A coisa mais rara de acontecer no mundo mágico ocorreu uma filha do tempo deixou cair um simples e preciosa lágrima de amor, tinha que ser Nimte, a mais difícil e a mais rebelde com a fama de não dar a mínima para os idiotas mortais,o fato era que a druida da estória era a terceira irmã do tempo e claro Nimte se importava.
Marie Adelaide morreu segundos antes do corpo bater nas águas do mar dos dias atuais em roupas atuais.
Século XVIII
August lia a carta do irmão mais novo com a expressão cansada, acabara de ler a missiva de que a França caminhava para um golpe militar, apesar de não ser dito as claras, tinha fontes fidedignas, que confirmavam, antes do ano acabar algo grande aconteceria.
O país estava em ebulição a revolução francesa fez muitas vitimas nobres e plebeias.
A economia vinha mudando rápido inclusive ali na Inglaterra, contava que o irmão o ajudaria a administrar o comercio marítimo que ia de vento em polpa, apesar de serem nobres e fazerem parte do parlamento isso não o impedia de solidificar a fortuna da família, ao contrário de alguns.
Talvez seu sangue plebeu da parte de seu avô paterno o puxava ao livre comércio, mas não o irmão mais novo que trazia as tradições bobas e idiotas, lutar em uma guerra, servir a coroa e o que a criatura arranjou em suas andanças?
Uma mulher do caos da França, Uma sobrevivente do período do terror, não melhor! A engravidou, pior a enviara para ele e segundo a carta, a criatura chegaria nessa madrugada dentro de um de seus navios de carga.
Deus! O que mais lhe faltava,as inconsequências do irmão já tinham ido longe de mais.---Pensou exasperado.
Mal digerira a informação sua mãe e duas das suas irmãs casadas entraram sem anúncio em seu escritório.
---A que devo a honra? ---Perguntou apenas por ironia, vendo-as vestidas certamente ainda não tinham desistido de tortura-lo no sarau que foram convidados, claro que a dona da festa estava interessada em te-lo como genro...
---Passamos só para acompanhá-lo, afinal meu filho seu cavalheirismo deixa a desejar...---Reclamou a mãe, lady Genevivi trazia ainda a beleza da juventude e a altivez de uma nobre.
---Mamãe não vou, por isso não passei nas suas casas...
---August francamente...
A mãe o queria casado e junto com as três irmãs o infernizavam, a única que o deixava em paz era Roseline a mais nova e mais sensível das irmãs, sentada na cadeira de rodas próximo a janela da biblioteca já acostumada ser ignorada pela mãe e irmãs, não se intrometeu na conversa deixando seu irmão se livrar sozinho...
---Sabia que encontraria as três aqui---Rose a irmã do meio falou entrando também sem ser anunciada, tão ferrenhas a etiquetas, mas quando o assunto era inferniza-lo, ninguém ligava para tais convenções.
---Oi maninho, hoje não vou perder meu tempo com você, vamos mamãe acredito que Laisla...
Foram embora no mesmo vendaval que chegaram, Roseline sorriu, com o livro nas mãos, veio para a cidade diante da insistencia do irmão.
---Não acredito que se diverte as minhas custas! --- Ele falou se aproximando, era um alivio ver a sua querida irmã sorrir novamente.
---Pelo menos se livrou da nossa mãe--- A mãe casara-se de novo e isso era um capitulo aparte,a mulher queria marido novo, vida nova e não tinha espaço para uma pessoa que merecia atenção mais apurada e claro precisava de atenção,isso a privaria de sua vida em sociedade.
Sua mãe estava casada com o Marquês de Birdfoshire
Mas Roseline não estava só tinha August como companhia, no fim estavam todos bem, Roseline não suportava a superficialidade da mãe e irmãs, os três mais parecidos eram eles e o irmão que estava na França.
--- Quando vamos para casa?--- August tinha terminado seus serviços ali voltaria para a residencia principal no campo, O médico do rei viera ver Roseline que viera o tempo todo resmungando que era perca de tempo,e de fato fora infelizmente.
---Tenho uma boa noticia, amanhã voltaremos para casa, mas antes iremos buscar uma encomenda que se a previsão não estiver errada, chega amanhã. ---Falou pensando que tipo de mulher seu louco irmão introduzira na família?
Enquanto isso em alto mar...
Bob Smith velho morador do mar amava estar entre as águas e o céu, recebeu a incumbência do irmão mais novo do patrão de levar a esposa grávida para longe do terror da França, não gostava de mulheres a bordo do seu navio, dava azar, mas por uma boa soma levaria o fardo para longe das águas francesas.
Que Deus o guardasse, uma mulher duplamente carregada de azar, grávida, outra coisa que não gostava em seu convívio, crianças, prostitutas no cais era outra coisa, não havia envolvimentos ou conversas, era um trato, apenas.
Bob a muitos anos não queria saber dessa combinação terrível, mulher e filhos, já os tivera e os perdera para um surto de febre que houve no vilarejo que morava, antes seu sonho era um dia possuir uma pequena fazenda e viver bem com sua mulher, a filha e os futuros filhos que viriam, mas o destino não quis assim, e ele perdeu tudo.
Por muito tempo depois disso era só um bêbado procurando a morte que não o quis, graças a bondade do Lord August irmão do capitão j**k, o velho marujo encontrou o mar e a vida nele foi no mar que encontrou o sentido para sobreviver, desde então não tivera mais contato com moças de família---suspirou, até aquele momento.
Se sua filhinha tivesse sobrevivido talvez tivesse a idade da moça em questão—Onde estava com a cabeça de aceitar tal despropério?---No dinheiro, é claro, para que? Para guardar no banco real, juntar mais dinheiro para que? Ter uma cama, uma p********a e uma garrafa de bebida até o dia da sua morte? i****a, nem todo o Gim do mundo, deveria valer ser babá de uma mulher e um recém-nascido, sim quando foi encontrar no lugar combinado, encontrou a mulher e a criança, ambas quase congeladas.
A jovem desacordada jazia em uma poça de sangue e a criança chorava em seus braços.
---Diabos!---Praguejou, e se encaminhou para a figura delicada que limpava as lágrimas, ainda por cima parece que a guerra e tudo mais, levaram o juízo da garota, não lembrava o próprio nome.
Já ouvira falar que algumas pessoas quando passava por situações muito terríveis a mente apagava, Por que não foi agraciado com esta benção?
Havia uma paz incompreensível dentro da jovem mãe, não tinha certeza de nada, tudo o que sabia era que tinha a pequena Juliette, engraçado não tinha certeza do próprio nome, mas tinha absoluta certeza do nome da pequena, sua flor francesa.
"---Juliette papai te ama tenha uma boa vida"---A voz era nítida, mas de quem? Ou melhor, podia deduzir de que era a voz do seu marido, olhou para mão esquerda, carregava uma aliança que não dizia nada para ela, Não se lembrava do rosto do homem, porém da voz lembrava nitidamente, era bonita, mas tinha um timbre tão triste, por que?
---As lágrimas escorreram teimosas e abundantes, também a fazia ficar triste, aquela declaração, conseguia imaginar mais que ver algum rosto em seu inconsciente, do riso de um homem com o ar de riso triste e conformado?
Acariciou o pequeno rostinho que dormia plácida em seus braços alimentada, vestida com alguns trapos, sentada na cama da pequena cabine sentia as ondas irem e virem. Agasalhou mais a pequena e subiu para contemplar o mar, ele a fascinava e a atemorizava, por quê?
O capitão a encontrara desacordada, disse que tinha sido enviado pelo marido dela, apresentou-a a tripulação como a esposa do capitão j**k irmão do dono do navio.
---Capitão, conhece a família do meu marido?---Perguntou quando o capitão do navio de carga se aproximou dela no deck,---Era alto musculoso tinha tatuagens nos braços, uma barba grisalha o rosto curtido pelo sol do mar e olhos tão azuis quanto as águas do oceano.
Sua imponente figura deveria meter medo e respeito como os marujos que obedeciam e temiam ao capitão, um dos tripulantes não gostou da sua presença, mas um olhar firme do capitão o homenzarrão baixou a cabeça e se manteve longe.
Era verdade que comia sozinha em sua cabine e só saia em horas como aquelas que os homens estavam ocupados, ali ficava deserto e tinha permissão para "esticar as pernas"...O homem se apoiou na grade, olhando também para o horizonte azul,
---Sim conheço o patrão, ele é um homem decente e honrado. ---Bob se lembrou do patrão já fazia dez anos que era capitão daquele navio e desenvolvera uma admiração (coisa rara) pelo homem, era justo e honesto.
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Estavam os dois irmão sentados próximo a lareira da sala rosa o cômodo preferido de Roseline, August a colocara sentada no tapete.
---Por que ainda não partimos? ---Indagou curiosa o irmão era o primeiro depois dela de querer distância da capital, mesmo antes de...
Bem gostava mais da simplicidade da cidade pequena e do campo nunca fora afetada pelo gosto frenético por bailes e saraus como sua mãe e irmãs, até o próprio j**k era inclinado as maçantes e pomposas festas.
---Porque nosso querido j**k nos mandou um presente que esta atrasado. --- O conde de wessex falou irônico.
Jack e August tiveram uma briga f**a antes do outro partir, do quarto dela que ficava próximo a biblioteca, na residência principal que ficava claro no campo ouvira vozes alteradas e batidas de porta.E no dia da despedida...
"---Adeus irmanzinha, cuide desse ranzinza por mim.
---Pela última vez, j**k abandone essa idiotice...---August falou num tom autoritário
---Defenderei os interesses da coroa, onde esta seu patriotismo? ---Perguntou j**k já se exaltando
---Prefiro ser um maldito covarde Lord rico ---August usou as próprias palavras de j**k"
---Não vai me revelar que presente é esse, que meche tanto com seu humor, quando toca no assunto?
---Quero me inteirar se é verdade ou não, não quero crer, que as irresponsabilidades de j**k, foram deste porte.
August mandara um telégrafo para o porto onde o navio atracaria para pegar e entregar cargas, pedindo que o capitão Smith o confirmasse a encomenda de j**k,não queria crer que fosse verdade,por causa do m*l tempo sabia que eles ficariam atracados mais alguns dias no porto...
O mordomo Jona Jeremy pediu permissão para entrar interrompendo os irmãos
----Perdoe-me Milord, Milady---Falou fazendo reverencia---O coronel Dinaham precisa falar-lhe urgente.
---volto já---Falou beijando a testa da irmã, sentindo um m*l pressentimento quanto a visita tão ilustre.
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--- Ah! Juliette o que nos espera princesa?--- A jovem perguntou para o pequeno ser que dormia plácidamente em seus braços.