A obsessão do magnata

Há riqueza bastante no mundo para as necessidades do homem, mas não para a sua ambição .- Mahatma Ghandi Anthony Williams - Point Of View - Não quero saber como fará para conseguir isso, quero o projeto pronto na semana que vem! Sim, sim, sim sua filha está doente? E a culpa é minha por acaso? Não ligo se você tem problemas familiares, se você não terminar esse projeto na semana que vem, nem precisa voltar mais na minha empresa.-Desligo o telefone irritado. Não aguento mais trabalhar com tantos incompetentes nessa empresa, meu humor já não está dos melhores, e com tantas reuniões que tive e vadias que estão no meu pé,Richard Miller não melhorava em nada ele. Ainda mais com aquelas desculpas esfarrapadas que ele dava, quem deu a filha dele doente? Foi eu? A v***a que comi semana passada não para de me importunar, nunca fui de namorar, não gostava de exclusividade,ela era difícil de descartar, a mais difícil de todas, não deveria ter comido minha prima, mas quem pode me culpar? Apesar de chata e grudenta, uma garota gostosa pra c*****o estava se jogando pra mim, não tive outra opção, sou homem. Só que eu não imaginava que ela fosse tão burra a ponto de ficar maluca e colocar na cabeça que vai se casar comigo, mas quem poderia a culpar, Além de lindo e super charmoso, sou bilionário, na verdade o homem mais rico do mundo, sou soberano e os demais simples servos, as mulheres se atiram aos meus pés, e tudo que sei aprendi com meu pai. Ele me ensinou desde a criança a controlar tudo ao meu redor, homens, mulheres e crianças, todos temem o meu olhar e me respeitam como eu sempre quis, nunca recebi um não em todos esses meus 29 anos nessa terra. Meu pai se aposentou faz 4 anos, desde então assumi a presidência de todas as empresas da família, tenho filiais espalhadas pelo mundo todo, mas controlo tudo da minha sede aqui em Nova York, tenho poder, status e fama,tudo que qualquer pessoa luta anos para ter, eu sou um em um milhão, não consegui isso com sorte, trabalho todos os dias para me tornar tudo o que sou hoje, e devo dizer que tenho orgulho de ser um dos homens mais poderosos do mundo. Luna Miller - Point Of View - Mãe, você viu minhas sapatilhas? - Em algum lugar nessa zona que você chama de quarto, meu bebê. - Obrigada, ajudou bastante. - falo com um sorriso debochado no rosto. - Disponha, querida. Meu nome é Luna Miller, tenho 19 anos e estou cursando direito,e é por estar finalmente cursando a faculdade dos meus sonhos graças aos meus pais que ralo todos os dias para conseguir ser o que sempre quis e sempre sonhei:uma ótima advogada. Moro com meus pais, Richard e Amalia Miller, minha mãe cuida da casa e meu pai trabalha em uma grande empresa,no entanto mesmo com esse trabalho não somos ricos, temos apenas o bastante para viver bem,apesar de que ultimamente as coisas não estão muito fáceis aqui em casa. Meus pais fazem o que podem para pagar minha faculdade e de bônus a tratar minha doença,sempre tive problemas de ansiedade e isso afetou meu coração, causando uma arritmia cardíaca, passei a semana inteira internada, mas agora estou bem e pronta para voltar para faculdade.Apesar de já ter melhorado ainda estou com medo,vou continuar meus tratamento em casa e os remédios são bastante caros, não gosto de ser um fardo para as pessoasas,mas é o que sou e não posso fazer nada para mudar isso infelizmente,papai até queria passar mais tempo comigo, ele é muito protetor e carinhoso, está sempre preocupado comigo, mas não pode ficar porque precisa trabalhar para manter a casa,pagar minha faculdade e comprar meus remédios caros. Tenho os melhores pais do mundo, eu admiro muito o meu pai principalmente, apesar de carregar os nossos problemas nas costas sozinho, trabalhar para colocar comida em casa,pagar as contas,meus estudos,cuidar de mim e da mamãe, apesar de todos esses problemas ele continua sendo bom, carinhoso e honesto, o melhor homem do mundo e o melhor pai que Deus poderia me dar. ~Dia seguinte Luna Miller - Point Of View O despertador berra me acordando, hoje eu vou voltar para faculdade pela primeira vez depois de ter ido ficar internada por três semanas,muita coisa para recuperar.Logo após tomar banho, eu vesti uma blusa,calça jeans e um tênis,bem simples mas confortável. Penteio meus cabelo e optei por deixar ele solto como na maioria das vezes, minha maquiagem era leve e nos lábios eu usava apenas um brilho labial, não gostava de nada