📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS
Segurei ele pelo colarinho e arrastei pro canto da sala, onde tinha uma cadeira velha, de madeira, toda bamba.
Joguei o corpo dele ali, sem cuidado nenhum, e a madeira gemeu como se fosse quebrar.
Ele tentou se ajeitar, mas o pé arrebentado não deixou — grunhiu de dor, respirando rápido.
Peguei um pedaço de fio que vi jogado no chão e amarrei o braço dele no encosto, bem apertado, até a pele dele ficar roxa.
Depois fiz o mesmo com o outro.
Valtinho puxou, testando a força, mas só fez o nó cortar mais fundo.
Fiquei de pé na frente dele, a Glock pendendo na mão direita, girando no dedo como se fosse brinquedo.
Dei um passo lento, me inclinando, até ficar cara a cara.
— “Agora eu vou me apresentar, Valtinho… porque eu não gosto de deixar dúvida.” — fa
