Capítulo 1

5000 Palavras
Existem inúmeras maneiras de se definir alguém, feliz, triste, sorridente, otimista, pessimista, forte, fraco... Inúmeras maneiras! E para a maioria dos alunos da escola Kampons, Dante Malik pode ser definido de várias maneiras, mas todos concordam que ele se encaixa na categoria bad boy! Capitão do time de futebol, um dos poucos alfas lúpus-puro restantes, alto, forte, lindo e com certeza um cafajeste! Na escola era difícil encontrar algum aluno que não tinha ido parar na cama do alfa. Afinal, todos queriam ter a chance de saber como era t*****r com um Malik. Antes de Dante, a escola tinha seus olhos virados para Liam e Otávio, e agora estão virados para Dante e seu primo Dominick. Dominick é dois anos mais velho que Dante, líder do time de natação, dono de um sorriso encantador e apaixonante, diferente de Dante o alfa mais velho queria ter alguém além de uma noite, mas todos queriam só dizer que pegaram um dos Maliks. Dante não se incomodava com isso, e quando Dominick recusava alguém, era Dante que se dava bem! E para ele estava tudo certo, afinal quem reclamaria? Ele com certeza não! Ele estava acostumado a ter toda a atenção possível, sendo sempre o alvo de cantadas e de investidas, o alfa não era acostumado a se envergonhar. Ele tinha certeza de que não precisava de mais do que cinco minutos de conversa para que as pessoas caíssem aos seus pés, aquela escola até então era como seu reinado, nenhum alfa queria ser inimigo de Dante, todos torciam para que ele ou alguém do seu grupinho de amigos ao menos dessem um oi, todos queriam ter a chance de sentar junto com eles ou de serem vistos com eles, nas festas, escola ou em qualquer oportunidade. Várias tentativas de fotos apenas por saberem que se tivessem qualquer interação com Dante e seus amigos, já garantia inúmeras festas, ficadas e até alguns benefícios na escola, afinal quem não iria querer agradar o filho do prefeito? Todos queriam e todos tentavam, Dante até achava graça de como as pessoas pareciam desesperadas as vezes pra agrada-lo, ele não esperava em filas, ninguém se esquecia dele nas festas e tudo girava em torno de si. Isso era bom para o seu ego! Ele queria mais e mais! (...) O Porsche 911 praticamente deslizava pelas ruas lisas e bonitas da cidade, Dante sabendo como as pessoas sempre olhavam para seu carro, e continuavam a olhar quando ele descia. O Malik sempre chamava atenção quando parava na porta da escola. E naquela manhã, não foi diferente. O automóvel parou na vaga de sempre, o Malik já via os olhares direcionados a si, isso inflava seu ego de tal forma que ele sempre sorria ao sair do seu carro. Os coturnos tocaram o chão acimentado, o corpo alto e forte se erguendo e assim dando uma ótima visão de si, as pernas atléticas cobertas pela calça preta e de joelhos rasgados, o tronco malhado coberto pela blusa cinza grafite, deixando seu peitoral em evidência, seus braços tão fortes sendo cobertos pela jaqueta preta de couro, seu cabelo incrivelmente arrumado e em seu pulso, um Rolex de correia de couro, sendo um presente do seu pai. Seu cheiro forte de terra molhada parecia se arrastar por onde ele ia, os ômegas se sentiam hipnotizados, a maioria dos alfas invejavam e o Malik apenas sorria. A mochila pendurada em um dos ombros, a mão enfiada em seu bolso, o sorriso direcionado a todos e o andar confiante, marcavam sempre a chegada do alfa. — Olha só... — A voz de Lee surgiu ao lado de Dante, o Co capitão do time de futebol sorria, vestido em sua calça preta e blusa verde, sempre com os cabelos jogados para trás e seu sorriso entusiasmado não lhe deixava. — Mais uma entrada marcante! — Sempre! — Dante falou oferecendo o punho fechado para que Lee tocasse e assim eles se cumprimentavam como de costume. — Sabe do