Capítulo 42 – Entre a Fúria e o Desejo

1179 Palavras
O salão estava elegantemente iluminado, com lustres antigos. O som de talheres e taças se misturava ao burburinho das conversas. Inácio observava discretamente Alessandro e Serena, sentados lado a lado. Seu olhar era atento, carregado de expectativa. — Talvez… — disse em tom baixo, quase num sussurro, inclinando-se para Eleonora ao seu lado — talvez as coisas estejam começando a mudar. Quem sabe nosso filho esteja finalmente percebendo… Eleonora acompanhava a mesma cena com os olhos brilhando de esperança. Assentiu devagar, sem dizer uma palavra, mas o leve sorriso em seus lábios dizia tudo. Após o jantar, Betina caminhou pelo salão com passos lentos e sensuais. Quando passou por Alessandro, inclinou-se levemente, seu perfume doce e enjoativo invadindo o ar entre eles. — Te espero lá fora, na lateral da casa — murmurou com a voz carregada de malícia. — Tenho uma surpresinha para você... Alessandro arqueou a sobrancelha e a fitou com um sorriso enviesado. Estava entediado e, para ele, uma transa rápida parecia uma forma conveniente de distrair a mente. Assentiu sem pensar duas vezes. Do lado de fora, o vento noturno era morno, carregando o aroma de jasmim do jardim. Betina estava encostada na parede, brincando com os cabelos entre os dedos, quando o viu se aproximar. — Achei que não viria… — disse com um sorriso provocante — demorou. Você costumava ser mais rápido... Alessandro deu uma risada seca, parando diante dela. — Minha querida, agora sou um homem casado. As coisas mudam... Ela não se intimidou. Deslizou a mão pelo peito dele, descendo devagar. — Seja rápido — ele disse num tom baixo, ríspido. — Estou com pressa. — Só se depois você me recompensar… — sussurrou, com um brilho faminto nos olhos. — Quero ser fodida por você. Alessandro soltou uma gargalhada sarcástica. — Que pena... não temos preservativo. Então… não. Betina fez beicinho, frustrada. — Você é tão cruel... Não custa... Num movimento brusco, Alessandro a segurou firme pelo braço, o olhar endurecido. — Você me fez perder meu tempo, Betina? Ela gaguejou, o sorriso se desfazendo. Foi então que Serena surgiu, caminhando determinada, os olhos em chamas. Ao avistar os dois, parou por um segundo. A cena queimou por dentro. Ela respirou fundo e continuou, a raiva transbordando. — Aqui está você, meu maravilhoso marido! — disse empurrando Alessandro com ambas as mãos no peito, duas vezes. Ele m*l se moveu, a olhava com atenção, surpreso. — Como você é... — começou a dizer, levantando a mão para estapeá-lo, mas ele segurou firme seu pulso, depois o outro, abaixando devagar enquanto se aproximava de seu rosto. Os olhares se encontraram, e o tempo pareceu parar. O olhar dele desceu para os lábios dela. Os dois ficaram parados, apenas respirando, tão perto que podiam sentir o hálito um do outro. — Que selvagem... — disse Betina com um riso debochado, quebrando a tensão. — Não sei como você se casou com uma barraqueira dessas, Alessandro. Serena se afastou, soltando-se das mãos dele. Ignorou Betina completamente, encarou Alessandro por um segundo e virou-se, saindo com passos rápidos. Ele olhou Betina com desprezo antes de sair atrás de Serena. Dentro da casa, ele subiu as escadas às pressas. No final do corredor, avistou Serena, já próxima ao quarto. — Serena! — chamou, firme. Ela parou, virou-se devagar e caminhou até ele, ficando frente a frente. — Quer conversar sobre o que acabou de acontecer?! — perguntou com ironia e frustração. Alessandro a olhou, o semblante tomado por desejo e uma confusão que ele mesmo não compreendia. — Serena... eu não sei o que falar, o que pensar ou o que fazer. Só sei de uma coisa... Aproximou-se até encostá-la contra a parede. — ...é que agora, neste exato momento, eu quero rasgar esse vestido, te jogar em um dos quartos e beijar cada maldito centímetro do teu corpo. Quero que esse povo todo lá embaixo ouça seus gemidos e deseje estar no nosso lugar. O olhar dele estava fixo nos lábios dela. Serena engoliu em seco, sem conseguir desviar. Quando se beijaram, foi com urgência, desespero e necessidade acumulada. Ele a puxou com firmeza até o quarto, sem interromper o beijo. Lá dentro, a atmosfera esquentou num segundo. Alessandro começou a tirar a própria roupa, sem tirar os olhos dela. Seu olhar era cru, faminto. — Você está absurdamente sexy com esse vestido... — disse num sussurro rouco, aproximando-se e puxando a roupa de Serena com firmeza, revelando seu corpo envolto em uma calcinha vermelha e provocante. Ela corou, e o rubor no rosto só aumentou seu desejo. Alessandro a deitou lentamente, como se estivesse preparando uma oferenda sagrada. Começou a beijá-la, primeiro a boca, depois desceu pelo pescoço até chegar aos s***s, onde permaneceu um bom tempo. Serena tremia sob cada toque. Descendo pela barriga, ele chegou à calcinha. Ao notar o quanto ela estava molhada, não conteve o gemido. — Porra... você é maravilhosa... — disse, a voz pesada de t***o. Quando passou a língua por sua i********e, Serena gemeu baixinho. Ele enlouqueceu. A devorou com precisão, fome e prazer. Quando ela gozou em sua boca, ele gemeu com força, como se também estivesse sendo consumido pelo prazer dela. — Alessandro... — chamou ofegante. Ele a olhou com olhos selvagens e atentos. — Eu... eu queria... te fazer a mesma coisa... O olhar dele incendiou. — Porra... você quer me chupar? Ficou de pé à frente da cama. Serena assentiu, tímida. — Você pode... me ensinar? Ele inspirou fundo, quase perdendo o controle. — c*****o, você vai me matar de tesão... Ela ajoelhou-se, o olhou nos olhos e levou a mão até o m****o dele, acariciando. Ele gemeu rouco, jogando a cabeça para trás. — Só... cuidado com os dentes... — avisou entre gemidos. Quando ela o tomou na boca, ele guiou seus movimentos com carinho e firmeza, os gemidos se intensificando. Pouco antes do clímax, Alessandro a interrompeu. — Não... eu quero gozar dentro de você. Deitou-a com cuidado, fitando seus olhos. Ao penetrá-la, Serena arqueou as costas, surpresa com a intensidade. Ele a preenchia por completo, em movimentos lentos que foram ganhando ritmo. Os gemidos dela se misturavam com os dele. Os olhos semicerrados, o rosto contraído de prazer. O quarto se encheu de sons de desejo puro e genuíno. Era só eles dois. Na sala, Eleonora procurava com os olhos. Não os viu. — Onde estão Alessandro e Serena? — perguntou a um dos empregados. — Subiram para o quarto, senhora. E não desceram mais. Eleonora sorriu discretamente. — Ah, entendi... obrigada. Num canto, Betina observava a tudo com expressão amarga. O olhar frustrado deixava claro: ela tinha perdido. No quarto, após o ápice, Alessandro permaneceu dentro dela por alguns instantes. Ambos ofegantes, suados, com os corpos colados. Então ele se ergueu, estendendo a mão. — Vamos tomar um banho? Serena, com as pernas ainda trêmulas, pegou a mão dele. Ele a puxou gentilmente. Tomaram banho juntos, entre carícias silenciosas. Depois, exaustos, caíram na cama. E dormiram, como se aquele momento fosse apenas o início de algo muito maior.
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