Luiz subiu o morro como um furacão. Cada passo era movido por raiva, frustração, um sentimento amargo que queimava no peito. O gosto da perda entalada na garganta.
Ele empurrou a porta de casa com força. Valéria estava jogada no sofá, mexendo no celular, como se nada tivesse acontecido. Quando o viu entrando daquele jeito, arregalou os olhos.
— Que foi, Shark? Tá doido?
— Cala a boca! — ele gritou, batendo a porta com um estrondo. — Você fodeu tudo, Valéria!
— Eu? — ela levantou, debochada. — Ah, não me culpa porque sua princesinha te viu como você realmente é.
Ele partiu pra cima dela, transtornado. Agarrou o cabelo dela e puxou com força, fazendo-a gritar.
— Não fala da Bia! — ele rosnou, os olhos ardendo. — Tu nunca mais fala dela! Nunca mais chega perto dela!
Valéria tentou se s