Jordan? — Acho que chegou mais cedo e já está na piscina. — Lee respondeu. — O campeonato de natação está chegando, e ele e Dominick sempre trazem os troféus para a escola. É muita pressão em cima dos dois. — É, mas eles precisam relaxar. — Dante falou parando em seu armário e logo vendo Lee encostar ao seu lado. — Eu sei... Vou lá chamar ele, mas também tem uma pessoa que não vem relaxando nenhum pouco! — Lee falou e logo Dante se atentou. — A Mia está enfiada nós livros, de novo? — Dante perguntou e Lee confirmou. — Olimpíadas de matemática! — Cacete... Esses dois sempre exageram na concentração! — Dante bufou. — Sinceramente, eles esquecem que precisam estar vivos, para competir. — É, mas você já sabe como eles são! — Lee falou sorrindo, e seu sorriso aumentou ainda mais quando seus olhos redondos foram para a entrada da escola. O ruivo baixinho sempre atravessava a entrada do colégio no mesmo horário, com sua costumeira saia vermelha, sua blusa preta e colada, nos pés pequenos o sapato baixinho e vermelho enfeitavam o local tão delicado, no tornozelo direito ele sempre andava com sua pulseira de tornozelo de ouro branco, que foi presente do próprio alfa que sempre babava no ômega ruivo. O cheiro de canela era inebriante e todos os alfas simplesmente se jogavam para cima de Harry. — Cara... Um dia você vai babar de verdade! — Dante falou rindo. — Se eu te contar por onde eu babei ontem... — Lee falou vendo Harry se aproximar. — Bom dia rapazes...— Harry falou sorrindo. — Bom dia pimentinha! — Dante falou rindo. — Bom dia, princesa! — Lee falou vendo Harry revirar seus olhos verdes ao mesmo tempo que sorria. — Suas cantadas já começaram? — Harry perguntou cruzando os braços. — Sempre! Meu coração não aguenta te ver! — Lee falou e Dante apenas revirava seus olhos por ver o amigo tão bobo, por apenas um ômega. — Quando vai me dar uma chance de verdade, Hm? — Não sei... Você já rodou oitenta por cento da escola... Não sei se quero fazer parte da sua coleção! — Harry falou olhando suas unhas perfeitamente pintadas de vermelho. — Oh, minha princesa... Não diz isso! Sabe que por você eu até caso! — Lee falou sorrindo. — Casa, é? — Harry perguntou olhando Lee que confirmou. — Dante está de prova! — Lee falou e Dante confirmou. — Ele lambe o chão que você possa, então... — O Malik deu de ombros. — Hm..., mas, preciso de vocês hoje! — Harry falou e logo os alfas se atentaram. — Meu primo está chegando, e eu garanti a minha tia que eu o ajudaria na mudança, só que aquele menino tem tanto livro, que tem pelo menos cinco caixas pesadas, e minhas unhas não resistem a tanto! — Harry falou fazendo biquinho. — p**a vontade de te beijar... — Lee confessou arrancando risadas. — É claro que a gente vai! — Dante falou sorrindo malicioso. — Seu primo é gostoso igual a você, ou é a exceção? Dante perguntou e teve que desviar do soco de Lee, mas ria da forma que o alfa sempre demonstrava seus ciúmes. — Ele é impedido para você, Malik! — Harry falou sério. — Ele veio de um internato católico, só de ômegas! Ele não tem costume de viver com pessoas iguais a você! — Está dizendo que não sou bom o suficiente para o seu primo? — Dante fingiu ofensa. — Não! Estou dizendo que você não é decente suficiente para estar perto dele! — Harry falou. — Eu garanti a minha tia que vou ajudar ele a se enturmar, e garanti ao meu tio que vou proteger ele. — Ele é filho do seu tio Ethan? — Dante perguntou e Harry concordou. — Vou ficar longe mesmo, seu tio me dá medo! — Você m*l o viu! — Harry falou rindo. — E no pouco tempo que ele me viu, achei que sairia de lá em um saco preto! — Dante falou. — Seu pai já é bravo, seu tio então... Ainda bem, que eu não sou o Lee! Os três riram e logo ouviram o sinal, o trio caminhou até a sala que teria aula de química, a