Capítulo 2. A caça começou

363 Palavras
Christopher guardou o celular no bolso da jaqueta e olhou ao redor, como se buscasse algo ou alguém. Seus olhos voltaram a fixar-se na rua escura e vazia, mas agora havia um brilho diferente neles, um brilho de determinação. Ele sabia o que precisava ser feito. Desencostou-se da moto e montou nela, ligando o motor. A noite silenciosa foi quebrada pelo rugido da moto, e Christopher desapareceu na escuridão, deixando para trás apenas o som do motor se afastando. Ele sabia que tinha um nome para caçar: Estevão Lewis, seu conhecido de profissão. E sabia exatamente por onde começar. Florença não era uma cidade grande o suficiente para esconder alguém por muito tempo, especialmente alguém que havia cometido um erro tão grave. Christopher dirigiu pelas ruas estreitas e sinuosas da cidade, sua mente trabalhando em possíveis locais onde Estevão poderia estar escondido. Ele conhecia a cidade como a palma da sua mão e sabia que não seria fácil encontrar alguém que não queria ser encontrado. Mas Christopher já fazia isso a tantos anos, que aprendeu a pensar exatamente como sua presa. Depois de alguns minutos dirigindo, Christopher parou em frente a um bar pequeno e discreto. Ele sabia que aquele bar era frequentado por pessoas que não queriam ser vistas, pessoas que tinham algo a esconder. Ele desceu da moto e entrou no bar, seus olhos ajustando-se rapidamente à penumbra. O barman olhou para ele e reconheceu o olhar frio e impiedoso de Christopher. Ele sabia que não era um cliente comum e que era melhor não fazer perguntas. Christopher aproximou-se do balcão e pediu um drinque, seus olhos varrendo o bar em busca de qualquer sinal de Estevão. — Você está procurando alguém? — o barman perguntou, sua voz neutra. Christopher olhou para ele e sorriu, um sorriso frio e calculista. — Não é da sua conta— respondeu, sua voz baixa e ameaçadora. O barman engoliu em seco e desviou o olhar, sabendo que era melhor não se envolver com aquele homem. Christopher continuou a beber seu drinque, seus olhos nunca deixando a porta do bar, esperando que Estevão cometesse um erro e entrasse na sua mira. A caça havia começado.
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