Saio do escritório de mãos dadas com o mafioso e m*l posso
acreditar no que está acontecendo.
Estou vendendo minha virgindade para um dos homens mais
perigosos da Itália e isso é sujo.
Mas a sensação do seu toque mandou minha sanidade para o
inferno e, apesar de toda a monstruosidade da circunstância, meu
coração está acelerado. Não de medo, vergonha ou arrependimento. Mas
de ansiedade, curiosidade e desejo para saber o que faremos dentro do
quarto.
É, talvez eu seja suja também.
Ele me leva até o cassino e todos os olhares se voltam para nós,
principalmente para nossos dedos enlaçados. Ele caminha com
imponência e poder ao meu lado e muitos abaixam a cabeça assim que
cruzam nosso caminho, em respeito ao mafioso.
Chegamos ao bar, onde seus dois irmãos conversam com um
homem grisalho de terno. Dante Salvatori, o famoso Don italiano, dá um
sorriso debochado, como se já esperasse que o irmão fizesse isso.
Quando os três Salvatori apontaram a arma para mim no
escritório do cassino, eu quase perdi o ar. Meu coração disparou, minhas
mãos suaram frio, e eu sabia que qualquer palavra ou movimento errado
me levaria à morte.
Eu os conhecia pelas revistas e a fama dos mafiosos percorre
cada canto da Itália, mas vivenciar presencialmente a ameaça dos
homens que ocupam o topo da hierarquia de uma das mais perigosas
máfias do planeta foi muito mais intenso.
Mas eu tinha um motivo maior para lutar. Precisava lutar pela
vida do meu pai, a única família que me restou. Já que perdi o contato
com todos os meus outros familiares quando saímos do Marrocos.
Dante e Dereck se encaram por alguns segundos, em uma
comunicação silenciosa. Em seguida, o Don italiano balança a cabeça em
concordância e olha para mim.
Seu olhar é letal. Intenso, perigoso, assim como o de Dereck.
Um arrepio percorre meu corpo assim que me dou conta de que
estou no meio dos maiores assassinos do país.
Mas não há mais volta. Já prometi meu corpo ao mafioso e
preciso me entregar a ele para salvar a vida do meu pai.
— Espero que saiba o que está fazendo. — Dante fala, com seu
tom sério e firme.
Balanço a cabeça e Dereck me tira do cassino, me levando até um
carro preto de luxo e deixando toda a movimentação para trás.
— Para onde vamos?
— Para um dos meus hotéis — responde, acelerando e fazendo o
motor do carro roncar.
Olho pelo retrovisor e vejo que vários SUVs pretos nos
acompanham. Estão nos perseguindo?
— São meus homens — explica, sem que eu precise perguntar.
— Você sempre precisa de proteção?
— Muita gente quer me matar.
Estremeço com sua resposta e ele percebe. Só a palavra morte me
causa arrepios.
— Olhe para mim. — Ordena e faço o que ele diz. Encaro seu
rosto e seus olhos me fitam, me devoram, como se ele fosse capaz de
penetrar minha mente apenas com um olhar. — Você sabe quem sou,
Elisa?
— Um bilionário, dono de várias empresas.
— Não foi essa minha pergunta e você sabe disso.
Suspiro fundo.
— Alguém importante na máfia — respondo.
— Mais do que isso. Sou um assassino. Já torturei e matei mais
homens do que consigo me lembrar. Então se a morte é algo que te
assusta tanto, deveria ter pensado nisso antes de me procurar.
Um sorriso de lado surge em seu rosto c***l e o mafioso volta a
olhar para a pista, cortando os carros em alta velocidade.
Chegamos a um hotel de luxo e ele me ajuda a descer do carro.
Sua mão grande e possessiva agarra minha cintura como se eu fosse sua
propriedade, e as pessoas abaixam a cabeça assim que cruzam nosso
caminho.
Só a presença de Dereck Salvatori faz toda a Itália estremecer.
Estamos cercados por seguranças e vamos direto para um
elevador. Ele aperta o botão do último andar e chegamos a uma suíte
master, que ocupa todo o piso.
A suíte é, na verdade, um apartamento equipado com móveis de
luxo e eletrodomésticos de última geração.
