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1798 Palavras
#Narradora Priscilla tinha planejado um final de semana romântico com a Nath e ficou muito feliz por ela ter aceitado o convite. Não quis estender a conversa com o Rodrigo quando ele a questionou seus planos com a ficante no dia anterior. -Bom dia,Laura. - Priscilla estava muito animada aquela manhã, tinha ligado para Nath logo cedo para confirmar os seus planos de saírem depois do almoço. -Como você está? - Laura até estranhou. Não era como se a chefe a tratasse m*l, muito pelo contrário, Priscilla era muito educada com ela, nunca elevava a voz, mas nunca foram amigas, o nível profissional sempre foi mantido ali. -Estou bem, Senhorita. Obrigada por perguntar. - Laura sorriu com a animação da chefe. -Laura, por favor, organize tudo para que o helicóptero esteja pronto para depois do almoço. - Priscilla ordenou e acrescentou antes de entrar na sua sala. -E eu não vou está disponível no fim de semana, então qualquer problema que surgir da empresa o Rodrigo deverá ser informado para resolver. Tudo bem? - Tudo bem senhorita. O senhor Tardelli lhe procurou mais cedo e pediu que o avisasse assim que a senhorita chegasse. - Ele adiantou o assunto? - Priscilla não tinha marcado nenhuma reunião logo cedo com o amigo. -Não senhora. - Tudo bem, pode avisá-lo que já cheguei. Priscilla estava analisando algumas planilhas que o setor financeiro havia lhe enviado. Quando Rodrigo entrou em sua sala. -Oi, Rô. -Priscilla deu um lindo sorriso, seu bom humor logo de manhã era algo raro, nunca foi uma pessoa do dia e Rodrigo sempre soube disso, por isso evitava fazer brincadeiras com ela nesse horário. - Eu vejo que está bem feliz hoje. - Rodrigo foi até ela e lhe deu um beijo na bochecha. - Sim, estou muito animada com a viagem que farei com a Nath. - Priscilla falou aquilo o mais natural possível, mas percebeu que Rodrigo não gostou. - Você não acha precipitado se jogar tanto em uma relação com alguém que você nem conhece? - Rodrigo nem se deu ao trabalho de sentar. Priscilla deixou os balancetes de lado e se concentrou as atitudes do amigo sem lhe responder a pergunta, até porque Rodrigo nem lhe deu tempo e já engatou a falar. -Essa mulher surgiu do nada. Não sabemos nada dela. Você nunca foi se ser tão inconsequente assim com uma ficante. -Rodrigo o que você está falando? Qual é o seu problema com a Natalie? -Eu não gosto dela, alguma coisa não bate nessa história. A pessoa surge do nada e você já a coloca dentro da sua casa. -Rodrigo gesticulava bastante e Priscilla só ergueu a sobrancelha desacreditada com a intromissão do amigo na sua vida pessoal. -Não é você que tem que gostar dela, Rodrigo. -Priscilla foi pontual em sua colocação, até porque agora sabia os motivos por trás da implicância de Rodrigo. - E logo vai ter que aprender a gostar dela,pois durante a viagem vou pedir ela em namoro. -Namoro?! Pirou Priscilla? Você não sabe nada dela. -Rodrigo isso é um problema meu. - Priscilla falou ainda tentando manter a calma. -Eu só estou tentando lhe abrir os olhos para a besteira que você está fazendo. -Rodrigo elevou a voz e Priscilla perdeu a paciência se levantando e colocando as mãos sobre a mesa. -Escuta aqui, Rodrigo. Você ser meu amigo não lhe dá direito de se meter na minha vida assim. Eu sou capaz de fazer as minhas escolhas e eu gosto dela. -Como pode gostar de uma pessoa que nem conhece? - O ressentimento na voz do Rodrigo não passou despercebido de Priscilla. -Eu não quero brigar com você por algo que não lhe diz respeito. Eu não sei explicar o que estou sentindo pela Natalie. - Priscilla voltou a sentar e estava sendo sincera com o amigo. - Eu nunca senti isso por alguém antes, Rodrigo. E eu só queria que você me apoiasse. Mas se não conseguir fazer isso agora eu vou ficar triste, porém não vou deixar a minha felicidade ir embora sem eu tentar. Era muito difícil para Priscilla ter que escolher entre uma amizade de anos e uma pessoa que chegou há pouco, mas parecia já está em cada detalhe do seu dia sem fazer o mínimo esforço. -Você está se iludindo com essa garota. Rodrigo sentia que suas chances de conquistar a amiga agora eram quase nulas. Ela estava apaixonada. O fato agora era saber se a Natalie Smith merecia o amor dela. -Talvez eu esteja, Rodrigo. Eu posso está cometendo o pior erro da minha vida, mas no momento eu não consigo me ver sem essa mulher. Eu estou apaixonada por ela. Rodrigo sentiu um bolo se formar em seu estômago, os olhos se encheram de lágrimas, mas segurou. Não poderia parecer um fraco na frente dela. -Você nunca olhou para mim como homem, não é? Rodrigo finalmente teve coragem de expor seu sentimento e Priscilla queria confortar o amigo, mas as suas palavras lhe magoariam. -Eu não vou mais esconder o que sinto por você, Priscilla. Desde que me entendo por gente eu sou apaixonado por você. Era isso que iria lhe dizer quando fui na sua casa e lhe vi com a Isabelle. - Eu sei. - Priscilla se aproximou de Rodrigo e lhe tocou o ombro. -Eu