Jerrane Depois do abraço apertado, o silêncio se instalou entre nós. O peso da realidade ainda me esmagava, e eu sabia que precisava falar. Jerrane: “Serpente, senta aqui.” O olhar dele se fixou em mim, e ele obedeceu, acomodando-se no sofá, como se estivesse pronto para ouvir tudo o que eu tinha a dizer. Jerrane: “Eu não sei por onde começar. O tratamento... ele é complicado. A quimioterapia vai me fazer sentir como se eu estivesse em uma montanha-russa de emoções e dores. No início, eu vou ficar muito cansada. E tem dias que vou me sentir tão m*l que não vou conseguir levantar da cama.” Ele me observava atentamente, sem interromper, mas a preocupação em seu olhar me fazia querer me explicar ainda mais. Jerrane: “Meu cabelo pode cair, e eu vou emagrecer... Tem dias que vou ter enjoo

