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1483 Palavras

Cobra Narrando O pagode tava pegando fogo, a música rolando alta, todo mundo curtindo, mas eu? Eu tava puto. Muito puto. Encostado no canto do camarote, o copo de whisky na mão, eu só conseguia focar nela. Clara. Dançando, rindo, rebolando, como se não tivesse pisado na minha casa horas atrás, me enfrentado, me desrespeitado. Minha mãe contratando essa mulher pra cuidar dela, e ela no meio do pagode, se exibindo, enquanto eu tô ali vendo essa merda acontecer. De um lado, Débora nem aí pra nada, cercada pelas amigas que ela mesma botou no camarote, rindo alto, bebendo, se divertindo. Do outro, Berrete, meu irmão de vida, meu braço direito, curtindo, mas de olho na Sabrina. E eu? Eu tava ali, fervendo de ódio, olhando pra Clara e sentindo uma p***a de coisa estranha dentro de mim. —

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