A longa mesa de carvalho escuro ocupava o centro da sala subterrânea. As paredes estavam cobertas por tapeçarias antigas, representando os brasões das famílias que, há décadas, formavam a espinha dorsal da máfia italiana. Cada cadeira ocupada naquela manhã significava uma lealdade — ou uma traição mascarada. Isabella estava de pé, ao lado de Alessandro. Vestia preto dos pés à cabeça, como uma rainha em luto por uma era prestes a morrer. — Obrigada por virem — ela disse, firme. — Sei que alguns foram ameaçados. Outros subornados. E outros… já escolheram um novo lado. Olhos se moveram, nervosos. Marco estava de pé ao fundo, braço engessado, mas com a pistola visível na cintura. Elena Bastiani, sempre elegante, observava tudo com a calma de quem já sobrevivera a guerras. Lorenzo estava ali

