Eu, Ela e a Lua

3085 Palavras
O AMOR PODE SER ASSUSTADOR, COM CERTEZA. A voz dela, o meu coração, ela dizia não, e então, tudo recomeçava novamente. Um ciclo vicioso, que aparentava não ter fim. Mas teve. Dia após dia, erro atrás de erro, Jenny parecia não ouvir uma palavra dita por mim. Nós andávamos juntos, porém eu não sentia sua presença. Ou a minha. Quando tentava passar as minhas mãos nas dela, não havia nada. Como um corpo de fantasma, com braços fantasmagóricos e mãos invisíveis. E o pior disso tudo? O poder sobrenatural de Jennifer Fitzgerald era sob medida, e exclusivo para comigo. Jenny é uma garota decidida, e, devido a isso, quando ela diz não, é, de verdade, um não. Apesar de tantas evidências, eu nunca desisti de seu amor. No fim, ela sempre diz o que tem vontade de dizer e segue o seu coração, mesmo que isso destrua alguém. Ou a si mesma. É o que acontece com nós dois. Mas, nada disso importa. Talvez Liam tenha um pouco de razão em relação a minha idiotice aguda, afinal. Porque, quando a noite cai, estranhamente, sempre penso que nós ficaremos bem. E que ela será minha, ou eu dela. -Ou seja, você ainda não tem um par para o baile. -Liam falou enquanto saía do provador da loja, com seu belo smoking para a grande noite de formatura. -Bem, eu tenho. Ela só não sabe ainda. É um belo smoking. -Por que não experimenta algum? -ele sugeriu, enquanto se auto-admirava no enorme espelho à nossa frente. -Mais tarde. Prefiro ter certeza de que vou para dar um passo assim, tão grandioso. -Claro. Comprar um smoking é algo realmente muito grandioso. Estou planejando comprar este aqui desde que entrei na escola. -ele respondeu, sarcástico. -Você tem um par? -perguntei, sorrindo. -Bem, ainda não. Mas pelo menos a garota que eu vou chamar não tem um namorado, por acaso. Então, eu tenho, tecnicamente, mais chances do que você. Você tem idiotice aguda. -Não enche, cara. Eles não estão namorando. -Eles estão, sim. -Ela não colocou relacionamento sério no f*******:. -f**a-se o f*******:. Esse relacionamento é mais impossível que sua paixão por Emma Watson. -Você não tá me ajudando em nada. -Eu quero abrir os seus olhos, Louis. Desiste dessa garota. -ele disse sério, olhando-me através do espelho. -O baile é minha última tentativa. Prometo. -menti naquele momento, desviando o olhar. Jennifer e eu nos conhecemos no Sandpiper Bay. Eu havia acabado de chegar na cidade, e o meu tio, dono de todo o clube, me ofereceu a vaga de emprego no Bay; ainda faltavam uns dois meses para o início das aulas, então, eu ainda não tinha muitos amigos. Ou melhor, nenhum. Ela estava com uma blusa azul com três listras brancas, uma saia branca típica do esporte, e o seu cabelo estava preso junto a um boné branco (assim como a maioria das garotas que jogavam). -Um suco de graviola. Bem gelado. -foram suas primeiras palavras, inesquecíveis. Anotei o seu pedido rapidamente, ainda envergonhado por ter chegado tão próximo a ela. Infantil, de certa forma. Mas, vamos lá, eu tinha apenas quatorze. -Bem gelado. -falei, nervoso, deixando o copo sobre a mesa dela. -Obrigado.