maioria das matérias eram as mesmas para todos do grupo, já que todos integração algum clube da escola e por isso seus horários eram sempre corridos e ocupados. Harry era líder de torcida! Ele literalmente liderava todos que faziam parte da torcida. Mia sempre estava enfiada nos livros, sendo uma das melhores alunas dali, e sempre sendo destaque da escola, ganhando inúmeras competições acadêmicas. Dante e Lee estavam no time de futebol, os dois eram as estrelas do time e um não funcionava sem o outro. Jordan era vice capitão da natação, sendo um prodígio e provavelmente o substituto de Dominick, quando o alfa Malik se formasse no final do ano. E por último, Isaac... O ômega era parte do clube de teatro e as melhores peças da cidade eram realizadas por ele. Eles eram amigos desde a infância, sempre foram inseparáveis e mesmo que todos apostas sem que não, eles sempre estavam juntos. A primeira matéria pertencia ao professor Otto! Ele explicava bem, porém não costumava ser tão bonzinho assim com os alunos, ainda mais com aqueles que se achavam só por terem mais dinheiro. — Bom dia! — Otto falou já pronto para começar a anotar na lousa. A porta foi aberta e por ela, Mia passou como um tiro! Se desculpa do e se justificando com o professor e rapidamente indo agora seu lugar, que era junto com Harry, na frente de Lee e Dante, e do lado de Jordan e Isaac! (...) A primeira aula foi um tanto cansativa, a segunda sendo mais tranquila, porém na primeira chance que Dante teve ele saiu da sala e foi direto para a piscina. Poderia não parecer, mas Dante era extremamente leal e preocupado com seus amigos. Por isso o Malik estava ali, já olhando ao redor e caminhando até a borda da piscina quando ouviu o som da água. Dante pegou a toalha azul e se abaixou ali vendo Jordan rapidamente emergir. — Ei campeão, vai com calma! — Dante falou e Jordan agradeceu a talha, o ruivo saiu da piscina e Dante já estava de pé. O alfa ruivo usava sua toca para não molhar seus fios acobreados, a sunga própria para o esporte e os óculos para auxiliar sua visão. — E aí, Malik! — Jordan falou oferecendo sua mão fechada em punho, para Dante tocar e assim eles fazerem seu típico cumprimento. — E aí... Você perdeu duas aulas... — Dante falou vendo o alfa sentar—se no banco que tinha ali. — Eu estava treinando. Eu preciso ganhar... — Cara, você é o melhor que temos! E outra, não ganhar essa, não vai te definir! Você sempre dá o seu máximo... — Dante falou ao amigo. — Eu sei..., mas sei lá... Meu irmão era tão bom! — Jordan falou e Dante suspirou. — É, mas você não é ele... E nem tem que ser! — Dante lembrou ao alfa. — Você se cobrar tanto só te faz m*l. (...) — Quem me dera, se só eu estivesse me cobrando tanto! — Jordan falou. — Meus pais estão em cima! — Seus pais são cuzões! — Dante falou arrancando risadas do ruivo. — É eles são! — Jordan murmurou. — Já tomou café? — Dante perguntou. — Hm... Na verdade não... — Você está se alimentando bem? — Dante perguntou sabendo que o ruivo tinha um certo problema com seu corpo, muitas vezes deixando de comer e assim prejudicando sua saúde. — Não quero falar disso. —Ok..., mas nós vamos sair e comer alguma coisa, não tô fim de te ver de estômago vazio. — Dante falou sorrindo. — Com você não tem jeito, né? — Não! E vai tomar um banho e estou te esperando lá fora! O ruivo sorriu, mas foi. Dante ficou ali esperando, logo ouvi do o barulho dos saltos contra o piso e logo a visão de Lara estava ali. A líder de torcida era apaixonada por Dante, e isso tendi muitos problemas. Os dois já tinham ficado, mas a garota achou que era compromisso. — Oi, Dan... — A loira falou se inclinando e dando um beijo no canto d boca do Malik. — Oi, Lara... — Dante falou revirando os olhos. — O que quer aqui? — Você, é óbvio! — Lara falou