Priscila narrando A ambulância chegou rápido. As luzes girando, mas sem sirene, pra não chamar atenção. Meu coração batia tão forte que parecia ecoar no quarto inteiro. Quando abriram a porta, meu instinto foi agarrar ainda mais firme a mão do Leon, como se pudesse protegê-lo de tudo, até do vento. Fui com ele o tempo todo. De mãos dadas. De alma agarrada. Cada segundo daquele momento era uma resposta direta de Deus pra todas as orações que eu tinha feito em silêncio, muitas vezes chorando, pedindo pra que esse dia chegasse. E ele chegou. Dentro da ambulância, sentei do lado dele. O cobertor sobre o corpo, os fios monitorando os batimentos. E eu ali, segurando sua mão com as duas minhas, como quem segura o bem mais precioso do mundo. Nem piscava direito. Só agradecia. Agradecia a Deus m