As paredes são todas de vidro e é possível ver a cidade inteira de
dentro do quarto. O piso é impecavelmente branco e limpo, e reflete a
luz vinda dos lustres de cristal, responsáveis por iluminar a suíte de
luxo.
Nunca vi tanta coisa cara de uma vez só, mas não é isso que mais
chama minha atenção. É Dereck.
O mafioso tira o paletó e pega uma garrafa de vinho, se sentindo à
vontade no local.
O homem é lindo. Seus músculos estão marcados pela camisa
social preta e seus quase dois metros de altura deixam sua aparência
ainda mais perigosa.
— O que quer beber? — Pergunta.
— Nada, obrigada — sussurro, abraçando meu corpo.
Ele enche duas taças com vinho e me entrega uma.
— Beba. Se vai t*****r comigo, precisa relaxar. Sou grande e não
quero que sinta dor além do necessário.
— Vai doer muito? — Pergunto, me odiando ao ver a ingenuidade
da minha pergunta. É claro que vai.
Dereck sorri com malícia e se aproxima, até parar a centímetros
do meu corpo. Preciso inclinar a cabeça para encará-lo.
— Se estiver melada, apenas o suficiente. Depois que se
acostumar com meu tamanho, vai ficar gostoso. Eu prometo — sussurra
com a voz rouca e algo dentro de mim se aquece instantaneamente.
Minha respiração fica descompassada e ele passa a língua pelos
lábios, como se quisesse me devorar.
— Posso ver se está melada, Elisa?
Meu rosto cora. Sinto minha pele queimar pela vergonha, mas seu
olhar intenso me hipnotiza e tudo o que faço é balançar a cabeça em
concordância.
— Então abra as pernas para mim, princesa. — Obedeço e ele
sorri. — Garota obediente. Agora beba o vinho.
Pego a taça de sua mão e dou um gole na bebida doce. Sinto sua
mão pesada e quente descendo pela lateral do meu corpo, alcançando a
barra do meu vestido.
Seu toque é firme e logo seus dedos estão no interior da minha
coxa.
Na minha virilha…
Oh, Deus.
Lembre-se de respirar, Elisa.
Prendo a respiração quando ele empurra minha calcinha para o
lado. Não consigo conter um gemido quando ele toca minha b****a com
a ponta do seu dedo grosso.
— p***a, você está pingando. — Rosna, espalhando minha
lubrificação pelas dobras e me causando uma sensação que nunca senti
antes.
Dereck tira a mão da minha i********e e choramingo, sentindo
sua falta.
— Está tão ansiosa assim pra ser fodida? — Ele sorri e leva os
dedos até o nariz, aspirando meu cheiro. Em seguida, ele chupa os dedos
com indecência, provando meu gosto.
Minha calcinha, que já estava molhada, encharca ainda mais.
Eu deveria ficar constrangida, mas não consigo controlar o que
sinto e cada atitude obscena do mafioso me excita como nada foi capaz
de fazer.
— Presumo que não usa anticoncepcional — diz.
— Não.
— E como é virgem, acredito que também não tenha nenhuma
doença.
— Não.
Ele balança a cabeça em concordância. Dereck enlaça os dedos
nos meus e caminha comigo até a cama no meio do quarto. O mafioso se
senta no colchão e fico em pé diante dele. Ele é alto e musculoso, então
mesmo sentado, nossas cabeças ficam quase alinhadas.
— Nunca fodi ninguém sem camisinha. Estou limpo. Acredita em
mim?
— Sim — sou sincera, mesmo sem saber o motivo de confiar nele.
Ele é mafioso e c***l, mas o som da sua voz é hipnotizante. Tão
hipnotizante que poderia me convencer a fazer qualquer absurdo desde
que fosse ele a dar o comando.
Dereck analisa meu corpo com cobiça e desejo. Não sei o que há
de errado comigo, mas cada parte de mim pulsa, ansiando por ele.
— Não quero te f***r com camisinha, princesa. Quero pele com
pele. Tudo bem por você tomar a pílula do dia seguinte?
Concordo com a cabeça. É minha primeira vez, talvez seja melhor
desse jeito, sem nada.
— Certo. Providenciarei isso, então.
Uma sombra de sorriso surge em seu rosto. c***l e lindo na
mesma proporção.
