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Meu Inimigo é um Mafioso

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Sinopse

Atena Oliveira sempre foi uma mulher forjada na determinação. Brasileira, nascida em Curitiba, criada entre disciplina militar e a sombra da perda, ela aprendeu que sentir é fraqueza, e fraqueza mata. Quando seu irmão gêmeo é assassinado em Barcelona, a polícia chama de “acidente”, mas Atena descobre que há sangue de máfia por trás. Ela passa dois anos em treinamento, conquistando contatos perigosos e arquitetando um plano: vingar Ares, custe o que custar.

Mas o nome que ela persegue, Dom Castilla, é mais do que um alvo. Dom Castilla é o fantasma mais temido da Europa: um mafioso implacável, elegante e frio, que transformou a dor em poder. Entretanto, o que quase ninguém sabe, é que ele vive uma vida dupla, usando seu segundo nome e sobrenome. Nas ruas de Barcelona, Vicente Fernandez é apenas um milionário, com inúmeras empresas pelo país.

E quando Atena cruza o caminho dele, o jogo muda. Ela é tudo o que ele deveria destruir. Ele é tudo o que ela jurou odiar.

Entre o fogo da vingança e o desejo que consome, Atena vai descobrir que nem sempre o inimigo é quem parece ser e que o amor, quando nasce entre as cinzas e as balas, pode ser a mais c***l das guerras.

