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PUNIÇÃO / PARTE 2

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seconde chance
contra-ataque
arrogante
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escritório/local de trabalho
amadurecimento
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intro-logo
Sinopse

A história de Vic e Christopher continua. Um amor tão árduo, que enfrentou as maiores batalhas para prosperar, é colocado a prova novamente. Victoria é manipulada por seu ex namorado, fazendo o marido desacreditar de todo o casamento com o surgimento de uma possível traição. Agora, ela tem que provar que não mentiu e traiu.

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01
Após o banho juntos, que certamente extrapolou os quinze minutos de Elliot, voltamos para o quarto. Visto um short e camisa do Christopher, me sinto protegida pelo tecido banhado em seu perfume. Seco o cabelo, usando uma toalha, em frente ao espelho do closet. Olhando meu reflexo, viajo para o momento em que estava estática e refém do Jason. Eu parecia imunda e sangrenta, e mesmo assim ele se atreveria a me tocar. Tantas coisas poderiam acontecer… Meus pensamentos horripilantes param quando Christopher chega. Ele se posiciona atrás de mim, e toca meu braço direito. Ele não quer me tocar intimamente, sabe que estou pensando em algo recente e doloroso. -"oi" sou a primeira a dizer algo. Quero mostrar que estou melhor do que aparento. É como se só agora eu estivesse acreditando no que aconteceu. Meu rosto está um tanto quanto pálido com a sensação de quase morte que enfrentei ainda hoje. -"oi...linda" sua voz está suave. Eu sou apenas um vidro sensível, repleto de rachadura profundas, fácil de ser quebrado.  Christopher alcança a toalha que está em minhas mãos e, tão gentilmente quanto pode, ele começa a secar meu cabelo. Suas mãos guiam a toalha pelos fios como um conforto que ele quer me dar, mas não sabe como fazer de outra forma. Eu relaxo, de verdade. Prendo os demônios em celas abaixo do meu âmago e me entrego aos cuidados do homem mais importante no meu universo. -"minha mãe quer avaliar você. Tudo o que aconteceu...ela está preocupada" Christopher diz. É bom saber que todos querem cuidar de mim agora. Existem pessoas completamente diferentes de Peterson. -"tudo bem" respondo. Por mais que eu queira ficar aqui nesta bolha, recebendo todo amor que meu marido quiser me dar, eu devo isso às pessoas lá fora. Devo atenção e agradecimentos. -"hum" deixo um suspiro de contentamento escapar dos meus lábios. É tão reconfortante que me leva à dias atrás, quando esta merda estava fora das nossas vidas. -"pronto" ele sussurra abafado contra meu cabelo. Sua voz ecoa no meu corpo, fazendo-me desejar um pouco mais deste precioso toque. Não quero me sentir fria e sozinha, mesmo tendo apenas centímetros de distância. Desejo seu toque, seu beijo, seus lábios… Vejo nosso reflexo juntos através do espelho. Christopher não me toca, está com medo do que minhas feições irão lhe dizer, se o fizer. Ele sabe que todo peso da situação só me atingiu agora, e não quando estava me comendo à quinze minutos atrás. -"eu preciso de você" afirmo. Ele se aproxima, e sua única ação é um abraço semi-apertado. Seus olhos nunca abandonam os meus, sempre buscando uma direção para seguir.  Christopher aperta nossos corpos um contra o outro, como se estivesse entendendo que eu posso e preciso ter ele por perto.  -"Oh, Vic, as últimas horas foram as piores da minha vida. Nem quando você me deixou eu me senti tão m*l, tão impotente…" ele assume. Sou toda ouvidos agora, compreendendo sua versão do que aconteceu.  Christopher molha os lábios antes de continuar. -"Quando você me abandonou, eu sabia que estava segura e que mesmo assim poderia te proteger. Mas hoje, ou melhor, ontem, o medo de perder você, de nunca mais olhar para seus olhos...o que seria de mim, Vic?" Ele franze a testa com a pergunta que nenhum de nós pode ou quer responder. -"nós estamos juntos agora. Você não precisa pensar no que seria sem mim" minha voz soa falha e cansada, como eu realmente estou.  Uma corrente elétrica nos puxa um para mais perto do outro, e essa corrente está aqui agora, mesclando nossas almas e nos fazendo um só.  -"eu estava pronto para matar Jason se o que eu imaginei fosse real. Meu medo estava latejante, linda. E agora você está aqui, como um anjo feito especialmente para mim" Christopher murmura. Sua voz está embargada e noto que ele está como eu. Nós estamos refletindo agora sobre o que não podíamos parar para pensar antes. Ele estava louco para me encontrar e ter este momento de paz comigo, assim como eu. Volto meu corpo para ele e o beijo. Ergo os lábios até encontrar os seus, e quando os encontro, exploro sua boca com minha língua. Nosso beijo é suave e apaixonado, pois precisamos disso. Christopher está tenso e surpreso, m*l sabendo discernir o que sente. E, sinceramente, eu também não sei. Pode ser o calor do momento nos atraindo para um contato que adoramos, ou o amor gritando que precisamos desta proximidade.  -"eu quero você agora" ele sussurra. Seja o que for, este ímã que nos mantém próximos está em total atividade.  Suas mãos emolduram meu rosto, uma de cada lado. Seus olhos encontram os meus quando o beijo termina, somente para uma troca de palavras carregada de emoções. -"por Deus, Vic! Pare de morder o lábio" ele pede. Christopher se ocupa puxando meu lábio inferior d'entre meus dentes. Um gemido abafado abandona meus lábios, assim como o calor desenrola em meu ventre. Ele segura minha cintura com uma mão e a outra puxa gentilmente meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás, lhe dando livre acesso à garganta. Christopher leva seus lábios até o meu pescoço, e deposita vários beijos ao longo da pele sensível e, agora, formigando.  Inclino a cabeça para lhe permitir. Eu quero aproveitar este toque consciente. Antes eu estava mergulhada em sensações que não posso explicar, eu o queria para me aliviar de muitas coisas. Agora eu o quero simplesmente porque o amo. Seu dedo corre até meus m*****s, apertando e circulando com o indicador em volta. Arqueio as costas para empurrar meus s***s mais próximo às suas mãos.  -"Paciência, Sra. Blanc. Tudo ao seu tempo" Ele pega a barra da blusa e lentamente sobe até que saia pela minha cabeça. Estou ofegante, totalmente cansada e esgotada, porém eu o quero muito, eu sempre o quero!  -"Victoria, seu perfume é celestial" murmura respirando profundamente meu aroma. Eu me endireito para encarar seus olhos cinza escurecendo, hipnotizada pelo amor e luxúria que eles me transmitem. Christopher agarra meu braço e puxa-me, me beija apaixonadamente, fazendo nossas línguas baterem uma contra a outra com voracidade. Todo ar é sugado dos meus pulmões e ambos estamos sem fôlego quando ele me solta.  É desse toque que ele precisa. Levando as mãos até a barra da camisa que visto, ele a retira. Estou confortavelmente nua acima da cintura. Ele morde meu lábio, forte! Eu gemo passando minha língua onde seus dentes deixaram levemente dolorido. Christopher desce sua boca até meus s***s, circulando sua língua ao redor do mamilo, que endurecem sob seu toque.  -"Christopher" chamo, desejo, imploro, clamo... -"eu sei, linda, eu sei" sussurra enquanto prende meu mamilo entre seus dentes. Christopher posiciona seus dedos nos botões do meu short e o abre com agilidade. Em um momento me vejo livre do short, estando apenas com sua cueca. -"oh Sra. Blanc, você fica extremamente deliciosa na minha roupa. Eu sou um sortudo filho da p**a" são suas palavras ao me ver usando sua cueca. Sua boca continua descendo. Ele mergulha a língua no meu umbigo, depois arrasta ela ao longo do meu corpo, até chegar no ápice das minhas coxas. Eu suspiro quando ele beija castamente meu sexo, sinto sua respiração quente contra a pele sensível.  -"ah" um suave sussurro sai por entre seus lábios quentes. É como se eu pudesse ver sua imaginação trabalhando com o que ele tem em frente aos olhos. Christopher abre os botões da sua camisa e à deixa cair no chão. Agora ele veste apenas uma calça jeans e espero que nada além dela. Ele corre os dedos pela parte exterior da minha perna e, ao chegar na altura da cintura, Christopher me puxa um passo para perto de si. Ele beija novamente, logo acima da cueca.  Ele retira seus sapatos e meias, colocando com cuidado no chão, perto da sua camisa. Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás, esperando sua boca entrar em contato com minha pele. Christopher desce a cueca que eu visto lentamente pelas minhas pernas, roçando seu nariz no meu sexo. Eu prendo a respiração imediatamente, desejando e implorando pelo seu toque. -"nunca me canso do seu cheiro e seu gosto" afirma. Sinto a ponta da sua língua tocar meu sexo com degustação, quente e úmida, fazendo círculos torturantes e deliciosos.  -"ah" gemo baixinho enquanto enrolo meus dedos no seu cabelo e puxo de forma sutil. Sua hábil língua continua me torturando, circulando uma área tão sensível do meu corpo. Com os dedos, ele me abre minimamente e encontra seu caminho para meu c******s. Christopher suga com força e leva toda minha sanidade. Ele intercala entre pinceladas suaves, subindo e descendo, chupando entre uma pincelada e outra.  O prazer é absurdo, tão bom que me faz querer e não poder gritar. Christopher desliza sua mão pelo meu tornozelo, subindo até meu joelho, coxas, e finalmente chegando no meu sexo. Ele acaricia a minha entrada com dois dedos. Meus quadris giram conforme sua língua rodopia meu c******s e seus dedos giram na minha entrada. Tudo acontece em sincronia. -"ah" gemo alto. Definitivamente não quero incomodar quem está na sala, porém é involuntário.  -"silêncio, bebê" ele para o que está fazendo com a língua para me pedir. Porém continua me torturando com os dedos, massageando, mas não os põe dentro de mim.  -"você está tão molhada" diz com um sorriso vitorioso. Eu continua a movimentar os quadris, assim como ele movimenta os dedos, então reaproxima sua boca e investe sua língua novamente. Chupando levemente e rodando sua língua na parte mais sensível do meu corpo. Quero que pare, que continue, que pare, que...ah, eu apenas o quero!  -"por favor" imploro vendo seu sorriso malicioso. Eu preciso de muito mais dessa deliciosa fricção que ele me dá. Christopher se levanta, encerrando suas ministrações em mim. Porém, para minha surpresa, ele se levanta somente para me agarrar e beijar, com intensidade e calor. Eu retribuo, sinto o meu sabor em sua boca, minha salgada excitação em seus lábios banhados entre minhas pernas. Ele desce sua mão pelo vale dos meus s***s, alcançando o ápice das pernas. Seus dedos anelar e médio escorregam com facilidade para dentro de mim. Eu grito uma versão incoerente do seu nome e me entrego aos seus ataques. Não consigo mais me sustentar em pé, minhas pernas bambas imploram por descanso. Eu me seguro nos braços do Christopher para obter algum apoio enquanto ele acaricia a parte interna do meu sexo. Sem piedade, apenas fazendo de mim uma boneca em suas mãos. Christopher se empenha abrindo sua braguilha ao mesmo tempo que me fode com os dedos. A ereção já visível salta para fora do jeans, tão dura quanto uma rocha, quando ele é aberto.  Quanto agilidade, Blanc.  Christopher retira os dedos de mim, apenas para me levantar sobre meus pés e pressionar contra a parede mais próxima. Eu sei qual o próximo passo, e o abraço com as pernas. Sinto sua ereção pulsar contra minha b***a, e isso alimenta meu desejo.  -"melhor agora, Sra. Blanc? " ele pergunta sorrindo. Eu não sei mensurar o quão pervertido meu marido é! Antes de obter minha resposta, sabendo que estou muito bem assim, Christopher me penetra completamente de uma só vez. Eu não posso sufocar o grito que vem em minha boca quando ele alcança minha profundidade.  Uma prazerosa dor. Eu coordeno os movimentos, subindo e descendo em seu m****o. Nossos corpos se esfregam, e estamos apenas à alguns instantes de fazer faíscas. A forma como me apoio em seu corpo forte e me movimento, vendo sua boca abrir com êxtase, é frenética.  Christopher permanece imóvel recebendo o que estou disposta a lhe dar. Conforme desço com confiança de que o prazer só aumenta, aperto as pernas ao redor da sua cintura. Porra!  O suor que antes era mínimo agora banha nossos corpos e chega a escorrer entre nós. Suas mãos viajam até minha b***a, e ele aperta. Estamos tão próximos quanto poderíamos.  Agora Christopher toma controle da situação, e usa as mãos para ordenar os movimentos que farei sobre ele. Subindo lentamente e descendo com força… Christopher geme meu nome com a voz rouca e sufocada, uma e outra vez. Minhas pernas já não respondem, pois não há forças no meu corpo. Giro os quadris lentamente por não ter mais força restante em mim, gemendo a cada estocada que ele investe. Cada vez parece mais forte que a anterior. O melhor do sexo, do nosso sexo, é que sempre terá amor envolvido. Não importa o quão duro seja, eu sinto amor transbordar. O pico dos meus s***s roçam seu peitoral em cada encontro, e endurecem sob este ato. Para mim, a sensação esgotante é muito bem vinda, pois eu sei porque estou assim. E com este conjunto de emoções vibrando, eu chego ao clímax gemendo e estremecendo com o desgaste e alucinação que isso me causa.  -"Christopher" grito seu nome incoerente e o abraço, deitando minha cabeça no seu ombro por um instante. Ele continua me fodendo até alcançar seu limite dentro de mim, e se perder com isto. Seu líquido quente me preenche, e este é o sinal de que as coisas voltaram ao normal para nós dois.  ●●● Voltamos para a sala assim como saímos, de mãos dadas, corpos cansados e rostos apaixonados. Como eu previa, Elliot é o primeiro a se manifestar no meio das pessoas conversando e tomando chá. Pela primeira vez no dia, meu estômago revira com a consciência de que estou faminta. -"oh meu Deus, pensei que iria amanhecer e vocês ainda estariam fod…" ele não é capaz de completar, pois Glenda usa seu leque avermelhado contra o braço do filho. Ela é uma mulher de muita elegância, mesmo corrigindo Elliot. -"pensei que ainda estariam no banho!" Ele completa exasperado, como se nenhum de nós soubéssemos o fim que ele daria a frase. Sinto um rubor tomar conta das minhas bochechas. Bem, parece que eles sentiram nossa falta. -"eles precisavam de um momento" Glenda é amorosa em nossa defesa, e eu me derreto pelos gestos de carinho e cuidado que ela demonstrou desde que cheguei. -"Vic" Kloe chama, e antes que eu possa localizá-la, a mulher está me abraçando. Sou obrigada a soltar a mão de Christopher quando ela me ataca com seu carinho estilo KavVicugh. Retribuo o abraço surpresa, contente por este breve momento com minha amiga. Seu rímel está borrado, indicando que ela derramou algumas lágrimas hoje. Não consigo imaginar o inferno pelo qual todos aqui passaram nas últimas horas. -"minha vez" Miller indica, já puxando Kloe para longe de mim. Ela me agarra em seus braços e aperta como se eu fosse sua pelúcia favorita. O cheiro requintado do seu perfume misturado ao aroma de algum chá me traz conforto, e não posso fazer menos que lhe abraçar também. -"Você está bem?" Ela pergunta quando nos separamos. Seus olhos Viclisam todo meu rosto, mesmo após minha resposta positiva. E quando Miller tem certeza de que estou bem, ela dá espaço para que os outros possam vir até mim e fazer suas próprias análises. Glenda e Carrick estão próximos, mas distantes o suficiente para que outros possam me abraçar. Ela descansa um olhar materno sobre mim, um que apenas alguém preocupado e repleto de amor poderia ter. -"querida" Glenda se aproxima após a filha se afastar. Carrick a acompanha com a mão delicadamente repousada em suas costas. -"eu estou bem, Glenda" afirmo. Esta é sua preocupação, e não posso lhe julgar. Ela sabe como o filho ficaria m*l se eu estivesse m*l, e está se certificando de que isso não aconteça. Me sinto um pouco envergonhada com toda a atenção desta família, mas me esforço para lhes apresentar meu melhor. "Vamos comer" Christopher aperta minha mão para obter minha atenção. Eu o encaro por um instante e vejo o medo rondando seus olhos, mas não posso dizer que sei o que lhe aflige. Apenas balanço a cabeça para confirmar.  Estou realmente faminta! Enquanto caminhamos para a sala de jantar, onde suponho que Gina dispôs a comida, ouço alguns conversarem sobre o susto que tiveram quando receberam a notícia. Novamente, Christopher aperta minha mão.  Na mesa estão algumas frutas, pães e uma sopa de cheiro inigualável. Também há sanduíches de atum e sucos frescos. Todo este conforto e normalidade estão me alinhando novamente. Eu posso dizer que estou bem, mas esta não é de fato a realidade. Estou ficando bem de acordo com a proximidade da minha vida cotidiVic e das pessoas que amo. Antes de tomar um lugar na mesa, Juan se aproxima de nós para me cumprimentar. Estou feliz pela presença dele aqui, quando a maioria é composta por familiares.  -"hey" forço meu melhor sorriso. -"hey, Vic" Juan me abraça. Mesmo que minha mão ainda esteja entrelaçada à mão do meu marido, eu o abraço de volta. -"eu estive tão preocupado" ele assume sussurrando contra meu cabelo. "Eu estou bem" digo assim que nos afastamos.  -"Você sabe que todos aqui te amam, garota. Isso me inclui" Juan sorri largamente. -"ama, é?" Christopher pergunta. Seu tom de voz e olhar são pacíficos, nada que faça Juan fugir para as montanhas. Porém, Juan arregala os olhos antes de responder.  -"como um..... um irmão, que quer apenas o seu...bem" esclarece com certo desconforto e incerteza. Pela minha visão periférica, vejo Ethan se aproximar de nós. Ele deposita um beijo inocente na minha bochecha, depois se põe ao lado de Juan, de frente para nós. Eu sinceramente os vejo como irmãos para mim. -"bem vinda de volta, Blanc" Ethan diz.  Christopher desvia sua mão para a minha cintura, onde reafirma sua possessão. -"é bom estar de volta" murmuro. É bom ter meu marido ciumento e possessivo de volta também. Christopher puxa uma cadeira para mim, e presumo que ele estará ao meu lado. Eu sorrio para agradecer o milésimo ato de amor hoje. Cinquenta mantém seu olhar sobre Juan pelos cinco segundos seguintes. O que é isto? Apenas ciúmes ou algo que eu definitivamente não saiba? -"Vic, eu poderia lhe levar ao hospital amanhã. Apenas para ter certeza de que está bem" minha atenção é voltada para Glenda quando ela chama.  Como esta mulher poderia ser mais atenciosa? Sinceramente não existe modo! Ela está sendo tão gentil que meu coração infla.  -"Você acha necessário, linda? Quer ir ao hospital?" Desta vez, Christopher pergunta. Ele não está impondo uma ordem para que eu siga, está me questionando sobre o que eu acho melhor agora.  Quando demoro para lhe responder, Christopher coloca sua mão em meu joelho.  -"Não. Obrigada, Glenda, mas eu só preciso descansar" digo. Esta é a verdade, afinal. Eu só preciso dormir algumas horas ininterruptas. -"Você pode fazer uma análise simples nela, mamãe. Como fazia conosco quando éramos crianças. Abrir a boca e blá, blá, blá. Piscar os olhos e blá, blá, blá" Miller sugere. Não é uma má ideia, e eu não precisaria sair de casa.  -"Apenas se quiser" Christopher diz de imediato. Seus olhos nunca abandonam o meu, como se ele precisasse de uma resposta mais que verbal. -"Seria adorável" sorrio ao responder. Esta família não ficaria contente até que eu aprovasse alguma das ideias, então aqui estamos. Terminamos a refeição da melhor forma possível. Todos estavam conversando e sorrindo. Alguns olhares insistiam em cair sobre mim à cada segundo, mas foi tranquilizador. Eu estou segura aqui. Após Christopher se certificar de que eu havia comido o suficiente, me deixou seguir sua mãe até o quarto mais próximo da cozinha. Segundo Miller, Glenda gostava de examinar os filhos e fazia isso periodicamente. Eu deduzi que ela fazia os exames da forma mais caseira e reconfortante que podia para não assustar Christopher com médicos desconhecidos lhe tocando. Por mais que ele precisasse de cuidados médicos, Glenda sabia que ele não poderia lidar com isso.  Eu à amo por tudo que fez ao Christopher, para protegê-lo. Abro a porta e permito que ela entre primeiro. Glenda adentra o quarto já colocando luvas descartáveis em suas mãos. -"Estou feliz que confie em mim para isso. É como se estivesse cuidando de uma filha" ela admite. Para mim também é como estar sob os cuidados de uma mãe. A presença feminina no local me traz conforto, uma sensação de proteção emocional. -"pode se sentar" Glenda gesticula apontando para a cama. Eu o faço. -"Glenda, muito obrigada por isso" digo, enfim. Estar com Jason me causou traumas que não posso explicar. A dimensão do medo que senti é desproporcional à todo amor que esta família me dá. Ainda me sinto desprotegida, isso é fato, mas me sentir querida muda o rumo dos meus sentimentos. -"Vic" ela olha fixamente para mim, ignorando o próximo passo que daria. -"nós passamos por grandes males, principalmente Christopher. Ele estava desolado com a possibilidade de te perder. Mas agora todos lá fora estão fingindo normalidade para te fazer sentir em casa, mesmo com os corações palpitando em emoções. Você não precisa agradecer, querida. Estamos aqui porque te amamos" E com isto, eu consigo pensar por outra perspetiva. Todos estão fingindo algo, de uma forma boa e generosa. A imagem da família sorridente esconde o pavor pelo qual todos passaram nas últimas horas. -"É bom estar aqui" afirmo.

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