Mentira!" gritou. "Meus pais nunca fariam isso!" A bofetada veio antes que terminasse a frase. Seca. Precisa. A cabeça virou. O gosto de sangue explodiu na boca. "Não os chame de tios, filha da escória." Ela piscou, tonta. Nunca haviam encostado nela antes. Nunca assim. Olhou para Gael. Ele tremia. Estava em choque. Em pedaços. "Repete", rosnou, a voz baixa. "Seu pai foi envenenado. Sua mãe assassinada. Pelos pais dela." Gael fechou os olhos. Respirou fundo. E soltou Ava. Ela caiu de joelhos. Não pelo impacto. Mas porque algo dentro dela… quebrou. Gael desviou o olhar. Vitor avançou. Chutou Ava com força. Ela caiu de lado. Pedro tentou outra vez. "Ela é só uma criança!" "Vai ter o mesmo destino dos pais." Ava arrastou-se no chão. O peito doía de formas que não tinham nome. Procurou Gael. Mas ele ainda não olhava. Ele não podia olhar. Vitor agarrou seus cabelos. Então a voz cortou o ar: "Pare." Gael. Ela sentiu o alívio quase explodir. Mas veio a sentença. "Jogue-a nas masmorras. Ela vai pagar pelos erros dos pais." O mundo de Ava desmoronou. Vitor a empurrou nos braços dos soldados como se fosse lixo. "Tranque. Isolamento total. Três dias sem comida." Ela não chorou. Não gritou. O corpo cedeu. Os galhos arranhavam sua pele. As pedras cortavam os pés descalços. Mas ela não sentia nada. Tudo dentro dela… já tinha morrido. O portão de ferro se abriu com um rangido enferrujado. O cheiro de mofo, urina e sangue enchia o ar. Ela foi jogada no chão frio. A porta se fechou. A escuridão engoliu tudo. E Ava ficou ali. Imóvel. Horas. Dias. Não sabia. Sem tempo. Sem luz. Sem ninguém. Só o vazio. E o som da própria respiração. O rosto da mãe. O olhar do pai. O sangue. A voz de Gael. "Jogue-a nas masmorras." A frase repetia. Repetia. Até ela esquecer a voz dele e ouvir só o peso. Ava fechou os punhos. O coração ainda batia. Fraco. Mas batia. Ela não estava morta. Ainda não. E talvez… só talvez… fosse isso que eles mais temessem.

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