Lost in Paradise

CAPÍTULO XI

Michael que observou toda a situação se sentiu um tanto desconfortável com aquilo, mas preferiu não falar nada e apenas se sentou em sua poltrona fechando os olhos para descansar um pouco.

Por volta do meio dia, quando todos estavam ainda dentro do abrigo puderam ouvir barulhos de trovão e assim que saíram viram o que o céu começava a escurecer anunciando que uma forte tempestade cairia a qualquer momento.

—Ah que porcaria era só o que faltava! Michael falou frustrado a cada vez que um trovão soava.

—Chuva é ótimo, se acharmos alguns recipientes teremos água potável por uns dois dias! James falou empolgado.

—Deve ter algo para guardar essa água por aqui! Angeline comentou.

—Tem sim, venha ver! James voltou para dentro do abrigo e se sentou no piso e assim que levantou um pequeno tapete que estava grudado no piso, revelou um pequeno alçapão e de lá ele tirou uma maleta vermelha com um desenho de arvore na tampa.

—O que é isso ai? Michael perguntou.

—Toda aeronave contém um alçapão onde se guarda algumas coisas para se usar em casos de acidente! Explicou ele.

—Um Kit de sobrevivência! Angeline ficou surpresa e contente com o achado.

—Sim, aqui tem um facão, sinalizador, um mosquiteiro, uma faca pequena e três cantis para guardar água! James foi colocando as coisa de lado enquanto puxava mais alguma coisa de dentro do alçapão.

—Deixa eu te ajudar com isso! Michael se agachou e ajudou-o a puxar para cima uma mala de viagem cinza média, que mesmo não sendo tão grande ainda era bem pesada. —E isso aqui o que é? Pergunto ele terminado de subir a mala.

—Bom, esse é o meu Kit de sobrevivência, já que eu sempre achei pouco o que nos é fornecido pela companhia aérea! James sorriu.

—Uma pessoa precavida vale por duas! Angeline sorriu

—Sim, eu acredito muito nisso então procuro sempre estar um pouco a frente das coisas! James comentou.

—Meus parabéns, você é um carinha bem inteligente! Michael fez um sinal de joia levantando o polegar para cima.

—Pela primeira vez nós concordamos em algo! Angeline disse baixo.

—O que? Michael que não tinha escutado a olhou confuso, James por sua vez pode ouvir e sorriu com o comentário.

—Bem, dentro dessa mala eu coloquei, um mosquiteiro, quatro rolos de fita adesiva, duas panelas, uma pequena e uma maior, duas cordas e cada uma delas tem uns doze metros mais ou menos, um kit de primeiros socorros reserva, bússola, afiador de faca, pederneira, anzol, um isqueiro, uma caixa de fósforos, pilhas recarregáveis, bateria pequena que funciona com luz solar, outro facão, mais algumas facas, deve ter uns dois ou três enlatados também!

—Meu Deus é muita coisa! Angeline ficou espantada.

—É, mas tem coisas para o meu copiloto também e até para uma aeromoça caso tenhamos que levar uma! Explicou ele.

—Isso faz muito sentido, estamos muito bem agora! Michael falou bem empolgado.

—E agora isso aqui! James se esticou mais um pouco e puxou um caixote de plástico. —Podemos guardar a água da chuva com isto e encher os cantis e garrafas com a água que estiver aqui! Concluiu ele.

—Então é melhor cavar um buraco pra deixar esse caixote firme, pois dependendo da intensidade da tempestade o vento pode acabar levando pra longe! Angeline comentou.

—Verdade, pode deixar que eu vou lá cavar o buraco! Michael se levantou e ia saindo do abrigo com o caixote.

—Ei espera! James gritou e Michael se virou para ver do que se tratava. —Com isso vai ser mais fácil! James mostrou uma pá de ferro que havia pego na mala.

—Valeu, agora tenho que ser rápido antes que a chuva comece a cair! Michael saiu do abrigo e foi cavar o buraco quase na entrada dali, pois seria mais prático na hora de pegar a água se a chuva ainda não parasse.