-Jennifer sorriu, satisfeita. Somente isso. Não tive coragem para falar qualquer outra coisa, apenas um simples bem gelado. Um tempo passou, e eu não dei sorte de atender Jenny novamente no Sandpiper, mas ainda a espiava em segredo. As aulas finalmente começaram, e, por sorte, ela estava lá, na minha primeira aula de inglês daquele ano letivo. Era uma quinta, a última aula do dia. Já Liam, conheci na aula de biologia, uma das primeiras aulas das terças. Vestia uma calça jeans velha e um casaco roxo. -Vai fazer alguma coisa hoje? -ele perguntou-me, subitamente, quando a aula terminou. Estava na cadeira ao lado. -Depois da escola? -respondi, da forma mais natural possível. Era como se já fôssemos amigos há anos. -Bom. Minha tartaruga morreu. Queria companhia para o enterro. -Hã... -Não, tudo bem, desculpa. -ele levantou-se, pegando sua mochila. -Eu vou. -respondi, sem ao menos saber o porquê. -Sou Liam. -Louis. -apresentei-me, nós apertamos nossas mãos. -Podemos jogar basquete depois, ou assistir Toy Story. -Não pode ser futebol? -Ah. Tudo bem. Contanto que me ajude no enterro. Horas depois, nós estávamos lá, enterrando uma tartaruga. Liam foi o padre que conduziu o funeral. E, desde então, este tornou-se o seu apelido. Nossa amizade cresceu, assim como nós. Já no último ano, incrível e estupidamente, eu ainda estava apaixonado por Jennifer. Liam gostava de uma garota chamada Hannah. Um ano (não exatamente) depois do enterro da tartaruga, eu finalmente resolvi me declarar para Jenny Fitzgerald. Nós nos tornamos amigos, de certa forma. Passei a ter aulas de tênis com ela, após o fim do meu expediente no restaurante do clube. Todo fim de dia, por volta das seis, ela virava uma verdadeira tutora, disposta a me fazer aprender aquele esporte tão difícil (muito mais do que o futebol, especialmente). Nós tínhamos quinze, mas, Jennifer sempre pareceu ser mais velha. Eu ainda tinha uma cara de criança, de certa forma; já ela, o contrário. Um corpo bem desenvolvido, um pouco mais alta que eu, tão bonita e atraente quanto uma garota com vinte. Aparentemente sem maldade alguma, ela pegava as minhas mãos com as dela, por trás de meu corpo, e movia a raquete para frente e para atrás, à fim de me ensinar a movimentação correta da raquete. É claro, com quinze anos e uma garota daquela, esses momentos em minha vida eram quase uma r************l: simplesmente instigante e excitante. Parece bobo, mas naquela época realmente não era. -Acho que ela quer t*****r comigo. Você precisa ver como ela pega minhas mãos. É como uma súplica para uma grande noite de amor com Louis Tomnlinson. -Deixa de ser iludido. É só uma aula de tênis i****a. Aliás, por que você não aprende basquete? Eu ensino. Vou pegar nas suas mãozinhas da mesma forma que Jennifer Gostosa Fitzgerald. -Liam disse, rindo da situação. -É difícil ter uma conversa séria com você, cara. -murmurei. -Não fica estressada. Eu tenho um plano. -ele afirmou, sorrindo malévolo. -E qual é o plano, padre? Ele realmente tinha um. Depois de mais um fim de dia, outra aula iniciou-se. Eu aprendi alguns truques para a movimentação dentro de quadra. Quando terminamos, eu a convidei para uma festa particular. Ela estranhou a situação, mas aceitou. -Na casa de um amigo meu. Nós não convidamos muitas pessoas. Vai ter bebida, música e esse tipo de coisa. O que acha? -É, realmente não estava nos meus planos. Amanhã eu tenho um teste de matemática, disse ao meu pai que estudaria durante a noite. Não queria deixar de vir para o treino. -Hm. Mas, você é inteligente. Garanto que se dará bem de um jeito ou de outro. -Não estou sufocada, mas... -Por favor. Vai ser legal, Jenny. -disse, com uma expressão de um filhote de cachorro carente. -Essa sua carinha... Como dizer não? -ela riu, encantadora. -Vou ligar para o meu pai, então. E a parte um do plano foi concluída. Chegamos à casa de Liam minutos depois, a pé. Os seus pais eram bem legais, o que ajudou na possibilidade de fazermos a tal festa. Foi, basicamente, no quarto dele. Além de Jenny, Liam e eu, as irmãs