muito exagerado de dia, na verdade nem à noite. Me olho no espelho pela milésima vez, é eu estou pronta.Desço para tomar café e encontro meu pai na cozinha, hoje combinados dele me dar uma carona até lá, normalmente vou de ônibus, mas desde que eu adoeci meu pai se tornou mais protetor do que já era, se é que isso é possível. -Bom dia, princesa. - Me cumprimenta papai com um beijo na bochecha. - Bom dia paizinho, cadê a mamãe? -Estou aqui, filha. - diz minha mãe vindo do quintal. -Estava regando minhas plantas, mas e você, Dormiu bem? - Perfeitamente, mamãe, como um bebê. Nem me lembro qual foi a última vez que dormir tão bem assim . - respondo enquanto me sirvo com uma salada de frutas e faço uma cara de satisfeita. Nada melhor para se comer de manhã. - Filha, tem certeza que se sente totalmente bem para voltar para a faculdade,se não estiver, não precisa ir. - Estou ótima, papai, além do que já faltei por demais. Se quiser ser advogado ou pelo menos me formar antes do 30, preciso comparecer ou irei reprovar. - Tudo bem. - murmura meu pai se dando por vencido, ele sempre diz que é melhor ficar em casa, onde mamma pode cuidar de mim e onde eu posso ficar deitada e relaxar para melhorar,outras garotas da minha idade iriam implorar para ter a chance de receber essa oferta, mas eu não. Minha ansiedade chegou em um nível absurdamente alto, tenho medo dela aumentar e meu coração parar a qualquer instante, agradeço todos os dias por ainda não ter chegado nesse estágio, e por isso escolhi viver independente da minha doença,independente dos danos que vou sofrer ou não no futuro.Após o café da manhã subo escovo meus dentes, dou um beijo na minha mãe e entrei no carro do meu pai,fomos o caminho todo ouvindo e cantando músicas, meu pai ouve tanto minhas músicas em casa que decorou até as letras de todos os cantores que amo ouvir. Me despedi dele, acabei de chegar na faculdade e encontrei minhas melhores amigas na entrada, Clarice e Sophia. - Bom dia. - dissemos juntas e nos abraçamos. Fazia um tempo que não nos víamos. - Está melhor? - pergunta Sophia com uma expressão preocupada. -Ó t i m a . - você é a garota mais forte que eu já conheci na minha vida,já disse o quanto te admiro. -So um milhão de vezes,mas continue eu amo ouvir elogios sobre minha pessoa. -O que tem de forte fica devendo no quesito humildade. - Rebate clarisse nos fazendo rir. - Mudando de assunto, você leu os resumos que te enviei?- Pergunta Sophia,eu e ela estudamos o mesmo curso,a Clarice por outro lado optou pelo curso de designer. -Sim, você salvou a minha vida acadêmica, muito obrigado. A prova vai ser que dia mesmo? - Amanhã. -Tô muito ferrada. - E atrasadas, tô indo vejo vocês mais tarde. - fala Clarice se despedindo da gente e indo para sala dela. (...) As duas primeiras horas foram tranquilas,no entanto o meu celular começou a vibrar insistentemente na minha bolsa. - Olha logo quem é,pode ser importante pelo jeito que está insistindo tanto.-Sussurra Sophia. Me dando por vencida enfio a mão no bolso pegando meu celular que para a minha surpresa está desligado e a minha bolsa continua a vibrar. - Não sabia que tinha dois celulares. - fala Sophia ao ver eu pegando um segundo celular. -Eu não tenho,esse é do meu pai,ele vai me matar, peguei ontem emprestado para jogar porque o meu estava descarregado e eu estava entediada. - Olha quantas notificações de mensagens,pode ser do trabalho. -Vou ter que perder o resto do dia de aula,não tem jeito, preciso entregar o celular ao meu pai. -Pode ir que a noite te passo as anotações. -Valeu. - Sussurro de volta me levantando e saindo da sala de aula de fininho para evitar atrapalhar a aula.Do lado de fora do Campos chamo um táxi e vou para o trabalho de papai. Em menos de meia hora o táxi me deixa em frente ao predio que pneu pai trabalha como arquiteto.É um prédio lindo, todo espelhado, o letreiro é enorme e diz Company Williams Davis, resolvo entrar e me sinto intimidada no meio de tanta gente elegante, enquanto eu estou apenas de calça jeans e tênis. Me aproximo do balcão da recepção em direção a uma das atendentes daquela que me pareceu a mais simpática: - Bom dia, gostaria de falar com Richard Miller. -Quem gostaria? - me perguntou com um sorriso doce. - Sou a filha dele, Luna Miller.Ele esqueceu o seu celular, e precisa dele para trabalhar. Vim trazer. -Só um instante, vou ligar para ramal dele.