Augusto, gentilmente, apresentou Hanna e Elisa, sua sogra, uma à outra. Hanna, irradiando doçura e bondade, estendeu sua mão em cumprimento a Elisa, demonstrando sua cordialidade. No entanto, uma onda de ciúme percorreu o coração da sogra ao se deparar com a deslumbrante beleza de Hanna, e ela não conseguiu esconder seu desdém ao tocar sua mão de forma rápida e brusca. Com um tom de voz áspero, ela expressou suas expectativas a Hanna, dizendo: "-Espero que você cuide bem do meu neto!"
Percebendo a tensão no ar, Augusto prontamente tomou a iniciativa de intervir. Ele entregou o pequeno Gael nos braços de Hanna, transmitindo confiança e tranquilidade. Com palavras reconfortantes, ele convidou Hanna a segui-lo para dentro da casa, assegurando-a de que não havia motivo para se preocupar com Elisa, afirmando: "- Vamos entrar, Hanna. Eu cuidarei de pegar sua mala. Não se preocupe com Elisa, ela está apenas brincando."
Hanna respondeu com sutileza "-Não se preocupe, Sr. Augusto. E então ele entrou na sala, segurando Gael nos braços."
Intrigado, Augusto questionou sua sogra "-Por que você agiu dessa forma?
Com um olhar penetrante, ela respondeu" - Você acha que eu não percebi a química intensa que existe entre vocês dois! Antes de minha filha partir deste mundo, enquanto ela ainda lutava pela vida naquela cama de hospital, você prometeu a ela que o bem-estar e o futuro de Gael seriam sua prioridade absoluta. Espero sinceramente que você honre essa promessa e não se deixe envolver emocionalmente por essa outra mulher. Caso contrário, prepare-se para enfrentar um verdadeiro inferno em sua vida."
A reação de Augusto foi de completa surpresa diante da maneira inesperada com que sua sogra havia agido. Ele jamais imaginaria que ela seria capaz de expressar tamanho vigor em suas palavras e ameaças.
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Augusto, com sua determinação, decidiu retornar ao seu escritório naquele mesmo dia. Ele compreendeu que, embora a ausência de sua esposa ainda fosse dolorosa, ele precisava enfrentar os desafios e as demandas do mundo corporativo novamente. Afinal, a vida continuava e ele tinha a responsabilidade de prover o sustento e o futuro de seu filho.
Após um período de luto e dedicação exclusiva aos cuidados de seu filho nos primeiros meses após a trágica perda de sua esposa, Augusto estava pronto para retomar sua rotina profissional. Com a passagem do tempo, ele percebeu que era chegada a hora de seguir em frente e voltar ao trabalho, encontrando um novo equilíbrio entre suas responsabilidades pessoais e profissionais.
Antes de partir para seu local de trabalho, Augusto fez questão de chamar Hanna para uma conversa particular. Com gentileza e cordialidade, ele expressou sua preocupação com o bem-estar dela e ressaltou que a casa também era seu lar. Ele a tranquilizou, encorajando-a a desfrutar de um lanche caso tivesse vontade, reforçando que a babá eletrônica estaria disponível em seu quarto caso ela precisasse de algum auxílio. Além disso, Augusto mencionou que, quando o pequeno Gael estivesse dormindo, Hanna poderia aproveitar para descansar também, assistindo TV e, se quisesse, poderia levar a babá eletrônica para a sala, proporcionando ainda mais conforto.
Após ouvir atentamente as palavras de Augusto, Hanna respondeu com respeito e gratidão, mostrando que estava ciente e apreciava a confiança e a generosidade dele. Ela assegurou que seguiria as orientações e se colocou à disposição para qualquer necessidade que surgisse durante o período em que ele estivesse ausente.
Já era final de tarde, quando os raios do sol estavam prestes a se despedir do horizonte, Hanna e Gael, estavam desfrutando de um momento de pura alegria em seu aconchegante quarto. Enquanto brincavam animadamente, algo maravilhoso aconteceu, as primeiras palavras de Gael ecoaram pelo espaço, trazendo uma surpresa indescritível ao coração de Hanna. "-Papa"- sussurrou o pequeno com doçura e inocência.
Instantaneamente, Hanna ficou atônita. Com os olhos brilhantes de felicidade e orgulho, ela não pôde conter sua empolgação e imediatamente pegou o telefone para capturar esse precioso momento e compartilhá-lo com o senhor Augusto, o pai amoroso de Gael.
"-O que foi que você disse, meu amor? Foi 'pai- -pai', não foi? Por favor, fale de novo para que eu possa registrar esse momento mágico para o seu papai."- Com uma voz suave e cheia de amor, Hanna repetia cuidadosamente a palavra "papai" várias vezes, incentivando Gael a repeti-la também.