do padre também estavam lá, com dois garotos. A nossa grande festa. -O que vocês acham de verdade ou consequência? -Ruth, uma das irmãs de Liam sugeriu. -Eu apoio. -concordei, tremendo. -É agora, amiguinho. Boa sorte. -Liam sussurrou em meu ouvido, sorrindo. -Amém, padre. Obrigado. -sussurrei, também sorrindo. Neste ponto, eu já havia bebido quatro garrafas de cerveja. Era apenas a segunda vez que eu havia bebido, ou seja, eu era, tecnicamente, fraco. Já estava um pouco alterado, mas os outros pareciam estar bem. Principalmente as irmãs de Liam, que eram mais velhas que nós. A garrafa girava, de um lado para o outro, deixando-me tonto. Na décima sétima rodada, finalmente, Jenny deveria fazer uma pergunta direcionada a mim. Eu esperei ansioso, até que ela finalmente falou: -É verdade que você canta bem? Quero dizer, uma vez o Liam me disse isso na escola. -Sério isso? -perguntei, decepcionado. -O quê? Não deveria perguntar isso? -ela perguntou, confusa. -Eu não sabia disso. Por que não me contou isso? -perguntei ao padre, furioso. -Ela deveria saber o quão incrível meu amigo é. -ele deu de ombros, sorrindo. -Sou apaixonado por você, Jenny. Desde o ano passado. Desde o suco de graviola. -falei, apenas pelo efeito do alcool. -Eu não consigo para de pensar em você. E eu queria saber... -Ele está bêbado, ignore isso. Louis é um cara incrível. -Liam disse para ela, tentando diminuir o meu constrangimento. -Cara, para de falar asneira, por favor! -É sério, Jennifer Fitzgerald. Eu te amo. E isso é tudo o que eu lembro daquela noite, basicamente. Pouco depois, ainda envergonhada e desconfortável, ela deixou a festa com grande pressa. Vinte minutos depois, eu acordei em um hospital. Somente meu pai e Liam estavam comigo quando acordei. Minha mãe, naquela semana, havia viajado para visitar minha vó. Sorte a minha. -Eu disse ao seu pai que isso foi culpa de um demônio. E ele se chama idiotice aguda. Ou amor, como preferir. -Liguei para sua mãe. Disse que foi apenas uma gripe forte, e que você está bem. E, você não deve beber mais durante um bom tempo, já que foi quase um coma alcoólico e você desmaiou por quase uma hora. E também lavará o meu carro durante um ano, duas vezes na semana. -papai disse, irônico e sorridente. Mas ele me amava, éramos como grandes amigos. -Contei ao seu pai como você é um i****a. Ele concordou comigo. -Você deveria ouvir mais o seu padre, Louis. Visite a igreja dele e liberte-se desses demônios terríveis da adolescência. -Antes fosse algo simples assim. Garotas são mais complicadas. -disse, e todos rimos, concordando. O plano um havia falhado. No dia seguinte, Jennifer não visitou o restaurante de Sandpiper Bay. Eu passei, disfarçadamente, sobre a quadra onde ela estava por volta das seis. Ela continuou focada em seu treino, mas desviou o  olhar, por milésimos de segundos, em minha direção. O seus olhos não disseram muita coisa, mas eu senti que ela não havia ficado satisfeita com minha estúpida atitude. Resolvi deixá-la em paz por um tempo, até que as coisas finalmente voltassem ao normal. Meses depois, nada mudou. Minha preocupação aumentou, gradativamente, conforme o tempo passava. Quando Liam não suportava mais minhas reclamações diárias sobre a grande saudade das aulas de tênis com Fitzgerald, outro plano surgiu em sua mente. -Você deve perder a vergonha. Louis, você tem muito talento. Assim como eu, claro. -ele brincou numa tarde após a aula, dando um soco de leve em meu ombro. -Nem rola. Eu não gosto da minha voz, padre. -Confia em mim, vai dar certo. Os meus planos são bons, o