We Need Affection

2187 Palavras
Kyungsoo sentiu as mãos do alfa alcançarem seu quadril desnudo, seu corpo inteiro doía e não sabia dizer quanto tempo havia conseguido dormir, se era noite ou dia, já havia perdido até mesmo a noção do tempo. Seu estômago clamava por comida enquanto tentava cozinhar algo para os dois. Mas só tentava, porque cozinhar com Jongin o agarrando era praticamente impossível, já havia derrubado e começado novamente várias vezes. Nem sequer sabia o que estava fazendo. Só queria enfiar comida goela abaixo, e também fazer com que Jongin comesse algo. Mas aquilo era impossível. O alfa o segurava pela cintura pronta para penetrá-lo, e só não fazia feito isso por Kyungsoo se mexer o tempo todo enquanto tentava fugir. Estava cansado, mas Jongin não se cansava, era insaciável, e suas forças pareciam não diminuir um só segundo. — Jongin, você precisa comer. — o pequeno ômega precisou de todas as suas forças para fazer com que o Kim ocupasse a cadeira da mesa, mas antes que pudesse se afastar sentiu as mãos do alfa o prendendo e o trazendo para seu colo, a lubrificação natural do ômega escorria por suas pernas, tornando fácil a penetração súbita. Sentiu Jongin o preencher indo até o fundo e quase perdeu a consciência ali mesmo — Meu amor, agora não. O menor já havia sacado que o lobo de Jongin se acalmava sempre que o chamava de meu amor, e usaria isso a seu favor sempre que pudesse. Levantou-se deixando o alfa sozinho na cadeira, os protestos vieram no segundo seguinte, mas o Do sentou-se sobre a mesa, ficando bem de frente para Jongin. — Olhe para mim, Jongin, somente para os meus olhos, meu amor. E como se estivesse hipnotizado, o alfa encarava seu ômega. Podia ver os olhos negros do Kim se tornarem cada vez mais claros, demonstrando o tamanho da sua calmaria, o lobo de Jongin estava confortável em ter Kyungsoo ali perto. Todavia não sabia quanto tempo aquela calma duraria, por isso tratou de enfiar comida em Jongin o mais rápido possível. Não estava bom, isso ele tinha que admitir, mas não há comida que fique boa quando se é feita durante um ato s****l, era complicado medir sal enquanto era penetrado e arranhado. Jongin não reclamaria, não estando naquele estado de torpor. O alfa comeu tudo como se fosse a melhor comida do mundo, tomando a tigela da mão do menor e se alimentando de forma animalesca. Aquilo assustou Kyungsoo, mas não havia para onde correr. — Eu sinceramente espero que esse comportamento seja por causa de seus cios não saciados. — Kyungsoo dizia enquanto comia algo que havia achado no armário, com um gosto melhor do que sua comida — Porque se não for, não vou aguentar tantos cios assim, você é muito forte pra mim. Jongin acabara de esvaziar sua tigela, e agora o puxava pelas pernas para que continuassem de onde haviam parado. — c*****o, você não dorme não?   [...]   Jongin não dormia. E era impossível dormir com as mãos do mesmo sobre seu corpo. O alfa só precisava de cinco minutos entre uma transa e outra, e esse era um ritmo que Kyungsoo não estava sabendo lidar. Nunca havia visto um alfa com cio tão intenso quanto o de Jongin, e agora conseguia entender a preocupação de Chanyeol, com uma força daquelas Jongin poderia muito bem arrebentar a porta. Havia tentado o dopar, tinha que confessar que havia feito Jongin engolir dois calmantes, todavia nenhum deles fez qualquer efeito, nada fazia efeito, muito pelo contrário, ele parecia ter ainda mais energia a cada hora que se passava. O suor pingava sobre o colchão, os lençóis carregavam o cheiro de ambos e os travesseiros já haviam se perdido pela casa. Não se ouvia mais nada, apenas a respiração pesada do alfa e os gemidos cansados do ômega. Kyungsoo m*l sentia suas pernas, clamava por um segundo apenas de descanso, que estava demorando a vir. Perdeu a consciência várias vezes e sempre que acordava a marca em seu pescoço começava a latejar. Então isso que significava estar marcado por um alfa? Seu corpo pedia descanso, enquanto seu lobo agonizava clamando ainda mais o contato de seu alfa, queria saciá-lo e protege-lo ao mesmo tempo. Queria estar com ele naquela cama, ao mesmo tempo que queria o alimentar e limpa-lo, e todos aqueles sentimentos o deixavam confuso. O nó se formou, e em seguida sentiu o alfa o largar e fechar os olhos. — Meu amor. — Kyungsoo sussurrou ao ouvido de seu alfa — Vamos tomar um banho.   