e Dante sorriu sacana. — Sabe... Estou com aquela calcinha que você tanto gosta... — Está é? — Dante perguntou e a menina confirmou. — Vira e mostra pra mim... — Dante falou logo vendo a menina girar seus calcanhares e logo levantar a saia cinza que usava. Dante logo pode ver a calcinha preta enterrada no meio da b***a grande da ômega, não resistindo e logo da do um tapa no lado direito da b***a da loira. — Tenho um compromisso hoje..., mas quem sabe outro dia, eu não te como de novo... — Me liga? — Lara perguntou voltando ficar de frente para Dante. — Hm... talvez... — Dante deu de ombros. — Agora saí daqui, vai... Estou esperando o Jordan. A menina deu mão um beijo na bochecha do alfa e saiu dali, Dante a achava bonita, mas Lara era aquilo que ele chamava de surtada! Ela já procurou inúmeras brigas por causa de Dante, que sempre deixou claro que tudo era apenas pegação e mais nada. Mas, a loira insistia em se dizer apaixonada. Dante sempre ria, pois se tinha uma coisa que não acontecia com ele, era isso! Dante Malik não se apaixonava! Nunca! (...) Harry estava ansioso! Ele estava esperando seu primo chegar, e sentia que era um dos melhores dias da sua vida, então quando o carro parou em frente à casa dos Horan's, o ruivo sentiu que seu coração iria sair pela boca. Em minutos a figura loira desceu do veículo pedido por aplicativo e logo olhou o primo. Ravi era baixinho, fofo e o ser mais doce que Harry já conheceu. O loiro abraçou o ruivo fortemente e ambos sentiam que toda a saudade seria recompensada. — Se me espremer mais um pouco, eu deixo de respirar. — A voz doce de Ravi soou e Harry riu. — Eu estava morrendo de saudades de você! — Harry falou soltando Ravi, eles tinham praticamente a mesma altura e ambos pareciam frágeis. — Vamos comer alguma coisa, eu chamei uns amigos meus para virem ajudar, aí a gente espera eles. — Não é tanta coisa assim... — Ravi falou fazendo um biquinho extremamente fofo. — Ravi, tem doze caixas na garagem! Eu nem sei o que tem lá dentro! — Harry falou e Ravi riu. Ambos entraram na casa, e Ravi sorriu. Ele vinha para casa a cada quinze dias, ele estuda tanto tempo no internato por opção, ele gostava do ensino da escola e se sentia bem por ter só ômegas, por algum motivo ele não se sentia bem, perto de muitos alfas. Eles foram até a cozinha e Harry preparou um lanche para ambos. Harry notou a roupa de Ravi e riu. O loiro usava um macacão branco e nos pés uma sandália aberta. — Acho melhor trocar de roupa! — Harry falou e Ravi se olhou. — Por que? — Porque vai sujar, e lavar roupa branca não é fácil! — Ravi concordou e terminou de comer. — Me empresta alguma? — Harry sorriu e concordou. Harry vivia na casa do lado. O ruivo era filho de Noah e Peter, após Noah perder a esposa Karol, ele se casou novamente com o loiro que era primo de Karol. O ruivo era muito querido por seus pais, Noah sendo um alfa bem protetor com seu único filho ômega e seus irmãos o mimando como podiam. O ruivo foi até sua casa e voltou com uma troca de roupa para Ravi, o loiro olhou a roupa na sua frente e depois para o primo que seu de ombros. Ravi revirou os olhos, mas apenas foi até o banheiro e trocou de roupa, saindo de lá vestido em um short vermelho e um tanto colado e um cropped verde claro. — Por que você tem tanta roupa verde? Não era primeira vez vejo roupa dessa cor, no seu guarda roupa. — Ravi questionou. — Hm... Eu gosto da cor! — Harry deu de ombros e Ravi apenas concordou. — Esse short é bem colado né? — Então... Não era para ser, mas sua b***a chega a ser, sem educação de tão grande! — Harry falou e Ravi ficou extremamente envergonhado. — O que? Eu tenho b***a grande, mas você... Eles ouviram um carro parando e Harry sabia que era Lee e Dante. O ruivo sorriu para o primo e foi até a porta, Ravi