não posso retribuir o seu sentimento. Você é uma pessoa incrível. Eu lhe amo, mas nunca será algo romântico. -Porque? O que tem de errado comigo? - Rodrigo deixou as lágrimas rolarem. -Ei tem nada de errado com você. Se eu gostasse de homens iria adorar me apaixonei por alguém tão amoroso e leal quanto você, Rô, mas… - Priscilla deixou que aquela pausa desse o peso na sua fala. - Eu sou como sou e não tem haver com você. Thaís ouvindo toda a conversa entre os amigos através das escutas que Nath havia espalado pelo escritório da Priscilla e parecia que ela estava acompanhando aquelas novelas de rádio antigas. E quando ouviu o barulho de beijos abriu a boca ao ver que Natalie tinha acabado de entrar e ouviu o finalzinho da conversa sentiu o seu sangue ferver por imaginar que Rodrigo tinha se aproveitado da situação para beijar a amiga. -Eu vou matar esse filho da p**a! -Nath estava com os punhos fechados e sua expressão era bem séria. - Ficou louco, Rodrigo!? -Elas voltaram a atenção para o receptor da esculta. - Você não tinha esse direito. -Pri me desculpa. Eu perdi a cabeça, mas eu só queria que você me desse uma chance. Eu posso te fazer feliz. Me dá um chance. Natalie estava com muita raiva do Rodrigo e se estivesse no mesmo ambiente que ele faria ele se arrepender de ter tocado em sua garota. -Fica calma, Nath. -Thaís se aproximou da amiga. - Estamos em uma investigação importante, você não pode chegar lá e colocar tudo a perder. - Rodrigo sai da minha sala. - A voz de Priscilla preencheu o lugar e Nath tentou relaxar ao perceber que a mulher não daria chance nenhuma para o amigo. - Eu não vou lá querer a cara dele não. Não precisa se preocupar. - Nath estava mais calma e Thaís relaxou. - Você ouviu que parte da conversa deles? - Cheguei no final. - Nath responde. -Eu já tinha te falo antes, mas vou repetir. Você tem que focar na operação. Sei que está se apaixonando pela Pugliese, mas as coisas são um pouco complicadas. Primeiro que você tem um trabalho a fazer, segundo que agora esse cara vai ficar na sua cola com certeza, terceiro não temos certeza se a Priscilla está ou não envolvida nessa merda toda e por último, se ela for uma boa pessoa suas chances com ela depois que ela descobrir que está investigando a família dela vão ser quase nulas e você sabe disso. -Não precisa ficar me repetindo isso, Thai. Eu nem tenho parado de pensar nisso. - Nath pegou respirou fundo. - Eu me menti em uma roubada. Nath foi para a empresa de Priscilla como haviam combinado e não se surpreendeu em perceber que a mulher estava distante e parecia abatida, preferi não falar nada sobre o assunto e até porque ela parecia querer se animar. -Você ainda não me contou para onde vamos. - Comentei quando caminhavamos para o helicóptero dela. - Você vai ter que confiar em mim. -Priscilla pegou a minha mão me ajudando a subir. A viagem não durou muito, mas o paisagem era muito linda. Eu já tinha participado de operações que precisei voar em um helicóptero, mas essa era a primeira vez que eu estava aproveitando o passeio. -Eu espero que você goste. - Priscilla comentou logo depois que o piloto comunicou que iríamos pousar. Do alto pude ver uma linda mansão de frente para a praia e Priscilla sorriu ao ver minha expressão impressionada com o quanto era lindo tudo ali. -Nossa essa mansão é incrível. - Era a casa dos meus avós. Eu herdei quando eles morreram há três anos. -Sinto muito. - Nath falou e Priscilla apenas assentiu sem querer prolongar a conversa, pois sentia falta dos avós maternos. #Priscilla Natalie ia caminhando na frente e parecia maravilhada com a casa. Eu sempre adorei esse lugar, trocava qualquer viagem para bom passar as férias com os meus avós e ficar sem eles depois de já ter perdido minha mãe e meu irmão foi algo bem difícil. -Eu pedi para organizarem tudo para passarmos o fim de semana aqui. Tenho um compromisso na segunda. Tudo bem para você? - Claro. Não vai ser sacrifício nenhum ficar em um paraíso como esse com você. - Natalie colocou os braços envolta do meu pescoço e eu segurei sua cintura e trocamos um beijo até eu perceber que a senhora Rosa estava parada na entrada da cozinha nós observando com um sorriso. -Rosa! - Falei com animação e Nath me soltou olhando para a senhora que se aproximou. -Pequena Pri. - Eu a abracei e me senti em casa. Era sempre assim quando eu vinha para cá. Rosa agora era o que eu tinha mais próximo de uma mãe. -Rosa essa é a Natalie Smith. - Natalie sorriu para a mulher e a cumprimentou. - Nath essa é a Rosa minha segunda mãe. Rosa ficava sem graça quando eu a chamava assim, mas eu não poderia reduzir ela a simplesmente uma pessoa que cuidava da casa quando eu não estava. -É um prazer conhecê-la, senhora. - Por favor, só Rosa senhorita Smith. -Só Nath, por favor, Rosa. Nath e eu ficamos no mesmo quarto é claro, não fazia sentido preparar um quarto de hóspedes, e enquanto Nath tomava banho eu dispensei Rosa e os outros funcionários também.
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