BÁRBARA NARRANDO Desde pequena eu soube o que eu queria ser. Enquanto as meninas brincavam de boneca ou desenhavam casinhas, eu empunhava pedaços de p*u como se fossem fuzis e marchava pela casa como se estivesse numa operação. Meu sonho sempre foi claro: ser policial. Não qualquer policial… queria seguir os passos do meu pai. Ser BOPE. Mas sonho nenhum vem sem peso. Minha mãe também foi da corporação. Uma mulher forte, dura… até o dia em que viu o homem da vida dela cair numa troca de tiros. Meu pai morreu numa abordagem, e ela nunca mais foi a mesma. Abandonou a farda. Abandonou tudo. Passou a viver só por mim. Me criou com medo, com zelo… e com a esperança de que eu nunca escolhesse o mesmo caminho. Quando eu contei que queria entrar pra polícia, o mundo dela desabou. Foi um baque