seguiu o primo e assim eles estavam abrindo a porta para dois alfas, grandes, fortes e com presenças marcantes. Ravi se sentiu intimidado, os dois alfas sorriram e entraram na casa. Os olhos de Lee estavam grudados em Harry que usava um short curto e molinho, com um cropped mais solto e ambos amarelos. Já Dante olhava algo no celular, mas seu fato sentiu o cheiro de morango e seus olhos negros foram subindo pela figura pequena e delicada, quando encontrou os olhos azuis, Dante jurou que nunca viu um ômega tão lindo. Chegou a lubrificar os lábios, com a imagem do loiro, a boca rosada e cheia, os olhos azuis claros e aquele corpo tão lindo. As coxas juntas e tão atrativas prenderam a atenção de Dante que acreditou, ter encontrado um anjo. — Dante Malik! — Dante falou estendendo sua mão para o loiro que pegou de forma tímida. — Na—Ravi... — O loiro falou e assim eles soltaram suas mãos. — Eu sou o Lee! — O outro alfa falou animado. — E eu sou seu futuro primo! — Lee falou e Harry revirou os olhos. — Como assim? — Ravi perguntou. — Ele tem a esperança de que um dia eu aceite namorar com ele. — Harry falou e Ravi entendeu. — Sempre vou ter, e tenho certeza de que vou conseguir! — Lee falou convencido e Dante riu do amigo. — Vamos lá! Vocês estão aqui por causa desses músculos que tanto vocês malham! — Harry falou e ambos concordaram. — A gente pode fazer isso sem blusa? — Lee perguntou. — Porque está um calor, lá fora. — Claro! — Harry falou e Lee foi o primeiro a tirar a blusa, Harry chegou a ofegar com a visão, o corpo extremamente malhado, algumas tatuagens, e com certeza os braços fortes e que Harry fantasiava sempre que possível. Dante também tirou a sua camisa, e Ravi se sentiu envergonhado, mas o corpo do Malik era lindo, forte, tatuado e uma pele de dar inveja. — E aí? Vamos? — Lee perguntou entregando sua blusa verde para Harry que concordou. (...) Os alfas já tinham carregado a maioria das caixas, deixando no quarto rosa e laranja. Dante e Lee se sentaram no chão na tentativa de descansar. O Malik analisou o quarto e viu como a combinação era estranha, mas ali no quarto ela funcionava. A cama dossel de casal, sendo completamente rosa, enquanto as mesinhas de cabeceira eram laranjas, o tapete —que estava enrolado no canto— sendo rosa e felpudo, enquanto a cadeira da escrivaninha era laranja e o outro nível era rosa. E assim o quarto ia se dividindo nessas duas cores, a televisão na parede laranja e o resto das aprendes sendo rosa, era bonito e diferente. — Já acabaram? — Harry perguntou e Lee aceitou a garrafinha de água oferecida pelo ruivo. — Falta quatro! — Lee falou. — Seu primo tem o que aqui dentro? — Se for corpos, eu vou embora! — Dante falou e Harry riu. Ravi entrou no quarto e ele estava carregando uma minúscula caixinha e a deixou sobre a mesinha. — São livros e alguns sapatos e roupas que não couberam nas malas. — Ravi falou. — p**a que pariu, você tem quantos sapatos? — Dante perguntou e Harry o repreendeu com o olhar. — Ah... Não sei... — Ravi falou dando de ombros. — Me diga uma coisa meu amor, você já ouviu a palavra não? — Harry perguntou e Ravi emburrou. — Não sou mimado! — O loiro falou rizando seus braços. — Ah não? — Harry falou e Ravi negou com a cabeça. — Me diz uma coisa que o tio Ethan te negou. Ravi pareceu pensar, e quando pensou ter encontrado a resposta rapidamente se lembrava de ter ganhado, ele realmente estava se esforçando para lembrar. — Sério? Nada? — Lee perguntou e Ravi tentou achar uma resposta. — É igual ao ruivo! — Dante falou e Lee concordou. Os alfas voltaram a descer para a garagem e Lee puxou o braço do Malik. — Tira o olho do loiro, você só falta babar! — Lee falou rindo. — Ah, mas eu vou babar! — Dante falou pegando mais uma caixa. — p**a, ômega gostoso! — Ele parece