IRRASTREÁVEL

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Iara

Oi meninas, eu vim aqui me apresentar para vocês. Eu me chamo Iara, sou mãe do Ares e do JP. Eu tenho 41 anos, engravidei aos 14. Sim, eu era uma menina burra que fugiu de casa para ir para os bailes de favela. Acabei conhecendo meu marido VN. Se arrependimento matasse, eu estaria morta e enterrada. Durante todo o nosso relacionamento, ele me traiu e me bateu muito. Foram anos muito difíceis. Eu tentei sair do relacionamento várias vezes, mas ele sempre me ameaçava, dizendo que eu não iria ficar com os meus filhos se fosse embora. Então, eu fiquei, e assim se passaram 25 anos. No ano passado, Ares assumiu o morro e o botou para fora, e só assim eu tive paz.

Eu nunca mais me relacionei com nenhum homem. Estou traumatizada. Quando eu quero um p*u, eu uso de borracha, que é muito melhor. Eu g**o quietinha no meu quarto e, quando eu acordo de manhã, não tem ninguém para me perturbar. Eu dei o maior duro para educar os meus filhos com JP, funcionou, mas o Ares veio todo o pai. Às vezes, eu repreendo ele pela forma como ele age com as pessoas da favela, mas não adianta. Eu não estou falando que ele é injusto como o pai dele, mas eu acho ele muito c***l.

Saímos da boca e viemos almoçar no bar da dona Sueli. Ela olhou para o Ares com medo e eu disse que estava tudo bem. A neta dela trouxe o cardápio e foi se jogando para cima do JP, até eu mandar ela ralar.

Iara: Meu amor, só queremos o cardápio, por favor. Ele come e depois vaza daqui. Quando a gente escolher, eu chamo. Para de ser oferecida, coisa feia.

JP: Ah, qual foi, mãe? Estragou meu lance de hoje.

Iara: Vai arrumar uma mulher que presta, menino. Tu come tudo que abre as pernas, Deus me livre.

Ares: Ele tá certo, elas querem dar, ele tem que comer.

Iara: Por isso que estão encalhados.

JP: Nós estamos vivendo, dona Iara.

Ares: Exatamente.

Foi só falar em put4 e a Carla entrou na pensão. Ela veio falar com Ares, toda sorridente, praticamente esfregando o peito na cara dele. Eu olhei para a cara dele e levantei a sobrancelha, e ele falou para ela:

Ares: Depois tu passa lá na boca pra nós desenrolar. Agora eu vou almoçar com a minha coroa.

Carlinha: Passo sim, amor. Até mais tarde.

Iara: Passo sim, amor. Até mais tarde.

Ares: Mãe

Iara: Está na hora de você arrumar uma mulher, essa menina já sentou até no teu pai e olha que ela só tem 20 anos.

Ares: Mãe, ela é de boa e, além do mais, eu estou solteiro. Como eu disse, ela abre as pernas e eu como, não passa disso.

Iara: Eu acho bom vocês estarem colocando camisinha nesses p@us, porque se uma dessas mulheres aparecer lá em casa com uma criança, eu mato vocês. Mato, entenderam?

JP: Já viu jogador entrar em campo sem chuteira?

Iara: Já vi vários, porque elas não jogam no profissional, só peladinha de bairro, igual a vocês.

Eles ficaram me olhando com cara de b***a, e eu chamei a menina para ela anotar os nossos pedidos. Ela anotou e saiu com a cara fechada, uma a menos para encher meu saco hoje.

Lavínia: Amor - ela falou se aproximando.

Iara: Nem almoçar com vocês eu consigo.

Lavínia: Oi, sogrinha - ela falou, e eu olhei para o Ares.

Iara: Gatinha, eu não sou sua sogra, estou longe disso. Agora sai daqui, porque eu quero almoçar com os meus filhos.

Lavínia: Deixa eu almoçar com vocês.

Ares: Vaza, tá surda, c4ralho.

Lavínia: Mas...

Ares: Mais nada, já disse que não tenho nada contigo. Então desce desse palco que só existe na tua mente.

Lavínia: Poxa, você já me tratou melhor.

Ares: Não vou falar de novo - ele grita e ela sai chorando.

Iara: Aí, na moral, tô fora. Não dá para sair com vocês, eu não almoço mais.

JP: Que neurose é essa?

Iara: Amor, sogrinha? Desde quando eu sou sogra de put4? Se ela me chamar assim de novo, vou mandar dar uma surra nela.