Foi difícil enfiar Jongin na banheira, fora preciso entrar junto para conseguir colocar o alfa ali, e a única vantagem era a de que já estavam sem roupas. Kyungsoo admirou a água transparente cobrir o corpo do alfa, aquela cena era magnifica, o universo inteiro ornava com a beleza estonteante do alfa, todos os seus detalhes eram obras de arte. Ele era lindo, isso Kyungsoo jamais deixaria de repetir e de admirar. Agradeceu aos céus por Jongin ter finalmente se acalmado, mantinha seus olhos fechados enquanto o pequeno ômega deslizava a bucha com o sabonete por seus braços. Kyungsoo encaixou-se sobre o abdômen do mesmo enquanto lavava delicadamente seus ombros. Seus rostos muito próximos um do outro, observando ali tão perto cada cantinho do rosto perfeito do Kim. Tão lindo. — Você parece uma obra de arte, Jongin. As mãos grandes do alfa prenderam sua cintura, e pela primeira vez aquele toque era delicado, sem força alguma, quase carinhoso. Kyungsoo viu que parte da consciência de Jongin havia sido recuperada, e que naquele momento ele não estava completamente dominado por seu desejo absoluto de ser saciado no cio. — Kyung, eu estou te machucando. Era ele, era o mesmo alfa que havia lutado contra os seus desejos para não machucar seu pequeno ômega, Jongin ainda estava ali dentro, lutando da maneira que podia para não ferir demais o ômega a qual queria tanto bem. Kyungsoo reconhecia isto. — A dor fica menor quando eu lembro do meu amor por você, Jongin. — o ômega segurou com as duas mãos o rosto de seu alfa, o encarando por longos segundos silenciosos antes de tomar seus lábios. O beijo calmo de Jongin era com certeza a coisa mais viciante que já havia provado. Sentia o ritmo mudar, e o que era calmo se tornar urgente e apressado, Jongin estava perdendo o controle novamente, assim como ele mesmo, sentia o m****o do mesmo endurecer abaixo de si, e gostava disso, gostava da forma louca como seu alfa clamava por seu corpo, clamava por seus toques. Descobriu que gostava de ter Jongin o desejando daquela maneira.   [...]   Sentiu o nó se formar, sem seguida o corpo do alfa tombou para o lado. Kyungsoo comemorou mentalmente ao ver os olhos do mesmo se fechando, Jongin finalmente dormiria. Engatinhou até conseguir jogar-se sobre o corpo do mesmo, estavam suados, mesmo com o ar condicionado ligado. Aquilo era absurdo. Abraçou seu alfa sentindo o cheiro entorpecedor do mesmo, era inebriante sentir a fragrância de alfa que emanava do Kim. — Eu vou me vingar de você assim que o cio passar. — o menor falava mais para si do que para o alfa — Ou pensa que esqueci que me chamou de amigo? E ainda por cima me deixou todo dolorido, vai ter que me mimar muito pra eu te perdoar. Queria rir, mas até a força que colocava para rir o machucava, Jongin havia apertado tanto seu corpo que todos os seus músculos doíam. Mas ao mesmo tempo que a dor em seu corpo o incomodava, o conforto em seu coração era extremo, seu lobo nunca se sentira tão seguro, nunca fora tão completo quanto estava sendo naquele momento. Jongin estava ali, estava com ele, e a marca em seu pescoço aumentava a certeza de que ele não o abandonaria. — Você me marcou, Jongin. — as mãos do menor repousaram sobre o peito do alfa, ainda sonolento, Kyungsoo levantou seu torço ajeitando enquanto buscava pelo rosto do Kim — Olhe, Jongin, você me marcou como seu ômega, me marcou para ser pra sempre seu. Kyungsoo queria acreditar que aquela marca era por amor, depositava todas as suas esperanças no imenso prazer que sentiu ao ser mordido pelo mesmo, seu avô já havia lhe dito que quando o ômega é marcado por um alfa que o ama de verdade, ele é invadido por um sentimento de prazer extremo, e fora isso que sentiu ao ser mordido por Jongin. Jongin o amava de verdade? — Você me ama, Jongin? — Kyungsoo perguntou ao alfa — Você me ama como eu te amo, Jongin? Viu quando os olhos do Kim se abriram, por um breve momento o alfa balbuciou algo que Kyungsoo não conseguiu entender, virou seu rosto para o lado e finalmente dormiu. Kyungsoo não saberia o que Jongin havia dito, mas tinha esperanças de que houvesse sido a confirmação que tanto precisava ter.   [...]   Quando os dois dias do cio de Jongin chegaram ao fim, tudo o que Kyungsoo queria era tomar um bom banho e ter o seu descanso merecido, dormiria uma semana inteira se fosse preciso. Nunca sentiu seu corpo doer tanto, manchas roxas e marcas de dedos estavam espalhadas por toda a sua pele, estava se sentindo uma aquarela de tantos tons de cores diferentes em suas pernas e braços. Olhou-se no espelho enquanto tentava arrumar a gola alta da camisa, não queria que mais ninguém visse a marca em seu pescoço, e ainda tinha medo de que a reação de Jongin não fosse positiva. Por mais que o amasse, Jongin poderia muito bem ficar assustado, marcar um ômega era praticamente o mesmo que pedi-lo em casamento, e ele havia feito isso de forma inconsciente, ainda entorpecido por seu cio. Jongin poderia viver muito bem depois de ter marcado Kyungsoo, todavia Kyungsoo passava a pertencer completamente ao seu alfa, e não poderia mais viver sem ele. Começou a se assustar. Finalmente se dera conta do tamanho de seu problema, havia se amarrado a um alfa que nem sequer o assumia como seu ômega, aquilo era uma loucura, Jongin era praticamente seu dono agora, passando a ser conhecedor de todos os seus sentimentos e sensações. Mas em que merda foi se meter? Onde estava com a cabeça quando aceitou passar aquele cio maluco com Jongin? Havia passado um cio que fora insaciado por anos, Jongin teria marcado qualquer um que estivesse com ele naquele momento! Aquela sensação poderia muito bem ter sido provocada por seu próprio amor, e não pelo amor de Jongin, Jongin não o amava. Amava? — Kyungsoo? A voz embargado e distante ecoou pelo quarto, Jongin havia despertado, e aparentemente já consciente após o fim de seu cio. O alfa sentou-se sobre o colchão observando toda a bagunça em seu quarto, a começar pela cama bagunçado, o colchão rasgado e metade dos móveis fora do lugar ou caídos no chão. Parecia que um furacão havia passado por aquele quarto. O furacão Jongin. — Está com fome, Jongin? — o menor tentou aparentar não estar nervoso — Eu posso preparar algo para você comer. Jongin sacudiu a cabeça, como se tentasse colocar os pensamentos no lugar. — Kyungsoo, vem aqui. Mesmo receoso o ômega se aproximou, até estar de pé diante do Kim, o alfa ainda estava sem roupas, o lençol cobria apenas suas partes íntimas, deixando seus braços e tronco a mostra. O estrago nele mesmo também era muito evidente, Kyungsoo o havia arranhado bastante durante os seus momentos de torpor. — Eu... Isso tudo, foi o meu cio? Jongin o segurou pelo pulso, o Do se sentia envergonhado, o Kim estava sem roupas, e por mais que houvessem feito um milhão de coisas indecentes durante aqueles dias, Kyungsoo se sentia vergonha por saber que agora Jongin estava consciente de tudo. — Foi. — Não deveria ter feito isso. — as feições do alfa se transformaram, ele parecia zangado e ao mesmo tempo preocupado — Devo ter feito coisas horríveis com você. — subiu a camisa do ômega, se deparando com as enormes marcas que suas mãos havia feito, podia ver claramente o formato de seus dedos ali — Perdeu o juízo? Kyungsoo eu fico muito agressivo no cio, você não deveria... Kyungsoo, isso foi muito irresponsável da sua parte! — Mas Jongin... — Você pelo menos tomou um anticoncepcional? Então essa era a maior preocupação dele? Kyungsoo poderia se preocupar com qualquer coisa naquele momento, mas uma gravidez era a última, Jongin havia engravidado alguém no ultimo cio que passou com um ômega, e um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Cai? — É com isso que você se preocupa? Kyungsoo havia se aborrecido, Jongin parecia não ter noção nenhuma de como as coisas que falava o feriam, o pequeno Do queria apenas ser abraçado e receber o conforto e o amor de seu alfa, e não ter que ficar aguentando o mesmo falar sobre não querer ter outro filho naquele momento. Não quis mais saber de nada, soltou seu pulso e foi embora.
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