ser bem inocente... Então, fica longe. — Virou cão de guarda? — Dante perguntou rindo. — Não! Só que você é mais safado que um ator pornô, então fica longe. — Lee falou pegando outra caixa. — Só eu reparei que aqueles dois, pegaram duas caixas minúsculas, e falaram que ajudaram? — Dante perguntou e Lee riu. Ambos voltaram a levar os objetos e Ravi praticamente se escondia dos alfas. Ravi não confiava em alfas! Nunca! (...) Ravi estava se olhando no espelho e se sentia ansioso. Ele usava a saia vermelha que era do uniforme, usava a camisa preta e por cima o blazer vermelho, nos pés ele escolheu um tênis baixinho e preto. — Está bonito. — Ethan falou surgindo na porta do quarto do filho. — Obrigado..., mas, eu estou bem nervoso. — Ravi falou e Ethan entrou no quarto. — Filhote, essa escola vai ser boa para você... Sabe, você viver em uma escola que tenha alfas e ômegas. — Ethan falou. — Não entendo porque me tiraram do internato, eu gostava de lá! — Ravi falou fazendo um biquinho. — Porque lá eles adoraram um ensinamento errado, eles te ensinaram que alfas são cruéis e ruins, ensinaram que sexo é errado e que seu período é algo a se repudiar — Ethan falou com raiva. — Vai mesmo processar a escola? — Ravi perguntou baixinho. — Vou! Filhote eles te deram supressores sem o nosso consentimento! Remédios fortes que fazem m*l! — Ethan falou preocupado. — Eu morro de ciúmes de você, mas jamais faria que seu cio fosse reprimido e tratado como algo sujo. — Eles fizeram para nos proteger dos alfas. — Ravi justificou. — Não! Eles fizeram isso porque a diretora é uma louca traumatizada, que esqueceu que vocês não são ela! — Ethan explicou. — Eu quero que você saiba que jamais vou te impedir de algo, alfas não são ruins! Claro que tem aqueles que não prestam, mas assim como alfas podem ser ruins, ômegas também podem, gênero não define caráter. — Eu estou com medo papai... — Ravi praticamente chorou. — Não me manda ir... Por favor... — Filho, você precisa! Não dá para te prender em casa ou em um internato com ideias tão absurdas! Você me escondeu toda a situação da escola, e agora acredita que qualquer alfa é ruim... — Mas papai... — Me corta o coração, mas eu preciso que você viva! — Ethan falou. — O Harry não trouxe aquela alfas amigos dele, para te ajudar com as caixas? — Ravi confirmou. — Eles fizeram algo com você? — Ravi negou. — Exatamente! Nem todo mundo é r**m, assim como nem todo mundo é bom. Por favor, dê uma chance. — Eu não quero! — Ravi falou batendo o pé. — Eu tentei conversar, mas agora eu estou mandando você ir! — Ethan falou e Ravi ofegou surpreso. — Chega disso! Você teve uma semana para entender, agora estou mandando você sair desse quarto e ir para sua escola, se isso traumatizar você, já tem o psicólogo que você frequenta! Ravi queria chorar, mas apenas se virou e saiu do próprio quarto, sem ao menos dar um beijo na bochecha do pai. Ethan ficou ali e quis se bater, mas ele precisava que seu filho crescesse, ele olhava para o quarto do filho e ficava preocupado com toda a infantilização que ele apresentava. Ravi falava de forma infantil, agia de forma infantil e isso era um risco! Ethan que que o filho entendesse que o mundo era sim perigoso, mas que ele poderia sobreviver lá fora. O alfa suspirou e saiu do quarto. Na cozinha Kate tomava seu típico café. — Foi difícil? — A ômega perguntou e Ethan concordou. — Ele não entende... — Não acha que foi muito duro com ele? — Kayte perguntou. — Kayte, nosso filho chama nossa marca de marquinha do amor! — Ethan falou sentando. — Quando você disse como ela é feita, ele nem ouviu e saiu correndo. — É o jeito dele! — Não! Ele tem dezesseis, e não tem orientação s****l nenhuma, nunca passou um cio de verdade, porque a escola dava supressores! — Ethan falou e a ruiva