- fala olhando algo no computador, pegando o telefone. -Bom dia senhor Miller,sua filha a senhorita Luna Miller está aqui na recepção e deseja vê-lo,posso liberar? -Certo. Sim senhor. - Encerra a ligação colocando o telefone de volta no gancho. - Aqui o seu crachá de visitante, é só pegar o elevador,quinto andar terceira sala a direita. O nome dele vai está na porta não tem erro. - Fala me entregando um crachá e apontando para qual direção fica o elevador. - Obrigada. - Agradeço e vou em direção ao elevador, aperto o botão chamando o elevador que não demoro muito para chegar,entro no elevador apertando o botão do quinto andar ,enquanto espero ele chegar no andar pego meu celular e olho todas minhas redes sociais,faz tempo que não posto nada,preciso marcar algum rolê com as meninas. O elevador apita avisando que havia acabado de chegar ao meu destino,saindo elevador caminhando lentamente sem prestar a atenção em nada além do meu celular não acredito que a Clarice postou aquela foto que tiramos quando ela e Sophia foram me visitar no hospital,eu estou horrível. Acabo batendo em uma parede enorme de músculos e indo ao chão, por sorte consegui segurar firmemente o celular, o impedindo de cair da minha mão. -Está cega?- Brada uma voz rouca furiosa. Levanto os olhos para saber quem era o dono da voz rouca e furiosa que me intimidou somente com duas palavras,a primeira coisa que chama minha atenção são um par de olhos azuis furiosos e belos, quando nossos olhares se cruzaram vi quase que rapidamente o olhar de fúria e gelido ser substituído por um outro sentimento, não sabia explicar o que era, mas seus olhos tinham um brilho realmente muito diferente. -Desculpa senhor, me distrai Mexendo no celular. - Me desculpa admitindo minha culpa apesar dele ter sido bem grosseiro e hostil. Ele me estende a mão e me ajuda a levantar, ficamos frente a frente nos alisando, não sei por quanto tempo ficamos assim, pareciam horas, minutos, talvez segundos. Oh, merda! Ele é muito bonito, nunca tinha visto um homem tão lindo quanto aquele. Ele me analisa com um olhar de desejo? Impossível,deve ser imaginação minha. Anthony Williams Davis- Point Of View Faço questão de fechar a porta para incompetente, e é por isso que fui ver pessoalmente como o Miller estava lidando com o projeto, por sorte ele havia adiantado boa parte do que eu pedi.Estava indo em direção ao elevador quando um pequeno corpo se chocou contra o meu, detesto gente desastrada, fiquei furioso mas a fúria passou rapidamente quando vir seu lindo rostinho de anjo. Ela era mais que linda, meu coração pareceu acelerar diante de tamanha beleza extraordinária, pele branca e macia, olhos castanhos, ela era praticamente um anjo de beleza esculpida, o meu anjo. -Acidentes acontecem. Qual o seu nome? - Luna Miller, senhor,preciso entregar esse celular para o meu pai, Richard. -Eu te levo até lá. - Jura? Obrigada, ficaria muito grata. Durante o trajeto pude viajar no seu doce perfume, que garota extraordinária, com certeza a palavra extraordinária a definia. Ao chegarmos na sala do Miller, notamos sua cara de preocupação por ter a pequena ali, ele pareceu não me notar. - Aconteceu alguma coisa com você ou com sua mãe? -Calma pai, tá tudo bem. -Por que a senhorita não está na Faculdade? - perguntou ainda preocupado. -Fui expulsa. - O QUE? - É brincadeira, papai. - ela riu do pai. Sua risada era como uma melodia,eu poderia gravar e ouvir todos os dias,para sempre. -Achei seu celular na minha bolsa,não parava de tocar caindo mensagens por segundo,só apareci para te entregar, paizinho vai que seja importante. - Como meu celular foi parar na sua bolsa? -Se nem o dono sabe, imagine eu.- sorriu sapeca. - Luna, Luna. - repete o nome da filha duas vezes em tom de repreensão . -Vou indo nessa, tchau papai. - como vai votar para casa? - De táxi ué. - Fala dando se despedindo do pai. -Obrigado senhor. - Fala ao passar por mim, fazendo com que o pai finalmente notar a minha presença. -Precisa de alguma coisa, senhor? "sim, sua filha." pensei. -A encontrei no meio do caminho e apenas mostrei a ela onde ficava a sala, não preciso de nada. -Muito obrigado, senhor, desculpe o transtorno. -Tudo bem, estou atrasado para a reunião, tenho que ir. - digo já saindo sem dar tempo para respostas.No caminho envio uma mensagem para o chefe de segurança, quero descobrir tudo sobre Luna Miller. Preciso saber onde anda, com quem, tudo sobre ela. A partir de hoje em diante, Luna Miller se tornou minha, somente MINHA.