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Capítulo 01 - Notícia.
Atena Oliveira 21/03 | Curitiba, Paraná Dois anos atrás A luz branca da lâmpada de emergência piscava em intervalos irregulares, projetando sombras trêmulas sobre o mapa topográfico estendido à minha frente. Cada vez que a claridade falhava, o contorno das montanhas desaparecia, e o silêncio da madrugada se tornava quase sufocante. O ar cheirava a metal, suor e café requentado, uma mistura que grudava na garganta e parecia impregnar o uniforme. Eu sentia um aperto estranho no peito, o tipo de sensação que vem sem explicação, mas que insiste em não ser ignorada. Algo estava errado. Não sabia o quê, nem onde, mas aquela inquietação me perseguia desde o início do dia. Ainda assim, decidi engolir o pressentimento. No Exército, superstição não te salva, foco e controle, sim. Mantive os olhos no mapa, acompanhando com o dedo a linha vermelha traçada com precisão quase cirúrgica: a rota da próxima patrulha. Cada ponto, cada curva, cada sigla codificada ali podia significar vida ou morte. — Oliveira. — A voz do Tenente Silva rompeu o zumbido do gerador. Grave, impaciente, mas com uma ponta de respeito que poucos conseguiam arrancar dele. — Você garante que o grupo de combate dois tem autonomia total de bateria pro rádio até o ponto Eco-Delta? Não ergui o olhar. Meus dedos ainda estavam sobre o painel do rádio, checando as conexões. O último equipamento da noite. — Garantido, Tenente. — minha voz saiu firme, mesmo que mais baixa do que eu pretendia. — Troquei as baterias de backup e mandei o Cabo Torres rechecar o código de criptografia. Se algo falhar, a culpa é dele. Silva soltou um meio sorriso, sem mostrar os dentes. Ele sabia que eu não errava. Eu era a melhor Terceiro Sargento dali. Sabia que, se eu dizia “garantido”, era porque eu tinha conferido tudo três vezes. Não por zelo, mas por obsessão aos detalhes. — Ótimo. — respondeu, antes de se afastar. As botas dele ecoaram no piso de cimento até desaparecerem pelo corredor. A sala de instrução ficou em silêncio. Só o tic-tac distante de um relógio e o chiado de um rádio que captava interferência. Respirei fundo e me encostei na mesa. A nuca latejava de exaustão. O turno tinha começado às seis da manhã e já passava das dez da noite. O corpo pedia descanso, mas a mente se recusava a parar. Peguei o celular largado sobre a prancheta, o único objeto que destoava do cenário militar à minha volta. Tela trincada, capa gasta, e ainda assim, um elo com o que restava da minha vida fora dali. Sorri de canto com a ironia: aquela coisa frágil era o que me mantinha inteira. Na tela bloqueada, uma notificação de mensagem piscava. Era de Ares. Meu irmão. Meu espelho. Meu oposto perfeito. Em Barcelona, por ser cinco horas a frente, já era nosso aniversário. Vinte e cinco anos. E, como no ano passado, ele não estava aqui. Fazia um ano que eu não o via pessoalmente, desde a última visita dele ao Brasil. Todo ano ele fazia um esforço e vinha ver eu e nossa mãe. Mas, os encontros em família já não eram o mesmos desde a morte do nosso pai, que tinha deixado um vazio impossível de preencher. O infarto veio sem aviso, e Ares nunca superou. O brilho dele se apagou um pouco naquele dia, e o meu... bem, o meu se transformou em ferro. Desbloqueei o celular e abri a última conversa. Ele tinha mandado uma foto poucas horas antes: o mar de Barcelona atrás dele, o sol batendo nos ombros bronzeados, aquele sorriso de quem fingia estar bem. Abaixo, a mensagem piscava na tela: “Se liga, minha cópia. O sol aqui tá queimando, mas aposto que você tá marchando debaixo dele com essa maldita roupa quente.” Ri sozinha. Era tão típico dele. Sempre debochando, sempre tentando arrancar de mim uma risada, mesmo sabendo que eu odiava ser chamada de “cópia”. “Você é a versão mais brava de mim”, ele dizia. E eu respondia: “E você é a minha parte burra.” Fechei os olhos por um instante, sentindo o cansaço pesar. O cheiro do café velho, o ruído do rádio, o frio entrando pelas frestas. Tudo parecia distante. O coração apertou de novo, mais forte dessa vez. Talvez fosse só saudade. O toque do celular cortou o silêncio da sala como um estalo seco. Por um instante, achei que tivesse imaginado — ninguém me ligava durante o serviço. Mas quando o som ecoou de novo, senti o coração disparar. Peguei o aparelho com um reflexo automático. A tela piscava com um nome que fez o sangue sumir das minhas veias: Mãe. Meu corpo congelou. Ela nunca me ligava quando eu estava no quartel. Nunca. A regra era clara — só mensagens rápidas quando eu podia responder. Então por que agora? Um turbilhão me atravessou: será que ela estava doente? E se tivesse acontecido algo com o meu padrasto? Ou com... não. Nem ousei pensar. Atendi antes mesmo de raciocinar. — Mãe? O que aconteceu? — minha voz saiu num fio trêmulo, quase um sussurro. Do outro lado, silêncio. E então... — A... Atena — a voz dela soou arranhada, rouca de choro. — Pelo amor de Deus... escuta... Um arrepio subiu pelas minhas costas, me deixando sem ar. A sensação era física, como se alguém tivesse aberto um buraco dentro do meu peito. Levantei da cadeira num pulo, o rádio ainda chiando atrás de mim, e fui até a janela — precisava de ar, qualquer coisa que me lembrasse que eu ainda estava viva. — Mãe, fala devagar. O que aconteceu? — pedi, tentando manter a voz firme, mas a urgência já me traía. Ouvi o som abafado de um soluço. Outro. E mais outro. Cada um deles parecia um golpe. — Você... precisa vir pra casa, Atena — ela sussurrou, entrecortada. — Eu preciso de você aqui... O chão pareceu ceder sob meus pés. — Mãe, pelo amor de Deus, fala! Houve um silêncio curto, pesado. Depois, as palavras vieram como uma sentença: — O Ares... ele... o Ares morreu. Tudo dentro de mim parou. O ar sumiu, o som sumiu, o mundo simplesmente... desabou. E pela primeira vez em muito tempo, eu não soube como respirar.

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