suspirou. — Eu não quero que meu filho apareça namorando amanhã, não quero que ele fique com qualquer alfa, mas eu quero que isso tudo seja escolha dele... Ele parece uma criança assustada, e isso é muito perigoso. — Eu entendo, tudo bem? Mas, ele não queira ir hoje! — Uma semana! Uma semana que ele se esconde no quarto, ele não quis ir semana passada, não queria ir hoje e não vai querer ir amanhã. — Ethan falou. — Você acha que vamos estar com ele para sempre? Eu quero que ele seja sei lá... Como você, na nossa adolescência. — Nós transamos no vestiário! — Porque você quis! — Ethan falou e a ômega riu. — Relaxa amor... Quando menos esperar tem um alfa te chamando de sogro! — Kayte falou e Ethan fez careta. — Não vamos pensar nisso, ok? Deixa—o pelo menos se adaptar à escola. (...) Ravi estava no carro com Harry, o ômega ruivo, ficou de levar Ravi para a escola todos os dias. — Vamos? — Harry perguntou e Ravi negou. — Loirinho, a gente até pode matar aula um dia, mas vai ser depois que você tiver pelo menos há um mês, nessa escola! — Eu não quero! — Ravi, eu vou ligar pro seu pai! — Por que ninguém me entende? — Ravi falou cruzando os braços. — Porque VOCÊ não quer entender o mundo! Ravi, sua escola estava errada, eu vivo nessa escola a anos e está tudo bem. — Harry falou suspirando. — Tudo bem... Os dois desceram e como sempre vários alfas olhavam Harry, mas dessa vez os olhares também eram para Ravi, o ômega se encolhia cada vez mais, e sentia uma forte vergonha tomando conta de si. Harry foi até seus amigos, Dante estava do lado de Oliver e quase babou ao ver Ravi. — Na moral Harry, você deveria me mandar mensagem avisando que vai chegar todo mundo assim... Sério, meu coração não aguenta! — Lee falou e Harry riu, revirando os olhos, mas Ravi notou como o primo apertou a chave do carro em sua mão. — As cantadas já começaram? — Harry perguntou. — E elas param, sem algum momento? — Dante perguntou rindo. — E aí, loirinho? — O—oi... — Ravi falou e Dante suspirou encantado. — Tem aula de química agora! — A voz de Mia surgiu. — Harry a diretora está atrás de você! — O que? — Harry falou irritado. — Que merda! Ravi, fica aqui e depois vai para a aula... — Harry falou e Ravi negou. — Lee, leva ele! Dante fica longe! Dante ergueu as mãos em sinal de rendição. O ruivo saiu com Mia e Ravi se sentia assustado. — Ei loiro, bem que você podia me ajudar a conquistar seu primo, né? — Lee falou e Ravi tentava respirar de forma mais calma. — Como assim? — Eu quero namorar com ele, mas seu primo só me maltrata! — Lee falou e Ravi acabou sentando no meio dos dois alfas. — E—ele gosta de coisas românticas... — Sério? Ele parece repudiar isso. — Lee falou pegando o celular e abrindo o bloco de notas. — Mas pode falar, o que é romântico? — Hm... Flores, bombom... — Ravi falou vendo o alfa anotar tudo. — Será que se eu mandar um carro cheio de flores, ele diz sim? — Lee perguntou. — Não exagera... Da uma rosa amanhã... Depois vai na casa dele com um buquê. — Dante falou. — E pelúcia... Ele gosta de pelúcia! — Ravi falou bem baixo. — Ravi, você é um anjo! Vamos ser primos, rapidinho! — Lee disse rindo e ouvindo o sinal. — Vamos lá, futuro primo! Vou te deixar na sala de aula. — Se quiser eu levo... — Dante falou sorrindo e Lee negou. — Quero que o Harry me beije, e não me dê um soco. — Lee falou e Ravi se assustou com a afirmação. — Já ganhou um soco dele? Dói, para c*****o. — Já levei soco, tapa, chute... Bola na cara... — Dante falou e Ravi ficou confuso. — Sim, loirinho... Seu primo bate nos alfa tudo! — Lee falou vendo a cara confusa de Ravi. — Vamos? Ravi confirmou e se preparava para ter que ficar em uma sala com um bando de alfas e ômegas que ele não conhecia. Era um pesadelo.
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