47

1656 Palavras

Débora Narrando A dor ainda pulsava no meu corpo inteiro. Eu tava sentada num banco qualquer, o braço engessado apoiado no colo, as pernas marcadas de roxo, as costelas latejando a cada respiração. Tudo ardia. Cada pedaço de mim lembrava o que tinha acontecido. A surra da enfermeira foi f**a. Eu já esperava que ela fosse revidar, mas não achei que ia ter tanta força. Só que aquilo… aquilo não foi nada perto do que o Caio fez comigo depois. Fechei os olhos, sentindo o ódio subir no peito. Ele me tirou da casa da mãe dele igual um cachorro sarnento, me arrastou pra rua, me humilhou na frente de todo mundo. E não parou por aí. Não satisfeito, foi lá em casa, jogou tudo que era meu em sacos de lixo, tacou fogo em tudo. Me bateu até meu corpo falhar. Até meu braço quebrar. Até eu imp

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR