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ANNELISE.
- Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus!
O padre sorri enquanto se move para o lado esquerdo da igreja.
- As obras que o Senhor realiza em cada um de nós, são obras que não podem ficar ocultadas, mas devem ser como essa lâmpada que tem a função de iluminar e afastar toda a escuridão. Assim como o sol incide sobre nós os raios, o Senhor, que é o sol da justiça, orientou os Seus discípulos a banirem as trevas de toda a humanidade.
Agora vai para o lado direito enquanto olha as pessoas e gesticula com as mãos.
- Permitamos que a luz de Deus, que brilha sobre nós, também possa iluminar a vida dos nossos irmãos! É típico da natureza da luz, onde quer que seja levada, afastar as trevas, afastar a escuridão. Portanto, o mundo sem o conhecimento de Deus, escurece nas trevas do pecado e da ignorância. Mas através dos apóstolos, foi-lhes ensinado a comunicar a luz da Verdade, a comunicar a ciência de Deus, assim, faz com que a vontade de Deus incida sobre o mundo, clareando e tirando o mundo das trevas da escuridão.
O sigo com o olhar, vendo ele ir novamente para a esquerda, sempre sorrindo e olhando cada pessoa.
- Também somos chamados, meus irmãos, a comunicar a luz, que é Jesus Cristo, a permitir que aquilo que Ele realiza em nós, as obras de Deus realizadas em cada um de nós, também incida sobre a vida dos nossos irmãos, tirando-os também da escuridão das trevas do pecado e da ignorância. Então, permitamos que a luz de Deus, que brilha sobre nós, também possa, a partir do nosso testemunho, a partir da nossa pregação e da nossa coerência de vida, iluminar também a vida dos nossos irmãos.
Seus olhos param em mim e então a missa é encerrada.
- Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Um último sorriso antes de saudar junto dos acólitos a imagem de Jesus no altar e sair dali junto com os demais.
Respiro fundo e espero que passem sobre o corredor entre as cadeiras até que enfim estejam próximos a entrada da igreja.
Todos começam a se levantar e sair dos bancos.
Sou uma das últimas a me retirar dali.
- Parece estar em Marte hoje. - O padre puxa assunto comigo.
- O senhor tem pegado muito no meu pé. - Murmuro evitando o olhar.
Ele ri baixo enquanto retira a batina revelando uma roupa social e elegante logo abaixo.
- Ah vamos lá, você sabe que pode conversar comigo! - Continua.
- Pai, posso ir indo na frente? - Finalmente o olho.
Ele sorri e suspira.
- Filha. Sabe que pode conversar comigo.
- Eu já disse ao senhor que não há nada para ser conversado. Mais uma vez, eu posso ir na frente? - Volto os olhos para fora da igreja, onde ainda se encontra algumas pessoas conversando. Talvez fofocando, mas isso não e da minha conta. Eles que paguem pelos seus pecados.
- Vá filha. - Afirma noutro suspiro. - Diga a sua mãe que chego em dez minutos, ainda tenho coisas pra resolver aqui! - Volta a atenção para sua tarefa, que agora é guardar a batina.
Sem dizer mais nada, saio da igreja e aceno para algumas pessoas antes de começar a andar calmamente pela calçada.
Em poucos minutos chego em casa.
Stowe é uma cidade pequena, tudo fica muito próximo, assim como a igreja que frequentamos fica bem perto de casa.
Meu pai tirou a sorte grande de ter conseguido seu cargo nela. Ele m*l precisa ir de carro, ou pegar um ônibus.
É só andar uns minutos e está lá.
- Oi querida! Como foi hoje? - Minha mãe pergunta me olhando da cozinha.
- Bom! - Sorrio indo ao seu encontro, recebo um beijo carinhoso na testa. - Meio... Reflexivo, mas bom. - Estendo.
- Me diz quando é que não fica reflexiva em Annelise? - Brinca num riso.
- Massa? - Olho para a grande panela de molho vermelho concerteza natural e feito por ela mesma.
- Bingo! - Confirma.
- Delicia! Anais já está em casa? - Pergunto notando o ambiente silencioso demais.
- Não. Disse que chega para jantar! - Sorri fraco.
- Vai trazer o Kane? - A olho esperando que a resposta seja um sincero "não".
- É, ela vai. Filha já conversamos sobre isso. É o namorado da sua irmã, você precisa se acostumar e calma! - Percebe que eu já ia dizendo algo, então se apressa em me repreender. - Eu sei, sei que disse que não sente uma áurea boa nele, que não foi com a sua cara e que ele é meio estranho. Mas ainda sim é o namorado da sua irmã. Não tem muito o que a gente fazer sabe? Ela apresentou ele pra gente a só duas semanas. Dá uma chance Ann! - Faz um bico, bagunça um pouco meu cabelo e volta até as panelas no fogão. - Precisa de alguma coisa? - Me olha rapidamente.
Sem dizer uma só palavra, eu n**o e subo as escadas indo diretamente para o meu quarto.