primeiro não deu certo por sua culpa. Eu não quero mais ouvir suas lamentações sobre as aulas de tênis. Você terá suas raquetes de volta. -Hm. Como? -indaguei, curioso. -Papel, caneta, e uma câmera. Basicamente. Semanas depois, compomos nossa primeira música, juntos. Sobre a Jenny obviamente. E a brilhante ideia foi: uma gravação em vídeo minha, cantando a música, postado na internet. Eu era inseguro em relação a minha voz, mas Liam me incentivou de forma positiva, o que me deu coragem para postar o vídeo. Eu estava h******l, completamente nervoso e e******o. A letra era basicamente sobre a própria Jenny, e também sobre o plano um. Uma d***a. All I know at the end of the day Is love who you love There ain't no other way If there's something I learned  From a million mistakes You're the one that I want at the end of the day Said the night was over I said it's forever Twenty minutes later wound up in the hospital The priest thinks it's the devil My mum thinks it's the flu But girl it's only you O vídeo não teve muitos acessos, mas eu, de forma desesperada, mandei o link em mensagem para Jenny. Queria que ela visse, de verdade. Era dela, apesar de tudo. As aulas de tênis não voltaram, mas nossa amizade, bem lentamente, foi voltando. Ela me disse que poderíamos ser amigos, e eu aceitei, é claro. Mas, o meu coração, não. Quase três anos se passaram, e a cada minuto que passa, sinto-a mais distante de mim. Nós nunca estamos juntos, quase. Não sinto sua presença, assim como suas palavras. Antes tão cheias, alegres e educativas. Agora, completamente vazias, transponíveis e sem sentido. Liam sempre teve razão. A verdade estava diante dos meus olhos desde o suco de graviola. Eu só não queria enxergar, de fato. Tentei, de formas estranhas, mostrar o meu amor por ela. Mas, o amor é imprevisível. -Como eu disse, será a minha última tentativa. Depois disso, eu arrumo outro amor impossível na faculdade. Ou entro em contato com Emma Watson, quem sabe. -Compra uma fantasia de bruxo, uma varinha. Quem sabe. -Liam riu. -É. Onde está Hannah? Estamos atrasados para o maldito baile. -No quarto, ainda arrumando o cabelo. Tem uma equipe de beleza com ela desde duas horas. -Meu Deus. Espero que Emma não demora tanto assim se arrumando. -Claro que não. Ela deve usar algum tipo de bruxaria da beleza. -p***a, já disse que você é muito chato? -Já, mas não hoje. -nós rimos e depois finalmente entramos no carro. O baile de formatura estava cheio. Eu estava só, as pessoas dançavam umas com as outras, bebiam, conversavam, riam. O clima era ótimo, por sinal. As pessoas pareciam estar felizes, talvez pela nova etapa de nossas vidas, ou simplesmente por estarem com alguém especial, em uma noite especial. Semanas antes da festa, eu confirmei presença com o diretor da escola, também pedindo uma oportunidade para usar o palco. Nem eu mesmo cheguei a acreditar naquilo, mas o fiz. Liam tocou violão, porque, segundo ele, eu deveria concentrar-me apenas em minha voz. Eu a cumprimentei, com um beijo em sua testa, quando caminhava em direção ao palco. Respirei pela última vez antes de começar a cantar. Nossos olhos se encontravam mais uma vez. He takes your hand, I die a little I watch your eyes and I'm in riddles Why can't you look at me like that Olhei para o padre uma única vez, e ele me repreendeu com o olhar. "Não fique nervoso", era o que ele queria dizer, talvez. Os casais dançavam conforme o ritmo doce e romântico da canção, assim como Jennifer e o seu suposto namorado. I hear the beat of my heart get louder Whenever I'm near you But