E como uma melodia doce e encantadora, o pequeno Gael não apenas repetiu a palavra "papai" uma vez, mas várias vezes, enchendo o ambiente com sua vozinha adorável e trazendo um sorriso radiante ao rosto de Hanna.
Hanna irradiava uma alegria indescritível ao ter registrado aquele momento de pura magia, e com imensa gratidão, decidiu compartilhar o vídeo com Augusto, acompanhado da legenda: "Embora não possa afirmar com certeza se estas foram as primeiras palavras que o Gael proferiu, não pude deixar de enviar este momento especial para você!"
Enquanto Augusto se encontrava imerso em um mar de papéis e tarefas que exigiam sua atenção, um som de notificação rompeu o silêncio. Curioso e um tanto intrigado, ele agarrou seu celular e, ao vislumbrar o nome de Hanna na tela, questionou-se internamente: "Será que algo aconteceu? Por que será que ela está me enviando mensagens neste momento?"
Sem perder tempo, ele abriu rapidamente as mensagens e, ao dar play no vídeo, seus olhos se encheram de lágrimas de emoção. Afinal, ali estava o pequeno Gael, pronunciando de forma doce e clara a palavra "Papai". Era um momento mágico e inesquecível. No entanto, um turbilhão de sentimentos invadiu o coração de Augusto nesse instante, levando-o a questionar se a decisão de retornar ao trabalho havia sido a mais acertada. Afinal, ele acabara de perder as primeiras palavras de seu amado filho.
Movido por uma mistura de gratidão e emoção, Augusto sentiu a necessidade de expressar sua sincera gratidão a Hanna. Ele enviou uma mensagem agradecendo-a por ter registrado aquele momento único e por ter compartilhado com ele.
Um sentimento de alegria invadiu o coração de Hanna quando ela recebeu a mensagem de Augusto. Foi uma lufada de ar fresco para ela, pois finalmente havia uma resposta dele. À medida que o tempo passava, a noite começou a se aproximar rapidamente, e Hanna sabia que precisava cuidar do Gael. Sem perder tempo, ela alimentou o pequeno ser, garantindo que ele estivesse satisfeito e bem nutrido. Em seguida, deu-lhe um banho relaxante, permitindo que todos os seus cuidados amorosos o embalassem para um sono tranquilo.
No entanto, Hanna não tinha ideia de quando Augusto chegaria. A incerteza pairava no ar, deixando seu coração repleto de dúvidas e preocupações. Determinada a tornar o ambiente agradável e acolhedor, Hanna decidiu limpar a bagunça que havia se acumulado durante o dia. Com dedicação e esforço, ela organizou cada detalhe, garantindo que tudo estivesse impecável e convidativo.
Hanna também se preocupou com a alimentação de Augusto. Ela sabia o quanto era importante que ele se Alimentasse adequadamente após um longo dia de trabalho. Com cuidado, ela preparou algo delicioso e saudável para ele desfrutar quando chegasse.
Era por volta das 11 horas da noite, um momento em que a escuridão envolvia a casa e o silêncio se instalava. Hanna, sentindo o cansaço se aproximar, decidiu que era hora de se entregar ao doce abraço do sono. Enquanto ela se acomodava na cama, Augusto retornava ao lar, trazendo consigo o eco dos passos apressados pela rua.
Sem perder tempo, Augusto dirigiu-se diretamente ao banheiro, buscando aliviar o peso do dia em um banho revigorante. A água quente escorria pelo seu corpo, levando embora o cansaço e as preocupações. Após o banho restaurador, ele caminhou em direção ao quarto de Gael, um lugar repleto de ternura e serenidade. Ao adentrar o quarto, Augusto se deparou com o pequeno Gael, que descansava tranquilamente em seu mundo de sonhos. Um sorriso carinhoso se formou em seus lábios enquanto ele se aproximava do menino. Com uma voz suave, ele sussurrou palavras de amor e desejo de uma noite tranquila, como uma melodia de ninar.
Em seguida, Augusto seguiu para a aconchegante cozinha, onde planejava saciar sua fome com uma refeição simples. Ao chegar na cozinha, ficou surpreso ao encontrar a mesa elegantemente posta, como se uma fada tivesse passado por ali. Embora os pratos não estivessem repletos de iguarias, Hanna havia deixado uma pequena porção de comida para ele, um gesto de amor e cuidado que aqueceu seu coração.
"-Não posso acreditar que ela pensou em mim e deixou comida pronta"- expressou Augusto, sua gratidão transbordando em suas palavras. Enquanto saboreava cada garfada, ele pensava nas palavras que proferiria a Hanna no dia seguinte, pois esse gesto simples e significativo merecia ser reconhecido e retribuído.