Capítulo 8. Dia normal

641 Palavras
A noite de Christopher foi tranquila. Acordou com o som leve do seu despertador que apitava 6:20h. Se levantou tomou um banho demorado, as 6:40h desceu e preparou seu café da manhã reforçado, sabia que tinha trabalho a fazer. Se trocou, colocou roupas escuras, luvas, óculos..tudo que ia precisar. Desceu para seu galpão, um lugar grande dentro da sua propriedade, escuro, gelado, cheio de armas, cordas, sacos. Era ali que Christopher executava alguns serviços, os mais pesados, quando seus clientes exigiam algo mais c***l. Ele pegou seu celular e fez uma ligação rápida. — Sim ?— A voz do outro lado do telefone soou rouca. — Tenho algo para você. — Qual modelo ? — Alfa Romeo Stelvio. — Ótimo, está muito danificado ? — Não, apenas algumas manchas de sangue nos estofados. — Isso eu resolvo. Que horas posso buscar ? — As 22h em ponto.— Christopher responde e logo desliga o celular. Christopher pega um avental de couro que tinha pendura ali, pega o corpo do homem de dentro do carro e carrega até uma mesa grande de metal, tira as roupas e sapatos, pega uma cerra elétrica e começa a desmembrar o corpo em partes médias. Quando termina pega os pedaços do corpo e joga em dois recipientes enormes que continham ácido dentro. Em seguida queima as roupas do homem. Para ele não era novidade, não era incômodo, ele via tudo aquilo como apenas parte do seu serviço. Quando terminou de limpar todas as manchas de sangue que ficaram olhou para o relógio na parede que já batia as 21:15h. Voltou para sua casa e tomou um banho longo para se limpar. Acendeu um cigarro e se sentou na varanda, deixando que o vento frio batesse em seu rosto. Olhava para o enorme quintal, mas sem pensar em absolutamente nada, foi retirado do transe pelo alarme do sistema de segurança da casa, o alarme avisava que um carro estava parado em frente ao enorme portão. Apagou o cigarro na própria coxa e jogou de lado, liberou a entrada do carro, mas não antes de entrar e pegar sua arma. — Christopher, fazia tempo que não arrumava um dos bons pra mim em.— Felippo chegou descontraído. — Está estacionado no fundo da garagem— Christopher respondeu seco. Com um leve aceno de cabeça, Felippo saiu do carro dando lugar para o outro homem que estava com ele. Seguiu até a garagem, Christopher o acompanhou. O carro estava em perfeito estado, exceto pelas manchas que Christopher já havia avisado. — Está ótimo, as manchas eu resolvo fácil. Vai querer quanto nele ? — Vai me oferecer quanto ? Felippo respirou fundo, já estava mais que acostumado com o jeito seco e presunçoso do seu primo. — Duzentos e cinquenta mil. Sem possibilidade de negociação. — Agora vaza daqui com essa porcaria.— Christopher joga as chaves do carro para Felippo, que se despede com um leve aceno de cabeça e sai com o carro. Christopher volta para sua casa, e segue para a cozinha, decidiu cozinhar algo para se distrair. Mas antes que começasse seu celular toca. — Corvo, tenho um serviço para você.— A voz de Marco rouca e levemente apreensiva. — Nome. — Virginia Mancini. Christopher franze o cenho, reconhecia o sobrenome. — Preciso que passe aqui para acertar alguns pontos, eu não sei quem incomodou a morte dela, mas é muita grana envolvida. — Marco continua. — Que horas? — Amanhã às 14h.— Marco finaliza a ligação. Christopher ficou pensativo sobre, ele sabia que seu codinome era reconhecido, temido, muitos o procuravam e pagavam quantias absurdas porquê sabiam que ele executaria a tarefa sem deixar rastros, mas, ele se pegou pensativo sobre algo. Quem incomodou a morte da herdeira Mancini, filha de uma das maiores e mais temidas famílias da máfia italiana.
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