Contos Para Não Dormir

      Certa vez, um policial estava voltando para sua casa após fazer horário extra. Já estava tarde, bem tarde, e a rua estava deserta e nublada, acompanhada por um h******l frio. Mesmo com as janelas de seu carro fechadas, o vento passava pelas finas frestas do veículo.        Quando estava chegando em sua residência, o homem deparou-se com uma menininha de aparentemente oito anos de idade. Preocupado, foi até a garota e lhe perguntou:        —Ei, garotinha, aonde estão seus pais?        —Não tenho.        —Ora... Você sabe algum número de telefone?        —Não sei.        —Menininha... — O policial disse. —Você não tem medo de andar sozinha por uma rua tão quieta e vazia, a essa hora da noite?        A menina olhou friamente para o homem.        —Quando eu estava viva eu tinha.        O policial surpreendeu-se com a resposta, e antes que pudesse raciocinar, sentiu algo tocando seu ombro. Virou-se para trás e não viu nada, então voltou a olhar para a frente e a garotinha havia desaparecido.        Até hoje o policial vê essa garota, sempre no mesmo lugar e na mesma hora. Anos se passaram, e os jornais da cidade apenas falava de uma notícia: O caso resolvido de Amelie, que havia sido sequestrada em 2002. Seu corpo foi achado em uma cova rasa em um terreno qualquer, e o suspeito nunca foi pego.        Amelie perambula pelas ruas onde foi sequestrada, acreditando que, desta forma, poderá alertar outras crianças que por ali passarem.