— Beba mais vinho — comanda e estou tão nervosa que começo
a virar todo o líquido de uma vez. Ele tira a taça da minha mão,
colocando-a no chão. — Não. Não vou trepar com você bêbada. Não sou
abusador.
Dereck semicerra os olhos ao encarar meu rosto.
— Ok, garota. Você é linda e estou louco pra comer você. E
mesmo não sendo piedoso, te darei uma última chance.
Fico em silêncio, esperando que continue.
— Elisa, se quiser ir embora, não vou forçar você a transar
comigo — suspira. — A dívida do seu pai será perdoada de todo o modo.
— Por quê? Não me quer?
— Talvez isso responda sua pergunta. — Dereck pega minha mão
e a leva direto para sua calça, mostrando o volume grande e duro do seu
pau.
Céus! Ele é enorme. E grosso.
— Está duro — sussurro, com a respiração entrecortada.
— É assim que você me deixa, Elisa. Estou louco. Mas não vou
transar com uma mulher sem que ela queira. Sexo é prazer, t***o, não
obrigação.
— E-eu…
— A dívida será perdoada, você pode ir embora se quiser —
reforça. — Mas se escolher ficar, será gostoso. Para nós dois. Eu te
garanto.
Sua voz rouca, seu cheiro… seu olhar safado, o toque quente das
suas mãos… tudo nele é um convite.
Que meu corpo não consegue recusar.
E é por isso que mesmo tendo a chance de ir embora, quero ficar.
Quero ficar e pertencer ao mafioso c***l.
E eu sei que é um erro.
Meu corpo está febril, implorando por ele.
Não consigo expressar em palavras o que sinto, porque é errado e
impuro, mas em um ato de coragem, seguro seu rosto c***l entre minhas
mãos e colo nossas bocas.
O mafioso fica parado, entendendo o que quero, mas assim que
coloco minha língua, Dereck se levanta e agarra minha nuca com
pressão. Ele me beija com selvageria e sua língua me invade, sem pedir
permissão.
Ele puxa meu cabelo com força e inclina minha cabeça para trás,
obrigando-me a recebê-lo do jeito que necessita.
E eu cedo, apreciando a sensação de ser tocada e beijada pela
primeira vez.
Pelos segundos que sua língua dança com a minha, tudo some ao
meu redor. Me esqueço da dívida do meu pai, me esqueço das minhas
promessas e, principalmente, me esqueço do perigo que é beijar esse
homem.
Meu coração dispara quando ele usa a mão livre para abaixar
meu vestido, e de forma inconsciente eu o ajudo a me despir; calor
tomando todo o meu corpo.
Fico só de calcinha e ele se afasta, analisando meu corpo como
um predador prestes a devorar a presa.
— Elisa… — sua voz sai rouca, como se ele quisesse se controlar.
— Você é uma tentação, garota.
Abraço meu corpo para tentar me esconder. Seu olhar me
constrange e nesse momento me sinto ridícula com minha calcinha de
renda. Não estou acostumada a usar esse tipo de roupa e por sorte
Sienna me presenteou com a peça em meu último aniversário, senão eu
não teria nada decente para colocar.
Com certeza não chego nem aos pés das mulheres sexys e
experientes que vão para a cama com ele.
— Não — rosna. Seu tom é duro e firme. Ele afasta minhas mãos
do meu corpo e me olha ainda mais; desejo e t***o saltando dos seus
olhos. — Não se esconda de mim, princesa. Seu corpo é a perfeição do
caralho.
— Podemos fazer com a luz apagada?
— Elisa, eu vou te ver pelada e isso não está em discussão.
— Estou com vergonha — confesso.
— Se eu também tirar minha roupa, te ajuda?
Confirmo com a cabeça e prendo a respiração quando ele dá um
passo para trás e começa a desabotoar a camisa social preta.
O mafioso de quase dois metros não para de me olhar nem por
um segundo, e à medida que tira sua roupa, vejo o peitoral musculoso e
forte, além das tatuagens e cicatrizes que preenchem sua pele.
Há um escapulário pendurado em seu pescoço e apesar de saber
que Dereck Salvatori é um assassino, o acessório parece se integrar
perfeitamente à imagem dele.
Tudo nele grita perigo, crueldade e poder. Eu deveria fugir, mas
minha calcinha está encharcada e meus s***s doem.
Quem eu quero enganar? Eu o desejo.
Dereck se aproxima de novo e seu cheiro me deixa inebriada. O
perfume masculino, misturado ao whisky e cigarro apenas reforçam que
não estou lidando com um menino, estou diante de um homem.
Um homem dezesseis anos mais velho.
Meu rosto cora e desvio o olhar, mas ele segura meu queixo até
que eu o encare de novo.
— Olhe para mim, Elisa — fito seus olhos vazios, obecedendo
sua ordem. — Me toque. Conheça meu corpo.
— Como?
— Vou te ensinar como gosto, mas primeiro deixarei que explore.
Minha boca saliva ao analisar cada detalhe do seu corpo
promíscuo e perfeito. Levanto a mão, tímida, e toco seu peitoral definido,
sentindo a pele quente debaixo dos meus dedos.
— Não precisa ter medo. Não vou te machucar.
— Você é um homem perigoso.
— Não com você — fala baixinho, a voz rouca entrando em meus
ouvidos como uma melodia perfeita. — Agora não é o mafioso que está
diante de você, Elisa. É seu homem.
Suas palavras me encorajam e começo a tocá-lo mais. Uso minhas
mãos para explorar seu peito, seu abdômen perfeito e os braços
musculosos, e Dereck fica parado, permitindo que eu faça o que quero.
Passo a unha no cós da sua calça e ele rosna. Olho para baixo e
vejo que o volume está ainda maior. Seu p*u ficou mais duro.
Meu rosto cora no mesmo instante e tiro as mãos dele, dando um
passo para trás. Eu o quero, mas sou virgem e não sei se consigo lidar
com um homem experiente como ele.
— Eu… eu não sei fazer nada.
— Eu vou te ensinar, princesa. E seu corpo vai fazer o resto. Sexo
é instinto.
Dereck inclina a cabeça para o lado e coloca as mãos no bolso da
calça social, semicerrando os olhos para me analisar.
— O que costuma fazer pra ficar relaxada?
— Gosto de dançar.
Uma sombra de sorriso aparece em seu rosto e ele pega seu
celular, abrindo um aplicativo de músicas e me entregando em seguida.
— Escolha algo. Você vai dançar para mim.
Meu coração acelera, porque danço em meu quarto, sozinha, e
nunca fiz isso na frente de ninguém antes.
— Eu…
— Não foi um pedido, Elisa. Foi uma ordem direta. Você dançará
para mim.
Ele se afasta e se senta em uma poltrona, me encarando com seus
olhos perversos. Respiro fundo e escolho uma música.
“Ma Raison - Nej” começa a tocar e balanço meus quadris,
olhando para ele. Rebolo devagar e passo minhas mãos por meu corpo,
em uma coreografia improvisada e sensual.
Danço para o mafioso e ele não desvia o olhar do meu corpo nem
por um segundo. Há fogo e desejo em seus olhos, e uma onda de prazer
toma conta de mim ao pensar que Dereck Salvatori, um dos homens mais
poderosos da Itália, está sentado à minha frente apenas para me ver
dançar.
O mafioso não espera a música acabar. Ele se levanta e me puxa
para si, reivindicando-me com selvageria.
— Você está me fazendo perder a mente.
Dereck volta a me beijar e me toma como se eu fosse tudo o que
ele precisasse agora. Nossas línguas dançam e cada ponto que ele me
toca me faz pulsar ainda mais.
Eu o quero. Ardentemente, o desejo.
Porque isso pode até ser feio e sujo, mas desde que vi Dereck
Salvatori pela primeira vez, ele nunca saiu da minha cabeça.
Sonhei com ele, pesquisei sobre sua vida e acompanhei cada
notícia sua enquanto ele crescia em poder e aumentava seu patrimônio
na Itália.
O que era curiosidade de criança se tornou uma obsessão na
adolescência e não teve um dia sequer que deixei de pensar nele.
E essa parte ingênua, que ainda vive dentro de mim, esperou a
vida inteira por esse momento.
O momento em que eu o veria de novo. O momento em que eu
descobriria o que ele faria quando me reencontrasse.
Dereck afasta nossas bocas e me encara com fome e desejo.
— Se deite na cama, Elisa — manda e eu obedeço, deitando-me
de barriga para cima. — Você já fez sua escolha, pequena. Te farei minha
e não há mais como voltar atrás.