Lost in Paradise

CAPÍTULO XIII

Conforme as horas ia se passando, a tempestade ia se tornando cada vez mais intensa e o céu estava imerso em escuridão.

—Por Deus isso parece cenário de um apocalipse! Michael dizia enquanto segurava firme o caixote pois os ventos estavam quase levando embora dali.

—Amarra isso aqui no caixote! James apareceu por trás de Michael com uma corda.

—Pensei que estava dormindo cara! Michael pegou a corda e com cuidado a amarrou em volta do caixote.

—Estava, mas o som alto dessa chuva me acordou! Explicou James.

—Como é que você está se sentindo agora? Acha que vai demorar muito até estar recuperado? Perguntou Michael.

—Sou uma pessoa forte e o remédio que tomei está fazendo efeito, porém acho que preciso de um dia ou dois para ter certeza que estou realmente recuperado! Disse James enquanto tomava um pouco de água alí do caixote cheio mesmo.

—Que bom, uma ajuda vai ser ótimo, principalmente pra ajudar com a comida! Michael se sentou numa parte seca do abrigo.

—Você já chegou a entrar nessa parte de mata da ilha? James o questionou.

—Não, achei muito densa e não tinha nada para cortar esse mato todo, até tentei fazer uma faca com um pedaço de pedra afiada que encontrei na orla da praia! Michael falou mostrando a faca de pedra para ele.

—Já tinha feito algo parecido antes? James pegou a faca improvisada e ficou analisando ela.

—Bom, na verdade não, foi minha primeira tentativa, mas vi vários caras fazendo em realitys de sobrevivência! Michael deu risada.

—Ficou boa de verdade! James devolveu a faca para ele. —Vocês são realmente tão inteligentes quanto eu imaginei! Concluiu ele.

—Como? Michael perguntou um pouco envergonhado com o elogio repentino.

—Assim que bati o olhos em vocês da primeira vez, tive a sensação de que eram pessoas inteligentes e hoje analisando os gestos e o comportamento de vocês, eu tive a prova de que realmente são muito mais inteligentes do que imaginava, embora eu ache que as vezes os dois tem atitudes um tanto infantis um com o outro! Explicou James.

—Poxa eu agradeço o elogio, quanto ao que disse sobre minhas atitudes com a Angel, tem uma explicação sobre isso! Michael falou após um longo suspiro.

—Eu sei o que é! James sorriu.

—Sabe? Michael ficou intrigado.

—Sim, você age assim porque gosta dela e a única forma que consegue obter atenção dela é com provocações, você é como se fosse aquelas meninas estão na quarta ou quinta série do ensino fundamental que correm e batem nos meninos que elas gostam! James disse sério.

—O QUE? Não, não, não, você se equivocou muito agora! Michael nervoso começou a rir e logo depois teve uma crise de tosse quase se engasgando com a saliva.

—Pela sua reação não me pareceu um equívoco! James o encarou sério.

—É que a idéia é tão absurda que até me fez entalar! Disfarçou ele.

—Tem certeza que é realmente absurda? James se levantou.

—Mas é claro que é, onde já se viu, eu estar apaixonado pela minha maior rival! Michael revirou os olhos.

—Eu não falei nada sobre estar apaixonado! James deu um leve tapa no ombro de Michael e foi para o outro lado do abrigo deixando Michael em estado de choque.

James era uma pessoa com intuição muito forte, além disso era inteligente e sabia como fazer as pessoas confessarem suas verdadeiras intenções e foi exatamente isso que ele havia feito com Michael. Contudo a confissão indireta que ele havia arrancado de Michael o deixava um tanto inquieto, pois ele também se sentia um pouco atraído por Angeline e isso provavelmente iria desencadear problemas futuramente.