Os ventos começaram a soprar ainda mais forte, trovoadas soavam a cada quinze segundos e o céu estava escuro como se estivesse de noite, pois as nuvens escuras encobriram o sol e a únicas coisas que iluminava a ilha eram os raios que apareciam intercalando com os trovões e a pequena fogueira que fizeram, porém ela já estava quase se apagando por conta dos ventos e a chuva terminaria o serviço.
Não demorou muito e logo uma garoa leve começou e em questão de segundos se transformou em uma chuva forte, o vento era intenso que quando entrava em contato com o abrigo, parecia que estavam martelando os destroços do avião.
Michael, James e Angeline estavam dentro do abrigo, preocupados pois a tempestade ficava cada vez mais intensa e eles poderiam jurar ter sentido o abrigo se balançar com o vento.
—Acho que devíamos ter amarrado o abrigo de algum jeito! Angeline falou preocupada andando de um lado para o outro.
—Fica calma, embora a tempestade esteja forte, os ventos não são fortes o suficiente pra arrastar essa carcaça, pelo menos não para muito longe! James tranquilizou-a
—Até quando essa chuva vai durar? Estamos sem fogo e parece que todos os mosquitos se abrigaram aqui dentro com a gente! Michael falou dando tapas em seu próprio braço na intenção de matar os insetos que lhe picavam sem dó.
—Eu acho que ainda tenho repelente na minha bolsa! Angeline falou indo até sua nescessaire e logo pegou um tubo de repelente em creme. —Passa isso no rosto, braços e pernas! Angeline colocou um pouco do repelente nas mãos de Michael.
—Pode me emprestar um pouco? James estendeu a mão.
—Claro, se quiser eu ajudo você a passar! Angeline sorriu gentilmente.
—Ele não precisa, pare de tratar o homem como se ele fosse um inútil! Michael reclamou.
—Eu não acho que ele seja, só quis ser gentil, me desculpe James! Angeline falou constrangida.
—Não precisa pedir desculpas e eu até aceito ajuda, meu corpo inteiro está doente mais por ter feito esforço hoje! James respondeu sereno e Angeline apenas sorriu.
—Quer tomar um relaxante muscular? Perguntou ela.
—Melhor não, ainda não tem tanto tempo que eu tomei o último remédio! James disse abrindo o repelente.
—Deixa eu te ajudar com isso agora! Angeline pegou um pouco do repelente com James e passou nas pernas dele enquanto James passava em um dos braços.
A verdade era que ele realmente não precisava de ajuda, mas lhe incomodou um pouco a forma como Michael falou com Angeline, então ele mentiu para que ela não se sentisse m*l pelo constrangimento que Michael havia deixado no ar.
—Pronto! Angeline falou ao terminar de passar o repelente em James e depois em si mesma.
—Esse repelente por agora será bem útil, mas ainda precisaremos de uma fogueira! James falou se deitando.
—Pelo visto vai ser impossível fazer uma, com essa chuvarada toda não vai ter como! Comentou Michael.
—Espero que essa chuva passe logo! Angeline se deitou também.
Michael por sua vez continuou em pé indo encher as garrafas e os cantis de água, pois o caixote já estava transbordando.