Serpente Quando cheguei de volta à casa da Jerrane já era noite, a ansiedade tomava conta de mim, mas eu sabia que não podia voltar atrás. Toquei a campainha e esperei, o coração acelerado. Ela atendeu, com um olhar surpreso de quem não esperava me ver ali de novo, principalmente depois da forma como saí mais cedo. Ela hesitou um pouco, mas deu espaço para que eu entrasse. A tensão no ar era palpável. Nós ficamos alguns segundos em silêncio na sala, eu tentando encontrar as palavras certas e ela, provavelmente, tentando entender por que eu estava ali outra vez. Serpente: “Jerrane, eu... eu precisava voltar. Precisava falar contigo.” Ela cruzou os braços, ainda com um olhar desconfiado, mas não disse nada. Sentei-me no sofá, e ela ficou em pé, de braços cruzados, me encarando como se e

