O salão de jantar estava mais silencioso do que o normal naquela manhã de domingo. As cadeiras ocupadas, os pratos sendo servidos, as conversas murmuradas… tudo parecia seguir o mesmo ritual de sempre, mas havia algo diferente no ar. Uma tensão sutil, um sussurro quase imperceptível atravessava o ambiente como se o próprio bando pudesse pressentir que algo havia mudado. No centro daquela cena silenciosa, sentada à mesa dos betas, estava Ava. Mas não era a mesma Ava de dias atrás. A jovem que antes comia sozinha, com os ombros caídos e os olhos cheios de tristeza, agora se erguia com uma postura altiva. Seu olhar percorria o salão sem hesitação, sem medo. Quando os lobos a olhavam, ela os encarava de volta. Não havia mais fuga. Não havia mais submissão. Havia força, presença. Havia Fúri