I see you with him Slow dancing Tearing me apart Cos you don't see Whenever you kiss him I'm breaking Oh, how I wish that it was me Foi um momento difícil. Na frase final, uma lágrima ou outra acabou escapando. Por livre e espontânea burrice aguda, ao fim da música, disse, olhando para ela, de forma mais natural possível: dedico essa música a você, Jennifer Fitzgerald. Amo você. Não se esqueça disso. O parceiro de Jenny ficou visivelmente irritado. Ela olhou-me de volta, assustada. Eles começaram a brigar, e então, ele saiu dali raivoso, como um foguete. Em seguida, Fitz também saiu dali, triste, e eu a segui. Ela subiu as escadas em direção ao telhado da escola. Chegando lá, os dois estavam discutindo. Ela chorava. Escondi-me atrás de uma pilastra para que não fosse visto. -Eu senti um clima estranho naquele beijo, antes dele cantar. E depois ele diz aquilo, e você quer que eu fique bem? Você deu esperanças para que isso acontecesse, Jenny? Você o incentivou, ou o fez entender que você também sente algo por ele? É isso? -Não fiz isso. Eu não fiz nada. Eu disse a ele que somos apenas amigos. Sempre disse. -Então eu vou descer e arrebentar esse cara. Qual o problema dele? Jenny, você sabe, eu não brinco com esse tipo de coisa. Eu vou acabar com a vida dele. -Por favor, não. -ela soluçava levemente, abatida. -Não precisa ser assim. Só, só deixa isso para lá, okay? -Ainda defende o miserável. -ele resmungou, impaciente. -Jennifer, seja sincera comigo. Eu vou me vingar desse cara. Ele me tirou de i****a na frente da escola inteira. Isso não vai ficar barato. Todos vão pensar que eu sou... Aquilo, você sabe. -O importante é que nós sabemos que você não é, não foi, amor. Por favor, deixe Louis fora disso. Somos amigos. -Pela forma como o defende diante deste absurdo, fica nítido que não são apenas amigos. Seja feliz, Jennifer. Acabou. -ele disse, virando-se rapidamente. Seus passos na escadas foram tão barulhentos quanto fogos de artifício. Ela caminhou até a grade do telhado. Ventava fortemente, e a festa certamente já estava chegando ao fim lá embaixo. Resolvi deixar a pilastra e ir até ela. Parei ao seu lado, pondo minhas mãos bem próximas as suas. Permaneceu em silêncio, por um bom tempo. Seus cabelos balançavam com o vento, de um lado para o outro. -Eu ouvi tudo. Eu, eu sinto muito. Sinto muito mesmo. -Desculpe, por esses últimos dois anos. Andy é muito ciumento e possessivo. Ele m*l deixava eu falar com os meus amigos. E eu, uma i****a, fazia a vontade dele. -Eu fui um i****a também. Não deveria ter feito isso. -Não faria se eu não tivesse o ignorado por tanto tempo. Eu nunca fui assim. Você sabe, eu sempre fui uma pessoa decidida, que sempre fez e falou o que queria. Mas, eu tenho um outro lado também.  -Que lado? -perguntei, aflito. Sua voz minguava. -Sempre sigo o meu coração, mesmo que ele quebre às vezes. Isso é uma d***a. E foi por isso que acabei me tornando algo que eu não sou. -Então, acho que estamos empatados. -eu disse, e ela finalmente sorriu. -É. Acho que sim. -ela respondeu, secando suas lágrimas. -Sempre estarei aqui por você. Não se esqueça disso. -sussurrei, e nossas mãos se entrelaçaram naquela noite fria e inesquecível. Eu disse que a amava mais uma vez, mas ela não respondeu. Deitou sua cabeça em meu ombro, com os olhos fechados, e eu a abracei. Ela não disse mais nenhuma palavra. Eu não tinha o seu amor, mas, tinha a sua presença novamente. Podia senti-la, finalmente. Não havia mais nada a se fazer. Era apenas eu, ela e a lua.
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