capítulo 47 Helena

1641 Palavras

Descemos mais um pouco, e Alice foi apontando as coisas como quem apresentava um mapa vivo. — “Ali é a creche. A Fernanda que toma conta… é firmeza, mas tem a língua mais afiada que faca. Se gostar de você, te defende até contra o próprio CV. Se não gostar…” — ela soltou um risinho seco — “…é melhor mudar de morro.” A creche era um prédio pequeno, pintado de amarelo, com desenhos infantis nos muros. No portão, uma senhora ajeitava as mochilinhas das crianças enquanto outras brincavam num espaço com chão de borracha. Um menino gritou “tia Alice!” e acenou; ela retribuiu com um sorriso rápido e seguimos. Viramos a esquina e o som do morro ficou mais intenso: motos subindo e descendo, gente conversando alto, o tilintar de garrafas sendo encaixadas no engradado. — “Aqui é o mercadinho do Z

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR